Duelo de Gigantes.
Em 2011, a Naughty Dog colocou um pequeno easter egg em Uncharted 3. Nele, um jornal noticiava a descoberta de um novo fungo. Porém, na hora não fez muito sentido. Mas, dois anos depois, foi lançado o jogo que inspirou esse segredo. A nova IP: The Last of Us.
Antes de tudo, vale ressaltar que ele chegou em um dos melhores anos da indústria dos games. Tendo dividido holofotes com Bioshock Infinite, GTA V, Dead Space 3, Assassin’s Creed IV, Tomb Raider, God of War Ascension e muitos outros. Mas, mesmo assim, a nova IP da Naughty Dog se destacou e foi um sucesso estrondoso.
Lançado em 14 de Julho de 2013, sendo desenvolvido pela Naughty Dog e publicado pela Sony como um exclusivo de PS3, e depois recebendo um port em 2014 para PS4. Além disso, ainda recebeu um remaster para PS5 e PC lançado no dia 02/09/22 no console da Sony e em 28/03/23 para os PCs, chamado de Parte I. Tratando-se de um jogo de ação e aventura com tiro em terceira pessoa, trazendo uma temática pós-apocalíptica com um foco bem grande na narrativa.
O dia do surto.
Primeiramente, nós vemos a pequena Sarah acordando após a chegada do seu pai, Joel. Após um pequeno diálogo, a garota entrega um relógio de presente para o pai (rendendo um diálogo bem engraçado, mostrando bem a personalidade da menina). Em seguida, nós acordamos no meio da noite e percebemos várias coisas pela casa que indicam que algo não está bem.
Por exemplo, uma notícia de jornal impresso falando sobre hospitais lotados, depois vemos explosões na cidade, e o celular do Joel com várias mensagens do seu irmão Tommy. Então, depois de alguns segundos, nós encontramos Joel, desesperado contando que os vizinhos estão esquisitos, e, de repente, o tal vizinho invade a casa, totalmente transtornado, e Joel é forçado a matá-lo. Em seguida, Tommy chega e pega Joel e Sarah para que os três possam fugir, e é a partir daí que a trama de The Last of Us começa a se desenrolar.
O homem tanque.
Antes de tudo, vamos ao combate desse joguinho que, apesar de ter uma narrativa bem presente, também se apoia na sua gameplay. Até porquê, é ação e aventura, né?
Em The Last of Us nós temos alguns controles bem fáceis de memorizar na verdade. Podemos mirar e atirar (L1+R1 clássico), além de agachar, tomar cobertura para evitar levar um tiro na cara (importante), executar ataques físicos seja com armas brancas (tábuas de madeira, canos de aço, tacos de beisebol) ou no soco mesmo, já que o Joel é um tanque de guerra, e ainda, agarrar os inimigos para uma morte furtiva. Entretanto, a gameplay possui alguns pequenos detalhes e, por isso, vou dividi-la em duas partes. A porradaria, e a furtividade.
Uma física deliciosa.
Primeiro, vamos para a ação. Como é esperado, temos armas de fogo, mas somente uma de cada tipo. Possuímos uma pistola, uma shotgun, uma sniper, um revolver etc (faz sentido já q estamos no fim do mundo). E todas fazem muito barulho, diferente dos ataques com armas brancas que também fazem (já que os inimigos gritam de dor), mas, com eles você pode dar sorte de executar um inimigo antes de alertar os outros (caso eles estejam longe o bastante). Além disso, ainda temos os coquetéis molotov que são efetivos em qualquer inimigo (amém) e causam um grande rebuliço na área, mas são salvadores!
Ou seja, o jogo permite que você simplesmente saia atirando e socando tudo que vê pela frente sem nenhuma preocupação. Mas, vale lembrar, que The Last of Us tem uma pegada de survivor. Então, por mais que, na maioria das vezes, você vá ter recursos (contanto que explore o mapa), caso você opte por sempre sair dando tiro na cara dos outros, é bem provável que suas balas estejam sempre no limite. Porém, é extremamente divertido o combate agressivo desse jogo. Eu digo em todas as abordagens. Quando você atira, você sente o tiro, o recuo das armas, até o som é muito bem feito. E quando é um ataque corpo-a-corpo, a física é incrível! É possível sentir o peso dos socos do Joel e das pauladas que ele desfere. Realmente é muito satisfatório!
Silencioso como um ninja.
Agora, vamos à furtividade! The Last of Us, também conta com alguns apetrechos que auxiliam os assassinos de plantão. Inicialmente, nós podemos agarrar os inimigos por trás, e assim finalizá-los seja com quadrado em um ataque bem bruto, ou com triângulo que é mais rápido, mas acontece à custa de uma faca de combate que fabricamos e possui durabilidade (irei comentar delas mais tarde). Porém, também podemos usar esses inimigos agarrados como escudo e ainda, podemos atirar na cabeça deles a queima roupa para finalizar o refém (é bem legal).
Além disso, o jogo deixa várias garrafas e tijolos espalhados pelo mapa. Eles podem ser equipados (apenas um por vez) e tem duas funções: usamos para distrair os inimigos com o barulho, ou, podemos arremessá-los nos inimigos para atordoar e permitir que a gente ou atire neles, ou os agarre (e ai você pode finalizar ou usar de escudo). É essencial sempre ter uma garrafa ou um tijolo em mãos. Porém, não pensem que a furtividade reinará apenas através de agarrões e objetos arremessados! Nós também podemos usar o arco e flecha, bem ao estilo Legolas.
Mas, não para por ai! The Last of Us ainda conta com bombas de fumaça e uma bomba de pregos que podem ser usadas tanto na gameplay agressiva, quanto na furtividade. Tudo depende da sua criatividade. Por fim, a gente ainda conta com um modo escuta, onde andamos bem lentamente, mas podemos enxergar os inimigos através das paredes graças à concentração do Joel. Esse recurso é útil tanto para o furtivo, quanto para o agressivo.
Os infectados.
Todavia, de que adianta todos esses recursos se não tiver contra quem usar não é? Pois bem, aqui nós enfrentamos bandidos, estupradores, canibais (só a nata da sociedade pós-apocalíptica) e também os infectados. Sendo que, o fungo que causa o fim do mundo (sim, vou explicar mais a frente), vem com quatro tipos de fases de infecção. A primeira são os Corredores, que se caracterizam por indivíduos recém-infectados, que podem ser encontrados parados sentindo dor e reclamando da vida com seus gemidos. São bem simples de lidar e os infectados mais comuns.
A segunda é chamada de Caçadores, que fazem o que o nome sugere, caçam! Após um tempo de infecção, o corpo se acostuma com o fungo e eles saem para se alimentar. São rápidos e se escondem até do modo escuta de Joel, e atacam do nada. São bem chatinhos. A terceira, e a mais odiada de todas, são os Estaladores. Esses benditos são cegos, pois a infecção, que cresce no cérebro, tomou conta de tudo e prejudicou a visão deles. Porém, eles possuem audição de sonar (como os morcegos), e simplesmente te matam se chegarem perto, além de fazer um barulho de ‘’estalo’’ bem característico que pode gerar pesadelos.
Por último, os Baiacus. São raros e nascem após muito tempo de infecção, fazendo o fungo se espalhar por todo o corpo e criar uma casca bem grossa. Eles são grandes, fortes, arremessam bombas de esporos e também te matam se chegarem perto. Chefão clássico.
Linearidade disfarçada.
Em seguida, vamos falar sobre o mapa de The Last of Us. O que podemos encontrar durante essa aventura. Primeiramente, quero ressaltar que o nosso ‘’passeio’’ é majoritariamente linear, porém carrega um falso senso de liberdade. Mas, o que seria isso? É simples. Aqui, nós temos uma história que segue um propósito fixo, em um mapa que segue uma linha reta em sua essência, porém com várias ramificações e pequenas áreas exploráveis enquanto progredimos. Ou seja, você não se sente andando por um corredor, já que está sempre explorando, seja por recursos, ou por segredos.
Pílulas divinas
Então, vamos a eles. Nós podemos criar vários itens, como as bombas de fumaça, facas, kits médicos entre outros. E, para isso, nós precisamos de vários recursos que ficam espalhados pelo mapa, por exemplo, álcool, pano, lâmina e por ai vai. Porém, alguns itens possuem recursos em comum, o maior exemplo é o kit médico e o molotov que compartilham a necessidade do álcool. Portanto, devemos gerenciar bem o que vamos criar no momento, já que não sabemos quando será possível adquirir novos recursos (detalhe: a Ellie às vezes joga kit médico para a gente durante o combate. Linda demais).
Além disso, nós também podemos encontrar algumas pílulas que servem para upgrade do próprio Joel. Elas podem aumentar a distância do modo escuta, melhorar a estabilidade da mira, e até aumentar o máximo da nossa vida. É bom demais encontrá-las (detalhe, não tem como zerar o jogo com tudo no máximo, portanto escolha bem o que você vai fortalecer!).
Por último, mas não menos importante, esbarramos em várias ‘’engrenagens’’ que nada mais são do que peças para fortalecer as armas. E seguem o mesmo esquema das pílulas, é preciso escolher bem quais armas mais usamos para saber o que fortalecer. E os upgrades são bem padrões: mais dano, mais munição etc. Mas, vale ressaltar, que após certo momento, um item extra será necessário para o upgrade das armas, o que vai dificultar um pouco. Ao menos eles são permanentes e servem para segurar um pouco o progresso para não deixar a gente forte muito rápido.
Cheio de segredinhos.
Logo depois, aproveitando o gancho dos recursos, vamos falar sobre os segredos e coletáveis de The Last of Us.
Durante a campanha, nós podemos encontrar vários artefatos que nada mais são do que papéis de diversos tipos. Desde bilhetes suicidas, até panfletos informativos, ou mesmo mapas. E existem vários e vários espalhados pelo jogo, e eu preciso adiantar que, muitos deles são extremamente interessantes. Muitos contam histórias sobre sobreviventes durante o surto, sobre seus medos e angustias, suas fraquezas, seus sufocos como beber água suja, ou ter que matar entes queridos que foram infectados. Há também alguns que contam histórias momentos antes do surto, mostrando como foi o inicio da adaptação à essa nova realidade e por ai vai. Sei que muita gente não tem paciência de ler documentos em jogos, mas aqui vale a pena dar uma conferida.
Além dos artefatos, nós também podemos encontrar pingentes dos vagalumes (está quase na hora de falar sobre eles), que nada mais são do que pingentes de identificação que se perderam após a morte de seus donos. Eles não contam muito, além de mostrar o nome do dono (o que também é legal já que vemos pessoas de várias nacionalidades), mas é legal coletá-los também. Temos também os Gibis. Eles são os colecionáveis direcionados a Ellie. Ela simplesmente ama as histórias da Savage Starlight. Pena que não podemos ler toda a história também, porque sem dúvida viraríamos fãs.
Quem precisa de chaveiro?
Seguindo a linha e aumentando o grau de importância, nós encontramos manuais de treinamento, que são incrivelmente úteis! Sempre que encontramos um, nós liberamos uma nova função que ajuda na sobrevivência. Por exemplo, lembram que as facas que criamos gastam quando usadas? Pois é, com o manual certo, elas têm uma durabilidade maior! Vocês não fazem ideia do quanto isso ajuda.
Por fim, temos o santo graal dos colecionáveis de The Last of Us: As portas trancadas. Soa estranho eu sei, mas, ao longo do jogo, nós encontramos várias portas trancadas que só podem ser abertas ao usarmos uma faca. E, vão por mim, abram as portas! Todas elas contam com uma variedade de itens, desde munição até os mais variados tipos de recursos! É impressionante como eu não me arrependi de abrir nenhuma porta. Procurem por todas elas!
”Procure a luz. Acredite nos Vagalumes”
Agora, finalmente, vamos à trama. E aqui é onde o jogo brilha mais, sem dúvida.
Primeiramente vamos voltar ao começo. Como vocês devem se lembrar, Joel, Sarah e Tommy se veem no meio do surto de um fungo, chamado Cordyceps. Esse fungo existe na vida real, e o que ele faz é infectar o hospedeiro (no nosso mundo são as formigas), fazendo com que elas sejam totalmente controladas, e busquem sempre por lugares escuros onde a pobre formiga se instala enquanto solta esporos no ar. Em The Last of Us é o mesmo fungo, com funções iguais. Porém, ele infecta humanos, deixando eles bem agressivos e famintos (e com uma disposição para gritar e correr que você não faz ideia…).
Bom, é um apocalipse, então você deve imaginar o que aconteceu. Muitas mortes, economia entrando em colapso, governos caindo, população desesperada, tudo normal. Mas, no meio disso, surgiu um grupo conhecido como os Vagalumes. Uma organização não governamental, que tem como objetivo central buscar uma cura para o Cordyceps. O problema é que eles não têm escrúpulos e fazem o que for possível para alcançar seus objetivos.
É por isso que vemos vários Vagalumes mortos por ai, seja por infectados ou por soldados da FEDRA (que é uma agência federal responsável por cuidar de desastres). Mas, não se enganem, por mais que os Vagalumes tenham uma índole meio ambígua, várias pessoas os admiram e se associam à eles sem pensar duas vezes.
A vida no fim do mundo.
Então, após muita correria e explosões, a história avança 20 anos no futuro, mostrando Joel e sua parceira Tess. Ambos trabalham como contrabandistas em troca de cartões de comida, munição, remédios e outras coisas para sobreviver. Tess conta ao Joel que um cara chamado Robert roubou as armas deles, ou seja, sacaneando muito com os dois. Então, ambos decidem ir atrás do abençoado para reaver as armas e resolver logo isso. E esse é o ponto de virada que faz tudo girar. Tess é uma mulher forte, destemida, e casca grossa. Ela tem a cara de uma sobrevivente. Enquanto Joel, não fica para trás em nada. Ambos possuem uma parceira invejável.
Logo depois de alguns acontecimentos, eles se veem em uma missão para escoltar Ellie, uma garota bem topetuda e que precisa ser levada até o Congresso o quanto antes, a pedido da líder dos Vagalumes, Marlene, em troca das suas armas (aquelas que o Robert roubou). E assim, os três partem nessa aventura com o objetivo simples: deixar a garota e recuperar as armas.
The Last of Us tem uma campanha que gira em torno das 15 horas para quem joga a primeira vez. E foi impressionante como que, em tão pouco tempo, eles conseguiram desenvolver os personagens de uma forma absurda! Não só os principais, mas também os secundários são todos muito bem feitos, seja por sua personalidade, inocência, grosseria ou carisma. Não existe um personagem ruim aqui.
Emocionante do início ao fim.
Mas, é claro que o destaque está para Joel e Ellie. Uma relação que começa totalmente profissional, com um rejeitando o outro, termina me fazendo chorar. Como eu disse, a história transcorre de forma linear, ou seja, você não tem decisões para tomar. É uma jornada ali fixa. Mas eu não me lembro de uma melhor. A minha vontade é ficar aqui listando todos os momentos memoráveis e todos os pontos de virada, seja no objetivo ou no modo como Ellie e Joel veem um ao outro, mas isso poderia durar para sempre.
Porém, posso dizer que é incrível conhecer mais sobre o Joel, seus medos e traumas, sua experiência nesse mundo, sua personalidade. E com a Ellie é a mesma coisa, uma garota de 14 anos que só conhece o mundo pós-apocalíptico. É incrível ver ela se empolgar com um caminhão de sorvete, ou ficar impressionada ao descobrir que as modelos de antigamente, optavam por não comer, enquanto eles passavam fome nesse mundo destruído. E por ai vai…
O que posso dizer, sem nenhum spoiler, é que essa é, sem dúvida, uma das melhores duplas da história dos videogames. Ambos vão fazer você torcer, se emocionar, ficar agoniado, tudo de uma cena para a outra. Em resumo, The Last of Us tem uma história absurdamente envolvente, com um desfecho épico e conflitante, para dois personagens totalmente humanos! Depois que você zerar, pare e se pergunte: ‘’O que eu faria se fosse comigo?’’
A genialidade de Gustavo Santaolalla
Logo depois da história, vamos ao lado técnico. Primeiramente, eu gostaria de erguer um pedestal para o Gustavo Santaolalla. O que esse cara fez na trilha sonora de The Last of Us é coisa de outro mundo, de verdade. Existem várias trilhas maravilhosas por ai, posso destacar a de NieR Automata, God of War (todos), Bloodborne e Kingdom Hearts 2 como as minhas favoritas. Porém, nenhuma delas chega perto da de The Last of Us.
É realmente algo inacreditável. A trilha consegue te emociona, te relaxa, aquece seu coração, tudo com uma tacada. Além de ser original e extremamente memorável, podendo servir até para te fazer dormir (dica para quem tem insônia aí ó). Além disso, ela é sempre bem colada nas cenas. Tem momentos que parecem normais, mas quando a trilha começa, você até arrepia!
Agora, sobre os gráficos, a Naughty Dog sempre foi um primor técnico, e aqui não foi diferente. As expressões faciais são lindas, os cenários belíssimos, iluminação muito bem aplicada. Realmente, até hoje em 2022, ele é um jogo incrivelmente bonito. Vale ressaltar que os detalhes da ambientação são impressionantes, toda casa que você vai, lanchonete, loja de discos, tudo muito bem detalhado e caprichado. Foi um trabalho que eles devem se orgulhar até hoje. Além disso, a inteligência artificial desse jogo também é ótima! Todos os personagens que te acompanham são realmente úteis, salvando sua vida algumas vezes.
Já o level design desse jogo, é algo que me impressiona muito também. É incrível como um jogo linear, consegue te passar a sensação de liberdade a todo instante. Em nenhum momento você se sente preso a um corredor. Na verdade, eu diria que na parte final do jogo, você tem um cenário mais linear, porém, faz parte do contexto de urgência do momento, então faz total sentido. É a mesma sensação que tive com o primeiro God of War, da para ser linear e bem feito ao mesmo tempo!
Deixada para trás.
Em seguida, vamos para o conteúdo extra. The Last of Us recebeu, no dia 14/02/2014 uma DLC chamada Left Behind, que conta a história da Ellie, antes de conhecer Joel e Tess. Ela é curtinha, e focada na narrativa. Mas nos permite jogar com a Ellie, e ainda trouxe duas coisas que foram levadas para o segundo jogo. Primeiro, a possibilidade de fazer os infectados atacarem inimigos humanos, ou seja, ajuda demais (inimigo do meu inimigo que fala né?). Segundo, a forma de contar história. Left Behind conta a história em dois períodos diferentes do tempo, sendo um atual com mais ação, e flashbacks do passado onde nós andamos e conhecemos mais a história, e é exatamente assim que The Last of Us 2 irá transcorrer.
Left Behind trás um lado mais inocente da Ellie, quando a vida era mais fácil. Mas também nos mostra como ela é forte mesmo sendo muito nova, e é capaz de tudo para sobreviver e ajudar quem ela ama! É uma história tão emocionante quanto a principal, e obrigatória! Porém, é preciso zerar o jogo base antes de jogá-la, então fiquem atentos.
Modo Facções.
Por fim, o jogo ainda conta com um modo multiplayer chamado Facções, que não tem muito mistério. Você se alia a uma facção, seja dos Vagalumes ou dos Caçadores e joga os diversos modos, com um intuito de coletar recursos para sua facção, que são contabilizados no final de 12 semanas.
Os modos são: Supply Raid, onde o objetivo é matar o time adversário enquanto caixas com suprimentos caem pelo mapa, contendo kit médico e itens de craft. Survivors, onde o objetivo também é matar todo mundo do outro time, mas agora sem respawn e quem vencer 4 rounds ganha a partida. Por fim, o modo Interrogation, onde você precisa capturar um jogador adversário e interrogá-lo para descobrir a localização da Lockbox que contem suprimentos. O modo Facções fez até um certo sucesso, mas o foco do jogo é com certeza sua campanha. Mas, quem tiver a versão de PS4 e assinar a PSPlus, ainda pode testar o multiplayer por si só.
Conclusão.
Em síntese, The Last of Us é um jogo que faz tudo com um capricho absurdo. Seja o lado técnico, ou o combate, ou sua história, tudo nele é lindo e emocionante. Chegou em um ano recheado de coisas boas, e mostrou a que veio. A Naughty Dog já era bem amada pela franquia Crash e depois Uncharted, mas em 2013 ela foi elevada a outro patamar. Mostrando o quão poderoso é o PS3 e deixando o catálogo que já era bom, ainda melhor.
Eu costumo dizer que esse é um jogo obrigatório para qualquer pessoa que gosta de jogos e/ou de cinema. É uma aventura emocionante do início ao fim. Cheia de momentos marcantes, com gráficos lindos, um combate gostoso, e uma das melhores trilhas que eu já ouvi! Não conhece a Ellie e o Joel? Então vá atrás, você não vai se arrepender. É uma experiência incrível e inesquecível.
Números
The Last of Us
The Last of Us trouxe um combate gostoso, um level design ótima, uma história extremamente cativante e uma das melhores trilhas sonoras da história dos jogos!
PRÓS
- História emocionante do início ao fim
- Combate divertido, independente da abordagem
- Gráficos lindos
- Ótima trilha sonora
- Personagens e inimigos memoráveis
- Level design muito bem feito