EU ESCOLHI VOCÊ PARA LIDERAR ESSA EXPLORAÇÃO:
Não é difícil encontrar verdades no mundo dos jogos eletrônicos. Que Pokémon é uma franquia de sucesso, mesmo com seu último lançamento, Pokémon Scarlet e Violet (2022), com sérios problemas de desempenho. Ou então, que God of War: Ragnarok (2022) fecha o universo nórdico com maestria, mantendo as mesmas características de quando Kratos se rebelava contra o Olimpo na Grécia. Junto dessas duas verdades, temos a de que Monster Hunter é um sucesso, especialmente no Japão, onde bate de frente outros clássicos, como Dragon Quest. Tendo seu último lançamento em consoles com Monster Hunter Rise (2021), a japonesa Capcom decidiu apresentar ao público, por uma versão Beta, o jogo Monster Hunter Wilds, estando disponível para PlayStation 5, Xbox Series e na Steam. E, embora passível de mudanças, sua gênese está presente e revela que caçar criaturas está ainda mais frenético e desafiador. Ou pelo menos, parece estar ainda melhor.
MONSTER HUNTER WILDS SABE MUITO BEM SE APRESENTAR
Vamos direto ao assunto. Monster Hunter, como franquia, tem um foco especial na caçada de criaturas mortais, como Rathalos, Diablos e o Tigrex. A depender de suas características, é possível e necessário a alteração de seu armamento e do estilo de caça. Desde o uso de armas como machados e martelos gigantes, reduzindo a velocidade, porém aumentando seu poder de ataque. Ou então de lâminas mais rápidas e menores, melhorando a mobilidade para o desvio dos golpes do adversário. Essa necessidade continua. Afinal, o ecossistema de Monster Hunter é privilegiado ao possuir criaturas tão distintas e perigosas. É por isso que, após uma breve introdução, o jogador já será capaz de escolher o seu estilo de arma, algo que se torna de extrema importância e que pode transformar as horas dentro de Monster Hunter Wilds em completo desespero ou sucesso. Não tão desesperador, é claro, quanto Dark Souls: Remastered (2018).
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É então que, diante da escolha do jogador, a caça de um Chatacabra começa em um ambiente marcado pela beleza. Se, por exemplo, Monster Hunter 3 Ultimate (2013) tinha uma certa limitação espacial, esqueça completamente neste jogo. Essa é sem dúvida uma das maiores melhorias da Capcom. Todo o ambiente é livre para ser explorarado e contém vida consciente no qual o jogador pode observar sua interação. Seja em uma tempestade de areia, locais rochosos, cheios de flores ou até mesmo na repleta escuridão, não é só o adversário principal, elegantemente produzido e refinado. Essa biodiversidade e expansão reforçam a existência de vida e o impacto do jogo, detalhes que podem não parecer importantes, mas elevam a imersão de toda a criação do mundo, com criaturas ainda mais orgânicas e compreensíveis, mesmo que, na maior parte do tempo, seu destino seja a destruição para a criação de novos armamentos.
AS CUTSCENES ESTÃO ESTRANHAS, MAS NÃO APAGAM O DESEJO DA CAÇADA:
Em termos de desempenho, é possível dividir Monster Hunter Wilds em duas partes. No combate propriamente dito, há uma fluidez considerável, ainda mais com a movimentação do personagem. Os controles parecem ainda mais eficientes que os jogos anteriores. É possível montar nas criaturas, pular e esquivar conforme contra atacam com suas patas, línguas e garras. Há também a questão de que, embora pareça fácil destruir uma ou outra criatura, na verdade, existe um método correto para que o jogador não passe tanto tempo para destruir seu adversário. Nisso, até mesmo um modo tutorial se torna um facilitador opcional. Mas que, mesmo para os veteranos da franquia, é necessário observá-lo devido às mudanças ambientais de Monster Hunter Wilds. A história, aparentemente, é uma boa condutora da narrativa. Porém, não há muito o que destacar, afinal, somente o início da jornada é possível desbravar na versão beta do jogo.
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Porém, se, por um lado, o combate une o útil ao agradável, sendo frenético e de controles dinâmicos, sem grandes deslizes, por outro, é possível notar que as cutscenes e os personagens têm problemas. Tanto na versão de Series S, quanto na PlayStation 5, foi possível observar que esses momentos apresentam gráficos ainda mal polidos e personagens com certos polígonos desproporcionais. Obviamente, se tratando de uma versão Beta, é provável que os desenvolvedores da Capcom estejam refinando esses quesitos. Porém, é interessante reparar a diferença entre o mundo aberto, onde o combate e as criaturas se encontram, com momentos de história e acontecimentos passados, assim como a apresentação dos personagens. Existe inclusive uma espécie de blur em determinadas cenas que parecem ser as responsáveis por esconder algumas imperfeições. Claro que, longe de demonstrar algo ruim, é um desafio a ser derrotado até o lançamento oficial do jogo.
ALGO MAIOR E MAIS INTENSO ENTRARÁ NAS FILEIRAS DE MONSTER HUNTER:
No fim das contas, Monster Hunter Wild segue o sucesso da franquia, ao apresentar uma jogabilidade já conhecida e que de forma alguma está saturada. Porém, o que salta aos olhos é o mundo ainda maior para os jogadores, produzido pela já conhecida RE Engine, usada em franquias como Resident Evil e Street Fighter. Uma melhora que parecia ser o próximo passo, mas que jamais renega suas origens. Com problemas pontuais na estética, cada criatura está tão bem polida com seus cenários. É um deleite apreciar os momentos de caça e seus biomas. Disponível em português, Monster Hunter Wild consegue provar que a Capcom sabe o que faz. E, independente do PlayStation ou do Xbox, o jogo tem toda a fórmula necessária para agradar a todos. A dificuldade e os desafios de caçar criaturas tão distintas continuam, agora em um patamar ainda mais elevado com Monster Hunter Wild.
* Esta Prévia foi realizada através da versão Beta de Monster Hunter Wilds disponibilizada pela Capcom. Os acessos ocorreram pelo editor Matheus Brant na versão PlayStation 5 antes da Queda da PSN e pelo editor e revisor Vitor Hugo Guariento na versão Xbox Series S. O texto, assim sendo, é um compilado que representa estas duas versões. Está mais do que justificado o motivo do jogo ter sido um dos mais esperados do ano de 2025, com lançamento para o PlayStation 5, Xbox Series S/X e Steam.
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