No mundo real, mudanças climáticas não são uma simples teoria. É uma prática já sentida que nem mesmo o mundo dos games consegue igualar. Seja a DLC Gathering Storm de Civilization VI (2016), da americana Fixaris. Ou então dos desastres naturais nas cidades de Sim City (2013), da também americana Maxis. Tudo isso é apenas a ponta de um iceberg que negado por alguns, já é capaz de mostrar seus efeitos. Em termos mais drásticos, essas mudanças podem levar a uma mudança radical no modo de vida da humanidade. Algo que podemos ver por exemplo, em games do gênero pós apocalíptico. É pensando nisso que para os detentor de um Nintendo Switch, é possível encontrar conteúdo com está temática. Gerencie o resto da vida humana em Surviving The Aftermath, sobreviva em Metro: Last Light e batalhe em Daemon X Machina em seu híbrido da Nintendo.
#3 – Surviving The Aftermath (da Paradox Interactive).
A complicação é uma das principais palavras em games produzidos pela sueca Paradox Interactive. Afinal, ela é responsável por títulos como Victoria II (2010) e Crusader Kings III (2020), membros do mais alto escalão quando se fala em estratégia e necessidade de um bom cérebro do jogador. Entretanto, eles também se aventuram no mundo pós apocalíptico. Surviving The Aftermath revela as necessidades de um mundo devastado e do resto da humanidade em sobreviver aqui nesta Terra. O mundo não é mais o mesmo e nem é o bastante, e por meio de colônias, o jogador deverá sobreviver e tentar ao menos prosperar. Para isso, o jogador contará com outros sobreviventes para criar abrigos, coletar recursos e sobreviver a empreitada de acampamentos inimigos. Além disso, o game possui um amplo espectro em termos de níveis de dificuldades para ajudar o jogador, ou desafiá-lo.

Essa dificuldade aliás irá impactar nos desastres que podem ocorrer, assim como na Inteligência Artificial de seus adversários. No fim das contas, Surviving The Aftermath é o gerenciador e construtor de cidades dessa lista. Embora o termo cidade seja um tanto obscuro em um mundo pós apocalíptico. Então, quem já possui algum conhecimento de Cities Skylines (2015), também da Paradox Interactive, pode entender mais rápido os conceitos e os controles. A versão disponível no Nintendo Switch é intitulada como especial por não conter as expansões que normalmente são lançadas em plataformas como o PC. Algo comum no estúdio sueco. Assim, toda a base de Surviving The Aftermath está disponível no híbrido da Nintendo desde 2021, ano de seu lançamento. E com ela, escolhas difíceis e nem tão morais e éticas. Então, esteja preparado para que no fim, a sobrevivência seja o foco principal nas 17 horas aproximadas do game.
#2 – Daemon X Machina (da Marvelous).
Um desastre não necessariamente tem o polegar e a digital humana. As vezes, é algo que acontece no nosso Sistema Solar que nem o Universe Sandbox (2011) esperava. Em Daemon X Machina, desenvolvimento pela japonesa Marvelous, a lua não só traiu a humanidade como também se despedaçou. Provavelmente, ultrapassando o Limite de Roche, que nem no filme Moonfall, de 2022. Porém, ao invés do absurdo, temos Mechas no contexto. No game, o jogador é um Outer, um sobrevivente dessa catástrofe e que busca a sobrevivência da raça humana contra criaturas cibernéticas. Os Immortals. Essas criaturas se rebelaram com contra a humanidade, ao melhor estilo Skynet em O Exterminador do Futuro. O problema é que em Daemon X Machina, nem mesmo os humanos são confiáveis. Uma vez que mercenários que um dia estão ao seu lado podem virar o rumo e a direção e se tornar seis inimigos mortais no outro.

Diferente de Surviving The Aftermath, aqui a ação é frenética. Com Mechas completamente personalizados, o jogador deverá cumprir as missões programadas e descobrir cada vez mais um pouco da história de Daemon X Machina. Para aqueles que já conhecem o estilo, provavelmente se sentirão familiarizados se já jogaram por exemplo Armored Core VI, isso é claro em outras plataformas. Já que não existe versão para o Nintendo Switch. Diferente de seu antecessor nesta Lista, Daemon X Machina não possui o Português como idioma. Então, será necessário treinar outra língua. Mesmo assim, em nada atrapalha sua missão de passar horas e horas dentro de um gigante robô customizado batendo em criaturas igualmente robóticas. Sendo que ainda é possível encontrar amigos e inimizades para um modo online. Suas quase 30 horas de campanha principal vão agradar aos jogadores do gênero, e até aqueles que se aventurem pela primeira vez.
#1 – Metro: Last Light (da 4A Games).
Agora, mesmo que não tenha Português, porém contando com todas as DLC’s, temos um dos melhores exemplares do gênero tiro em primeira pessoa (o famoso FPS) no Nintendo Switch. Seu nome é Metro: Last Light Redux, a versão definitiva do título. Baseado no romance Metro 2034, do russo Dmitri A. Glukhovski, o jogador é levado até às ruínas do que antes era conhecido como o gigantesco Metrô de Moscou. Aliás, o maior sistema metropolitano do planeta, algo que agradaria até mesmo os jogadores de Mini Metro (2016). Na pele de Artyom, o jogador deverá lutar de todas as formas pela sobrevivência depois da catástrofe nuclear deixar o ano de 2034 praticamente inabitável. A questão é que os seres humanos já são problemáticos em situações normais de temperatura e pressão. Porém, num mundo sem rédeas morais o que não pode faltar são guerras civis dentro deste túneis.

Metro: Last Light Redux consegue a façanha de unir uma boa ação em FPS com uma criativa história pós apocalíptica. Não por menos, é o segundo pontapé da franquia da ucraniana 4A Games. Que conta com Metro 2033 (2010) e Metro Exodus (2019), sendo que o primeiro, em uma versão remasterizada também está disponível na loja online do híbrido da Nintendo. Entre humanos esquizofrênicos e mutantes radioativos, o jogador ainda terá o direito de jogar 10 horas adicionais. Afinal, todas as DLC estão disponíveis do mais puro suco de urânio moscovita. No fim das contas, o jogo inteiro passa a conter cerca de 23 horas de intenso tiroteio e com uma aura de survival horror que com toda certeza, em algum momento fará o jogador se questionar o motivo de estar jogando. Pois existem sustos desde que foi lançado no Nintendo Switch, em 2020.
#Menção Honrosa – Dying Light (da Techland).
Um mundo pós apocalíptico é um gênero bem amplo. E nessa Lista, além de desastres siderais e nucleares, impossível não falar do fim do mundo zumbi. Sim, o mesmo que colocou George Romero no estrelato de A Noite dos Mortos Vivos, de 1960, de Invasão Zumbi (2016) e da clássica franquia de zumbis Resident Evil, da japonesa Capcom. A questão é que Dying Light é o que mais se aproxima de um horror de sobrevivência, mais até do que as pinceladas de Metro: Last Light. Da mesma mente dos criadores de Dead Island, Dying Light encarna o jogador em Kyle Crane, um homem contratado para auxiliar os sobreviventes da cidade de Harran, varrida por um surto viral. Pela manhã, a cidade é palco para saques e para busca de suprimentos. Porém, é quando as luzes se apagam que as criaturas se tornam hiper agressivas.

Dying Light aparece no Nintendo Switch como uma versão definitiva desde seu lançamento, em 2021. Isto é, contando com todos os conteúdos que até então foram lançados em outras plataformas. E também com o Português como língua disponível. Aliás, o título também é conhecido por ser um dos que apresentam ótimas promoções de tempos em tempos. E, com a quantidade de conteúdos de expansão, o jogador ficará feliz de passar as absurdas 58 horas e meia de jogatina. E claro que essa quantidade de tempo serve caso o jogador queira explorar com toda propriedade a cidade de Harran e esse mundo pós apocalíptico. Uma continuação ainda maior, Dying Light 2: Stay Human, detém absurdas 500 horas de puro terror para os os mais chegados ao gênero. Mas pode ser concluída em cerca de sessenta horas. Infelizmente, o segundo título está apenas na versão cloud para o Nintendo Switch.
Gostamos do pós apocalíptico, somente no mundo dos jogos.
Assim, no fim das contas, o Nintendo Switch está bem servido em diversos gêneros, seja os de gereciamento construção de cidades. Ou então o famoso estilo Roguelike, como Hades e Cult of the Lamb por exemplo. E isso não é diferente do mundo pós apocalíptico. Mesmo que cada um tenha sem gênero, operando na estratégia, na ação ou no survival horror. Afinal, quem disse que com o fim do mundo a mesmice deve ser sempre a mesma. Seja o líder de sua equipe e sua colônia com Surviving The Aftermath, batalhe contra robôs gigantes em Daemon X Machina, sobreviva no subterrâneo macabro de Moscou em Metro: Last Light ou então treine suas técnicas de parkour em Diyng Light. Você pode escolher, o Nintendo Switch lhe dá todas essas opções, e outras que ficaram de fora. Agora, a pergunta que não quer calar. Qual destes vocês já jogaram?