Bem-vinda à Nintendo!
Depois do sucesso do primeiro Bayonetta, nada mais justo do que uma sequência onde a bruxa teria seu universo (que é incrível) ainda mais expandido. Então, cinco anos depois, o tão aguardado Bayonetta 2 chegou. Entretanto, com pequeno detalhe: exclusivo da dona Nintendo!
Lançado em 20/09/14, sendo desenvolvido pela Platinum Games e publicado pela Nintendo exclusivamente para o falecido WiiU e recebendo um port para Nintendo Switch no dia 16/02/18 em um bundle com o primeiro. Tratando-se de um jogo de ação, hack’n slash em um mapa linear.
Cuidado com aviões
Bayonetta 2 começa bem parecido com o anterior. Entramos em uma espécie de flashback para começarmos a nos habituar com os controles (incríveis por sinal) e nele a nossa bruxa encontra outro Lumen Sage. Em seguida vemos a Bayonetta fazendo compras em uma cidade grande, com a sua parceira Jeanne e seu amigo Enzo, na maior paz.
Entretanto, como era esperado, tudo vira um caos quando um avião (sim o avião) perde o controle e começa a cair no meio da cidade! Ate que, Bayonetta entra em cena, impede esse acidente e, ao subir no avião, nota que anjos estão por trás disso! E é aí que a nossa gameplay começa, com muito estilo e pancadaria.
Mantendo os acertos.
Primeiramente, vamos à jogabilidade. Bayonetta 2 resolveu manter tudo o que tinha no anterior melhorando algumas partes, e ainda adicionar pequenos detalhes. E quando eu digo tudo, é tudo mesmo. Controles mantidos, itens de craft mantidos, possibilidade de equipar armas nas mãos e pernas, tudo bem familiar ao anterior. Inclusive, as habilidades retornam (e a Breakdance continua incrível), The Gates of Hell segue com a mesma função, ou seja, é lá onde você compra tudo incluindo os acessórios.
Todavia, existem dois pontos nas mudanças que são essenciais. O primeiro é a melhora na transformação de pantera. Lembra que eu reclamei muito disso no anterior? Onde sempre que você queria esquivar rapidamente, a transformação era ativada e isso atrapalhava muito na gameplay? Pois bem. Aqui isso foi suavizado. Ainda é o mesmo controle (apertar duas vezes o ZL), entretanto, não só ficou mais difícil você virar pantera por acidente, como também a movimentação dela é menos bruta! Ou seja, bem melhor.
Bendito Umbra Climax
A segunda mudança é a adição do Umbra Climax. Em Bayonetta nós temos os Torture Attacks, que, nada mais são, do que finalizações estilosas e brutais. Porém, no primeiro jogo elas gastam toda a nossa barra de magia. Agora, no Bayonetta 2, nós agraciaram com o Umbra Climax que, nada mais é, do que um ‘’modo fúria’’. Nele, Bayonetta fica muito poderosa e desfere ataques colossais contra os inimigos e ainda recupera um pouco de vida a cada golpe acertado!
Eu, particularmente, adoro o Umbra Climax porque no primeiro, ficar sem vida era normal. Então, o Umbra ajuda bastante na manutenção do hp durante os combates! Foi uma adição ótima! Inclusive, Bayonetta 2 ainda segue com aquelas fases diferentes. No primeiro havia uma de moto, e aqui uma em cima de um avião, por exemplo!
Correndo atrás dos baús.
Além disso, é legal ressaltar que todos os controles são incrivelmente responsivos e prazerosos. E, por mais que o combate do primeiro já seja ótimo, aqui ele atingiu um auge! Toda a movimentação da Bayonetta é de uma fluidez absurda e isso se reflete na exploração. Por exemplo, aqui no Bayonetta 2, nós temos os baús ‘’estilhaçados’’. Esses baús precisam ser ativados e depois temos que recolher os pedaços dele pelo mapa (com um tempo limite, claro) e depois podemos coletar o item (normalmente itens de criação). E isso fica muito mais tranquilo com a fluidez de Bayonetta 2.
Outro detalhe são as armas. Antes nós tínhamos treze armas e agora temos quinze, mas vale ressaltar que não são as mesmas armas. Nem o par de pistolas da Bayonetta é o mesmo (no três ela também ganhar um novo par). E isso também vale para as armas que pegamos dos inimigos. Como tem inimigos novos, acabamos por pegar novas armas deles também! E, é bom ressaltar, que agora os quick-time events (QTE) não são tão mortais quanto o anterior. A grande maioria deles, serve somente para aumentar o seu ganho de aréola (moeda do jogo) no fim de cada fase, e eu adorei essa mudança!
Que venham os demônios.
Agora, aproveitando o gancho, foi comentar dos inimigos. Como você deve se lembrar, no primeiro a gente enfrentava os anjos. Vários tipos, tamanhos e poderes. Todavia, os inimigos da vez são os demônios! Mas, é claro que ainda existem os anjos aqui e ali, porém, o foco são nos inimigos demoníacos. Aqui, você encontra uma variedade bem grande, tal qual no anterior.
Entretanto, o maior acerto aqui foi a não repetição de inimigos chatos (lembra que reclamei disso?). Claro que os inimigos irão se repetir, mas sempre de forma natural. E os chefões aqui são tão marcantes quanto antes (se tornando uma tradição). A maioria deles são anjos e inclusive gostaria de destacar o Glamor que tem uma batalha aérea muito divertida. Além dele, a Alraune também tem uma batalha ótima! Ela é uma demônia de respeito.
Apanhando em Musphelheim.
Em seguida, vamos ao que podemos encontrar nos mapas de Bayonetta 2. Como já adiantei, agora temo os baús fragmentados além dos baús normais. Além disso, ainda podemos coletar os pedaços de Witch Heart e de Moon Pearl, para aumentarmos a vida e a magia, respectivamente.
Outros itens retornam. São eles os corvos clássicos, os vinis que liberam armas e as notas que contam a história do mundo a nossa volta. E, por fim, temos os desafios de Musphelheim que, nada mais são, dos que os desafios de Alfheim do anterior, mas agora com outro nome (e novos desafios, claro). Eu posso adiantar que está tão difícil quanto os anteriores. Mas vale a pena pelos prêmios.
Já estou chegando Jeanne!
Logo depois, chega a hora de entrar no enredo cheio de revelações de Bayonetta 2. Bom, como você deve se lembrar, na primeira aventura a nossa bruxa estava em busca de recuperar suas memórias perdidas a 500 anos. Então, nessa aventura ela conhece Jeanne, Luka, a pequena Cereza e descobre sobre as Umbra Witches e os Lumen Sages. Porém, aqui a situação sofre um desacerto.
Pouco depois que a nossa aventura começa, a querida Jeanne é derrotada e, assim como toda Umbra Witch, ela vai parar no inferno. Entretanto, Bayonetta não aceita isso bem (as razões eu vou deixar para você descobrir) e decide ir atrás da sua amiga para resgatá-la, bem ao estilo Hércules da Disney indo salvar a Meg.
Hello Little One!
Ou seja, tudo começa como uma grande missão de resgate. Mas, rapidamente conhecemos o carismático Little One, e ele ajuda a mover a trama junto da Bayonetta, e já adianto que o pequenino é um personagem muito legal. Conhecemos mais sobre o passado da nossa bruxa e sobre a sua importância nesse universo (que é muita).
Assim, eu gostei muito da história de Bayonetta 2. Os novos personagens introduzidos foram bem legais, a progressão da trama me deixou bem engajado, e a batalha final foi mais épica e exigiu mais das minhas habilidades brutas do que a anterior. Eu acho difícil você ter gostado da primeira aventura e não se afeiçoar pela segunda.
A Bayonetta mais bonita
Imediatamente após a trama, é hora de falarmos do lado técnico de Bayonetta 2.
Nesse caso, a Platinum deu um verdadeiro show. Primeiro, vamos aos gráficos. A evolução em relação a anterior é notável. Aqui você encontra uma água incrivelmente bonita, ceninhas mais caprichadas, e cenários belos com uma direção de arte mais clara do que antes. É de encher os olhos!
Já sobre a trilha sonora, é importante ressaltar que uma das marcas registradas dessa franquia é uma trilha incrível e empolgante! Não tem uma música ruim em nenhum dos jogos. E isso inclui a trilha de encerramento que toca nos créditos. Mas, eu gostaria de destacar as músicas de combate que são épicas!
Agora, o level design segue linear, porém com segredos espalhados e muito bem colocados. O jogo transcorre ainda em forma de capítulos e cada um conta com seus segredos espalhados. E tudo transcorre de forma muito orgânica e prazerosa.
Por último, é bom ressaltar que Bayonetta 2 não apresenta nenhum tipo de bug. O que é magnífico.
O caminho da bruxa
Por fim, vamos aos extras. Além de Musphelheim, claro.
Aqui, nós temos, após de zerar, o Caminho da Bruxa. Nada mais é do que um desafio sem fim, onde você vai enfrentando inimigos e chefões e quebrando seus próprios recordes. É excelente para aprimorar suas habilidades!
Além disso, Bayonetta 2 conta com um sistema interno de conquistas que podem ser completadas caso você seja uma pessoa que cace platina nos jogos.
Apostando nas cartas
E, para fechar o extra mais legal é o Tag Climax. Um modo co-op que pode ser jogado tanto online quanto local e, mesmo que você não tenha com quem jogar, é possível usar a máquina como parceira. Nesse modo é possível escolher entre Bayonetta ou Jeanne e consiste em uma pegada muito simples: A cada fase terminada na campanha ganhamos uma Verse Card e esses cards são as fases do Tag Climax.
Entretanto, existem alguns detalhes. Na hora de jogar, você escolhe seis fases para formar a sua ‘’campanha’’ co-op e a cada fase escolhida você pode apostar uma quantidade de aréolas (que são o dinheiro do jogo), e com essas apostas, se você completar a fase, vai multiplicar a sua grana ao fim de tudo. E ainda tem um ranking. Existem mais de 50 cartas (fases) e, portanto, diversas combinações e por isso rende muito conteúdo! Foi uma adição muito interessante.
Conclusão.
Em síntese, Bayonetta 2 é o tipo de sequência perfeita. Trouxe tudo que deu certo de volta e arrumou os poucos defeitos que o anterior tinha. Traz uma história interessante, com bons personagens, uma trilha sonora épica e marcante, gráficos lindos, uma movimentação fluída e um combate assustadoramente viciante!
Com novos inimigos e um bom conteúdo extra, ele é capaz de te prender por longas horas e te recompensar por isso! A bruxa está mais linda do que nunca, com novas armas e uma roupa diferente, mas exalando charme. É a aventura que faltava pra ela se consolidar de vez como um ícone do gênero hack’n slash!
Números
Bayonetta 2
Bayonetta 2 traz de volta tudo que deu certo no anterior e não só corrige erros, como também adiciona elementos muito bem vindos. É a consolidação da bruxa no mundo dos games.
PRÓS
- Combate excelente
- História cativante
- Gráficos lindos
- Trilha Sonora emocionante
- Universo rico
CONTRAS
- As vezes a esquiva ainda se mistura com a transformação de Pantera