QUE VENHA O 3!
Uncharted 2: Among Thieves foi um estrondo! Tendo vencido o prêmio de jogo do ano, e consolidado Nathan Drake como um dos grandes personagens da indústria, era de se esperar que o hype para o jogo seguinte fosse enorme! Por isso, a missão de Uncharted 3: Drake’s Deception era enorme! Mas, será que ele conseguiu atender as expectativas?! Lançado em 01/11/11, sendo desenvolvido pela Naughty Dog e publicado pela Sony para PS3 e depois recebendo um port para PS4. Tratando-se de um jogo de ação e aventura, com elementos plataforma, puzzles e muita areia!
A BRIGA NO PUB:
Uncharted 3 começa com Drake e seu amigo Sully chegando em um bar na Inglaterra (o clássico, PUB). Lá, eles encontram o Talbot com quem tinha um acordo para entregar o anel do Sir Francis Drake, e ficar com uma grana absurda em troca. Porém, Nathan percebe que o dinheiro era falso, então Talbot sugere que eles peguem a grana e saia dali. Mas, é óbvio que isso não ia ficar barato então eles resistem e começa uma das cenas mais legais de toda a franquia: a grande briga no bar!
ROUBANDO ARMAS:
Primeiramente, vamos ao controles de Uncharted 3 e, assim como no Among Thieves, o foco foi na melhoria de qualidade de vida. Todos os movimentos retornam, e todos foram aprimorados, desde o tiroteio, até o stealth e também os socos de Nate.
Entretanto, Uncharted 3 implementou algumas novidades bem legais no combate, como a possibilidade de agarrar e empurrar o inimigo para linkar combos (também podemos ser agarrados então, cuidado). Temos também as finalizações aéreas (finalmente), sem falar que quando estamos sem balas e derrubamos um inimigo no soco, Drake automaticamente rouba a arma do inimigo e isso é bem legal! E, o que eu mais gosto que é a possibilidade de devolver granadas na cara dos adversários, se você acertar o tempo de ação. Ou seja, tem tudo que a gente gosta! Muito tiro e novidades.
O DESBALANCEAMENTO INESPERADO:
Mas, nem tudo são flores. Uncharted 3 adiciona armas menos memoráveis que o anterior, e de inimigos novos interessantes nós temos só as aranhas assassinas. Só que, o que mais pesa contra esse jogo é a dificuldade desbalanceada. Drake’s Fortune tinha inimigos complicados porque eles conseguiam até desviar de balas às vezes.
Contudo, aqui a coisa ficou diferente. Todos os inimigos parecem esponjas de bala, então você vai gastar muito para matar eles, e pior que isso é o fato deles te matarem muito rapidamente e virem numa quantidade absurda! Eu morri várias vezes com tiros que eu nem conseguia ver de onde vinham!
Isso deixa o jogo incrivelmente chato, já que você empaca em áreas totalmente aleatórias, pelo simples fato dos inimigos serem uma apelação pura (isso tudo no normal, então você já imagina nos níveis a cima). E Uncharted ser chato é algo que eu acho inadmissível.
QUANTO MAIS TESOUROS, MELHOR!
Agora, sobre a exploração, como eu disse antes, virou a marca registrada da franquia. Seguimos com mais tesouros para encontrar, e novos puzzles. Porém, devo admitir que no quesito puzzles, Uncharted 3 é o que menos me agrada. Tanto é, que eu me lembro justamente por não gostar dele! Mas claro, aqui vai do gosto de cada um! No mais, ainda segue sendo extremamente divertido encontrar todos os tesouros espalhados pelos diversos cenários! Inclusive, aqui a Naughty Dog deixou eles bem visíveis a olho nu, já que antes era só um pontinho branco piscando, e essa mudança foi muito legal!
O PRIMEIRO FLASHBACK!
Em seguida, vamos a história. Logo depois da briga no bar, Drake e Sully encontram a vilã da vez, Marlowe. Ela decide tirar o anel do Sir Francis Drake a força, e nossos dois heróis acabam sendo baleados pelo Cutter, capanga da madame. Nisso, entramos em um flashback que nos leva até a Colombia, onde o pequeno Nate Drake estava tentando roubar o anel do seu ancestral de um museu.
Nessa aventura, ele acaba conhecendo o grande Victor Sullivan que, o ajuda a fugir e acaba adotando o garoto como seu aprendiz! Então, a cena volta para o presente, e descobrimos que o pessoal não está morto (plot twist) e entendemos que, Nate, Sully, Chloe e Cutter, querem um mecanismo peculiar, onde podem encaixar o anel de Drake e revelar a localização da Atlântida das Areias e eles precisam chegar lá antes da Marlowe!
A PÉSSIMA MARLOWE:
Uncharted 3 faz bem em contar brevemente como Drake e Sullivan se conheceram! O capítulo é curtinho e me agrada bastante! Porém, a qualidade da história acaba por ai. A Marlowe é uma péssima vilã. Pouco aparece, e quando o faz, não intimida ninguém (ela até teve um chance de brilhar, mas desperdiçaram). Sem falar que, a motivação dela parece mais uma birra do que algo sério.
Além disso, a Atlântida das Areias não chega nem perto de ser tão interessante quanto El Dourado ou Xangrilá. E isso pesa contra essa aventura. Até porque, ninguém sabe direito o que tem lá, então não é tão interessante fazer a viagem. Claro que, Uncharted 3 tem momentos memoráveis, como a cena do avião e do bar. Mas, os personagens novos não são tão legais e a trama se segura graças ao Drake.
UM DESIGN DECEPCIONANTE:
Por fim, vamos ao lado técnico de Uncharted 3 e começando pelos gráficos, já deixo aqui meu elogio padrão! Que jogo bonito! Naughty Dog estava quase no ápice da sua habilidade com o PS3 (The Last of Us viria 2 anos depois), e ela entregou um trabalho primoroso! Tudo é sensacional, incluindo efeitos de fogo e areia! Já na trilha sonora, não tem o que falar! É uma trilha simplesmente sensacional, novamente!
Agora, o level design é outro erro grave de Uncharted 3. Pela primeira vez em toda a saga, eles conseguiram entrega mapas confusos e difíceis de navegar. Além disso, temos cenários simplesmente tenebrosos quando o assunto é combate. Aquela sequência do cemitério de navios é, sem dúvida, um dos piores mapas que eu já tive o desprazer de jogar.
A exploração continua legal? Sim. Mas, os mapas no geral pioraram muito, principalmente quando você precisa lutar. E o tiroteio é uma das partes mais legais de Uncharted! E se você juntar mapa ruim, com inimigos desbalanceados, acaba fazendo com que a troca de tiros seja bem desanimadora.
CONCLUSÃO:
Em síntese, Uncharted 3: Drake’s Deception, traz gráficos muito bonitos, uma ótima trilha sonora, uma movimentação melhorada, um excelente protagonista e ainda mais tesouros. Porém, ele acaba pecando numa história fraca, uma vilã totalmente sem sal, nos inimigos sem nenhum balanceamento, e num level design bem ruim! Sem duvidas é o ponto baixo dessa saga!
Com uma campanha que pode ser finalizada em 9 horas, mas que pode se estender até 20 horas para quem busca os 100%. A Naughty Dog, quase finalizou a franquia aqui, já que a última deixa claro que poderia ser o fim. Mas, felizmente, eles viram que o Drake merecia se despedir com um jogo melhor do que isso (que inclusive tem uma batalha final bem fraca).
Números
Uncharted 3: Drake's Deception
Uncharted 3: Drake's Deception, traz bons gráficos, ótima trilha sonora e um controle aprimorado. Porém, acaba pecando no level design menos inspirado, na história fraca, na falta de novos personagens legais e na falta de balanceamento dos inimigos
PRÓS
- Gráficos bem bonitos
- Ótima trilha sonora
- Movimentação aprimorada
- Mais tesouros
CONTRAS
- História fraca
- Novos personagens pouco memoráveis
- Level design mais fraco
- Combate desbalanceado
- Armas e inimigos novos não empolgam
Uncharted não é uma franquia ruim, muito pelo contrário. Mas esse é o pior deles.