A CHEGADA DO STANDALONE
Depois do final enigmático do primeiro Dead Island, uma pequena pulga criou morada atrás da orelha do povo. Todo mundo que zerou, queria saber o destino daqueles sobreviventes. Por sorte, não demorou muito e em menos de dois anos, após o primeiro jogo, veio uma continuação. Dead Island: Riptide chegou como uma DLC standalone. Ou seja, adiciona pouca coisa e serve, principalmente, para expandir a experiência do primeiro jogo.
Lançado em 23/04/13, sendo desenvolvido pela Techland em parceria com a Deep Silver para PS3, Xbox 360 e Pc e depois recebendo um port com todas as DLCs, para PS4 e Xbox One. Tratando-se de um jogo de aventura, com câmera em primeira pessoa , elementos de rpg, uma pitada de plataforma e com modo cooperativo para até quatro jogadores.
COBAIA DE LABORATÓRIO
Dead Island: Riptide começa exatamente onde o anterior terminou, com nossos protagonistas fugindo da ilha de helicóptero. Após a fuga, eles acabam pousando em um navio militar para buscar ajuda. Porém, ao chegarem, são presos pelo militar superior (Sam Hardy) que pretendia interroga-los. Entretanto, como desgraça pouca é bobagem, um engravatado chamado Serpo, chega e decide que todos nós vamos para um laboratório para sermos estudados, já que somos imunes ao vírus! Então, depois que despertamos, percebemos que o navio está com sérios problemas, causando até queda de luz, e saímos andando para descobrir o que está acontecendo. E é assim, que o jogo começa.

COMETEMOS OS MESMOS ERROS
Primeiramente, vamos aos controles de Dead Island: Riptide e eu já adianto que são exatamente os mesmos. Inclusive, isso vale para os defeitos. Eu tinha uma esperança que, nessa ‘’sequência’’ eles iam corrigir o erro de colisão dos ataques que tanto me incomodaram no primeiro jogo. Todavia, não teve nada disso. Nenhuma correção e nenhum acréscimo. O que é uma pena já que fiquei mais algumas horas me frustrando (novamente) com algo fácil de solucionar!
No mais, todas as habilidades estão de volta, e o sistema de armas também. Com elas tendo durabilidade, podendo ser fortalecidas, além da criação de itens de arremesso e armas novas. Tudo bastante familiar. Até porque, temos os mesmos personagens pra escolher e ainda podemos importar o personagem do jogo anterior. Fora isso, podemos também escolher a vocação do personagem no começo. Entre: Combate, sobrevivente, balanceado e customizável (onde você mesmo vai moldando).

AS NOVIDADES PASSIVAS
Além disso, temos duas habilidades novas, onde uma nós levantamos mais rápido ao sermos derrubados, e a outra podemos executar uma investida enquanto corremos. Porém, a novidade mais legal é a possibilidade de executar inimigos (os zumbis normais) de forma instantânea se a gente estiver em um terreno mais alto que eles! E isso é bem legal e prático! Adianta muito na matança quando você tem vários zumbis te cercando.
Outro detalhe são as quatro barras de habilidades passivas que vão aumentando e nos concedendo bônus em determinados campos de combate. Sendo eles, meelee, arma de fogo, lâminas e martelos. Ou seja, quanto mais usamos um tipo de arma, mais bônus ganhamos com ela. Também foi uma adição!

O PÉSSIMO SINALIZADOR
Agora, sobre os inimigos, não tem muito o que dizer. Dead Island: Riptide traz chefões novos, e alguns inimigos que skins diferentes. Mas, no geral, são os mesmos de antes e aqui sim, o combate pode ficar mais cansado, porque é o segundo jogo seguido com os mesmos inimigos. Inclusive, temos poucas novidades nas armas também, já que só temos o sinalizador de novidade (e ele é bem ruim) e a possibilidade de montar uma barricada em alguns momentos específicos da campanha, quando temos que defender alguma área dos zumbis.

NENHUMA NOVIDADE
Em seguida, vamos ao que podemos encontrar nos mapas de Dead Island: Riptide e também seguimos o mesmo padrão. Missões secundárias espalhadas pelo seu mapa semiaberto e alguns colecionáveis. Temos os cartões postais e o guia da ilha de Palanai (é a nova ilha) como conteúdo novo e é isso. A possibilidade de dirigir veículos retorna, mas dirigibilidade acabou piorando se comparada ao anterior e eu vou explicar melhor um pouco mais à frente.

UM FINAL SENSACIONAL
Ao passo que cometamos sobre tudo que há para fazer em Dead Island: Riptide, chegou a hora de falar sobre a história que, com certeza, foi o ponto que mais me surpreendeu. Logo após sairmos da nossa cabine no navio, percebemos que ele está infestado de zumbis! Então, depois de explorar mais um pouco, o navio acaba se transformando no novo Titanic e acordamos em uma praia, em uma nova ilha, chamada Palanai.
Por isso, a solução mais lógica é a mesma de antes: Fugir. Todavia, aqui nós temos uma expansão bem interessante da lore do jogo e entendemos muito melhor a origem do vírus e quem está por trás dessa catástrofe! E o final… Nossa! Sendo sincero, a história ainda é simples, tal qual o primeiro. Mas, esse aprofundamento que Dead Island: Riptide traz, em conjunto com um final sensacional, me fez gostar (e aproveitar) muito mais dessa história! Ainda continua sem personagens memoráveis, claro, mas o seu enredo evoluiu de forma perceptível!

MANTENDO A BELEZA
Por último, mas não menos importante, chega o momento do lado técnico. Já que, praticamente tudo do anterior foi mantido, era de se esperar que Dead Island: Riptide fosse tão bonito quanto. E ele não decepcionou. Palanai é tão bonita quanto Banoi, mesmo sendo menor e trazendo ambientes diferentes. As florestas daqui são legais, e até algumas cavernas chama a atenção.
Agora, sobre a trilha sonora, ela segue esquecível como a anterior. Quando se fala em Dead Island, eu sempre vou me lembrar da música do Sam B. Mas, fora ela, todas as outras são bem simples e nada memoráveis, infelizmente.

UMA QUEDA BRUTAL!
Já sobre o level design, eu devo dizer que é a única parte onde Dead Island: Riptide se mostra um regresso com relação ao seu irmão mais velho. Os mapas são menores, de forma geral. E esse não é o problema. Lembra que na primeira análise eu disse que a exploração era ótima e orgânica com a coleta de colecionáveis? Pois bem, esquece isso aqui!
Os mapas são ruins de navegar (inclusive se guiar pelo mini mapa piorou aqui) e, por isso, os veículos são piores de controlar! Praticamente não tem estradas descentes para os carros e até os rios são estranhos. A exploração é menos recompensadora e muito mais maçante do que antes. E, a cereja do bolo é a dificuldade exagerada! No primeiro jogo, os kits médicos eram raros mas pouco necessários. Agora, você encontra várias vezes porque os inimigos são bizarros de fortes. Se dois zumbis se juntarem, é praticamente morte certa! O dano deles é absurdo! Ou seja, explorar é chato porque não da para sair matando vários zumbis e você ainda fica perdido no mapa confuso! Piorou, e não foi pouco!

CONCLUSÃO
Em síntese, Dead Island: Riptide traz uma história melhor do que o anterior e com um bom final. Tem bons gráficos, habilidades passivas interessantes e um ataque aéreo bem útil. Porém, não acrescente quase nada na gameplay que ainda mantém os erros do anterior. Além disso, segue com uma trilha sonora sem graça e tem a audácia de trazer um level design muito pior e uma dificuldade totalmente injusta e cansativa!
Sua campanha pode ser completada em 12 horas sendo possível chegar até as 35 horas para atingir os 100%. Ele carrega aquela máxima de que, se você gostou do primeiro, vai gostar dele. Porém, eu recomendo dar um tempo entre um e outro, já que são muito parecidos e você vai se frutar mais nesse.
Números
Dead Island: Riptide
Dead Island: Riptide, manteve tudo que foi feito no antecessor. Ainda tem bons gráficos e bom combate de tiro. Porém, acabou piorando o level design, melhorando um pouco na história, e seguindo com a trilha sonora esquecível. Além disso, o corpo-a-corpo falho segue sendo um problema só que agora tem uma dificuldade muito injusta, pra piorar.
PRÓS
- Belos gráficos
- História mais interessante
- Bom combate com armas de fogo
- Desmembramento bem legal
CONTRAS
- Level design ruim
- Dificuldade injusta
- Combate meelee deixa você na mão
- Trilha sonora nada memorável