O início de um sonho
Playstation 2, o console mais vendido da história, e o favorito da maioria dos brasileiros que viveram sua época. Lançado em 2000, ele ficou conhecido por nos trazer jogos incríveis e clássicos instantâneos! E em 2005, bem perto do fim da sua vida, a Sony resolveu apostar em uma IP nova: God of War.
Lançado em 22/03/05, sendo desenvolvido pela Santa Monica Studios e distribuído pela Sony, como um exclusivo do maravilhoso Playstation 2, e relançado anos depois em HD para PS3 e PSVITA. Tratando-se de um jogo de ação e aventura, no gênero hack ‘n slash (aquele estilo de jogo com combate frenético utilizando lâminas). Tendo como temática central a mitologia grega, God of War trouxe um protagonista carrancudo, sem piedade e com zero paciência.
O ”bom de guerra”
Nosso ‘’herói’’ se chama Kratos, um ex general do exército espartano. Iniciamos o jogo com ele de pé em um penhasco, dizendo que os deuses do Olimpo o abandonaram, e que agora não há esperança. Então ele se joga. Porém, descobrimos que aquilo se passava três semanas depois. Então nos vemos em um barco no mar Egeu, cercados de legionários mortos-vivos (os inimigos padrões do jogo), e a pancadaria já começa, sem perder tempo e sem explicação. Após pouco tempo de gameplay, e algumas Hydras mortas, nos encontramos Poseidon (deus dos mares), e ele nos pede para livrarmos seus domínios das Hydras restantes, e para isso ele nos concede seus poderes. Depois desses acontecimentos, somos introduzidos ao enredo.
Kratos serve aos deuses há dez anos (isso explica porque Poseidon pediu a ajuda dele), e Athena (deusa da sabedoria) lhe prometeu que o livraria de seus pesadelos, caso ele fosse um servo leal. Ela explica que essa hora está chegando, e que precisa de mais um favor: devemos impedir Ares (deus da guerra) de destruir a cidade de Athenas, já que os deuses são proibidos de se enfrentarem. Não temos muita opção, portanto, partimos para a cidade atrás da missão impossível de matar um Deus!

Corta e Corta
Em primeiro lugar, eu já preciso comentar do combate. Aqui é um hack‘n slash como eu já disse, e na verdade a essência não tem muito segredo, é pancadaria atrás de pancadaria (extremamente terapêutico inclusive). Porém, o combate de God of War se destaca em dois pontos. Primeiro, as armas principais de Kratos, as Lâminas do Caos. Espadas presas em correntes, que possuem um alcance absurdo, e batem muito forte. Segundo, as magias concedidas pelos deuses que encontramos durante a campanha e aumentam o leque de combos e de abordagens no combate. Portanto, é tudo muito dinâmico, tudo responde bem e rápido, já que também podemos esquivar, pular, nos defender e até dar parry (após fortalecermos as lâminas).
Além disso, o jogo também conta com uma mecânica de finalizações, e elas são várias. Os inimigos mais fracos ou sem armadura, podem ser agarrados logo de cara, para ou serem finalizados (usando os quatro botões de ação padrão, quadrado, triângulo, etc), ou serem enfraquecidos.
Por exemplo, os Sátiros que, quando são agarrados, nós entramos em uma disputa de força apertando bolinha rapidamente para dar um dano extra neles. Existem também os quick-time events (aqueles botões que aparecem na tela e você tem que apertá-los rapidamente para executar o comando). E eles só aparecem na hora de finalizar um inimigo mais poderoso (Górgonas e Ciclopes, por exemplo), e com isso ganhamos orbs extras, azuis ou verdes. Azuis para recuperar magia e verde a saúde. Em seguida, queria ressaltar que as finalizações são variadas, e muito bem feitas (todas brutais). Eu me pego várias vezes finalizando só para curtir a animação, ao invés de me preocupar com a recompensa.

Forte como um Deus
Além disso também temos um elemento de RPG em God of War, onde a cada inimigo morto nós coletamos orbs vermelhos, que nada mais são do que pontos de experiência. Em outra palavras, eles servem para fortalecer tanto as Lâminas do Caos (que vão até o nível 5), quanto as outras magias (que vão até o nível 3). E a cada nível nós aprendemos combos diferentes, magias diferentes, e ainda aumentamos o dano, ou seja, são essenciais para facilitar a campanha (principalmente no chefão final), e para aumentar a diversão, porque o Poseidon’s Rage com toda força, é muito gostoso de usar.
Juntamente com os upgrades das armas e magias, nós também possuímos mais duas formas de fortalecimento. Os olhos de górgona, que ao coletarmos seis conseguimos aumentar nossa saúde máxima. E as penas de fênix, que quando coletamos as mesmas seis, podemos aumentar a magia máxima. Estes itens estão espalhados pelo mapa, dentro de baús, alguns muito bem escondidos (dois meses atrás eu encontrei um baú que nunca tinha visto, quinze anos depois do jogo ser lançado). Ou seja, vale a pena explorar o mapa ao máximo!

O ”bom de mapa”
E agora posso aproveitar o gancho dos baús escondidos para falar do level design do God of War. É impressionante, os mapas se ligam de forma orgânica. A cidade de Athenas está toda interligada, você entra no esgoto, e sai em lugar já conhecido, e da aquela sensação de bruxaria do tipo: ‘’como eu vim parar aqui?’’ Além disso, vale um elogio ao templo de pandora, que possui, para mim, o melhor design da saga inteira, facilmente. Um labirinto bem estruturado, com camadas que se interligam fazendo total sentido e que se completam como um quebra-cabeça. Mesmo hoje em dia eu fico surpreso com o quão bem feito é!
Por fim, temos puzzles por toda campanha. Em alguns, você vai ter mais dificuldade, mas em outros vai passar fácil. Eles são bem distribuídos, tanto na distância de um para o outro, quanto no nível de desafio.

A vingança nunca é plena…
Então, combate delicioso, level design bem feito, mas e o enredo? God of War começa sem nenhuma explicação e a medida que vamos progredindo, Kratos tem flashbacks do seu passado. Estes que servem para nos contar quem ele é, e quais as suas motivações. Enquanto isso a história progride, e também temos ceninhas que narram os acontecimentos atuais. Agora, pensem numa história que me prendeu. A trama, em si, é bem simples. Kratos é assombrado por pesadelos do seu passado, e quer se livrar deles. Porém, nos descobrimos quais pesadelos são esses, o motivo deles acontecerem, e não tem jeito, a gente compra a ideia. Eu mesmo não via a hora de descobrir tudo o que aconteceu, e quando descobri, só fiquei mais motivado!
Todavia, aqui não temos tantos personagens memoráveis. Assim, a realidade é que os deuses são memoráveis apenas pelo fato de serem quem são. Porém, eles aparecem, te dão os poderes e somem, exceto por Athena que conversa com você em algumas partes. Então, é basicamente o Kratos sozinho, que a propósito fala pouco nesse jogo, mas sua história é o bastante para que a gente se apegue a ele. Mas apesar disso, eu gostaria de mencionar dois personagens. O guardião do portão que leva ao templo de Pandora, já que ele nos proporciona uma conversa muito interessante. E o coveiro que é, de longe, a figura mais misteriosa de toda a saga God of War.

Até os deuses erram
Indo para o lado técnico do jogo, God of War apresenta gráficos muito bons, que até hoje eu acho bonitos, mas na época usava muito bem o poder do PS2. A trilha sonora é incrível. É a definição de música memorável, daquelas que você reconhece até dormindo. Já a ambientação também se mostra muito bonita e bem feita.
Por outro lado, aqui existe um defeito bem notável e que me incomoda muito. Dependendo da maneira que finalizamos um inimigo, nós não recebemos orbs vermelhos, ou seja, não tem experiência. Por exemplo, quando você agarra um inimigo e finaliza ele com o botão triângulo, ou quando derrubamos ele de algum lugar alto o bastante para que o chão fique fora do campo de visão, e até mesmo quando finalizamos as Harpias com um agarrão. Em todas essas formas, nós não recebemos orbs. Eu sempre achei que fosse uma mecânica proposital para dificultar (já que por causa disso eu nunca tinha conseguido terminar o jogo com tudo no máximo), mas eles corrigiram isso logo no jogo seguinte. Em síntese, tive que matar os inimigos de uma forma meticulosa durante a campanha para conseguir terminar o jogo totalmente poderoso.

Extra
Além disso, God of War possui vários conteúdos extras muito interessantes. Por exemplo, o desafio dos deuses, onde passamos por várias batalhas com objetivos específicos (matar 15 inimigos no ar). Existem roupas extras que liberamos ao finalizar o desafio, além de making off, mensagem secreta com easter egg, entre outras coisas. Ou seja, tem um fator replay bem interessante. Mas, eu já adianto que esse jogo no difícil é bem complicado! Então afie bem as suas espadas e prepare o psicológico porque vai dar trabalho!

Conclusão
Numa época onde Onimusha e Devil May Cry estavam consolidados, com três jogos lançados e muitos fãs, a Sony resolveu entrar no mundo do hack’n slash de forma bem ousada. E graças aos deuses, tudo deu certo! God of War entrega tudo que o gênero precisa na questão do combate com uma gameplay viciante, várias batalhas de chefões memoráveis e belas magias! Além disso, traz um primor técnico invejável, um enredo que cativa, e uma temática que cai no gosto de várias pessoas. Rapidamente se tornando um clássico instantâneo, o Fantasma de Esparta chegou com o pé na porta (padrão dele) e nos nossos corações. Tornando-se uma referência no gênero, e um dos carros chefes da marca Playstation!
Números
God of War
God of War fez sua estreia no PS2 trazendo uma experiência inovadora e surpreendente! Com gráficos lindos, uma gameplay totalmente viciante e visceral, um level design magnífico, uma história cativante e uma das melhores trilhas sonoras já feitas, ele chegou para marcar história!
PRÓS
- Combate viciante e responsivo
- Gráficos lindos
- Level design primoros
- Trilha sonora incrivelmente memorável
- Temática grega muito bem explorada
CONTRAS
- Alguns inimigos não dão XP dependendo de como morrem
評価おめでとうございます。『God of War』はどちらかというと西洋の視聴者をターゲットにしているかもしれませんが、それでも私はとても好きです。結論から言うと、3番も素晴らしいですが、1番が一番良いという意見には同意です。