Análise Alien: Isolation (Xbox One)
Pois bem, a Creative Assembly acertou em seu cartucho na produção de Alien: Isolation. Sendo um grande avanço na franquia, com um ambiente imersivo.
A franquia Alien, pelo menos no mundo dos games deixou um gosto amargo na garganta de qualquer fã. Aliens: Colonial Marines foi produzido pelo estúdio norte americano Gearbox (da franquia Borderlands) e publicado pela SEGA em 2013. O jogo era um multiplataforma. Com uma Inteligência Artificial abaixo da média, gráficos datados e bugs certamente amadores, o título não se saiu bem nem nas críticas nem na vendagem. Isso deixou a franquia nebulosa não somente em continuações como também em qualidade. Eis que então, um ano depois surge uma segunda chance, Alien: Isolation, mais um multiplataforma.
Desta vez, desenvolvido pela britânica Creative Assembly, o game teve versões para PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox One, Xbox 360 e PC. Uma versão para Nintendo Switch está programada para o ano de 2019. Este port contudo está sendo realizado pelo estúdio londrino Feral Interactive. No plot do game, o jogador se encontra na pele de Amanda Ripley. Ninguém menos do que a filha de Ellen Ripley, protagonista do icônico filme de 1979, que a época foi interpretado por Sigourney Weaver. Além dos Xenomorfos, o título tem em suas costas a grande missão de apagar as nuvens negras do se antecessor. Ele, em termos curtos, trás certa claridade a este mundo, mas ainda assim tem seus defeitos.
Para início de conversa, Alien: Isolation navega de forma bastante prática no modo de horror de sobrevivência. O jogador, na pele de Ripley deve explorar e sobreviver dentro da nave Sebastopol, onde criaturas alienígenas que já causaram pesadelos em muita gente estão a espreita. A ambientação e iluminação ajudam ainda mais no clima claustrofóbico, tanto para o bem quanto para o mal. Uma vez que a falta de iluminação deixa ainda mais sensação de pânico quando do fatídico encontro entre Xenomorfo e personagem.
Contudo, essa mesma falta de iluminação também é usada em excesso, de modo que em alguns pontos a jogabilidade perde eficiência. Não é que por estar em jogo de tema survival horror que não existe a necessidade de enxergar alguma coisa. E, em especial na versão analisada, do Xbox One, as telas “agarraram” em alguns pontos. Nada de tão tenebroso assim, mas é possível encontrar outros títulos na mesma plataforma com uma fluidez melhor.
Mesmo com este problema, a ambientação consegue passar uma performance consistente de medo. Isso por que nem sempre caberá ao personagem, como melhor saída, o confronto direto. Os Aliens que dão nome ao título não morrem, e podem apenas ser dispersos quando encontrados com lança-chamas. Ou quem sabem outras armas de grande calibre. Mas eles estão a espreita, e no menor dos sons é possível chamar a sua atenção. Tenha em mente que o jogo tem uma brutal rampa de dificuldade, uma vez que o encontro com essas criaturas sem dúvida é desproporcional. Com um adversário “poderoso” e um simples “humano”, na maior parte do tempo, será melhor incorporar a versão de investigador. Mais ou menos o que acontece com o título Outlast, já conhecido no mundo do terror e produzido pela Red Barrels.
E, num mundo onde fugir na maior parte das vezes é a melhor opção, Alien: Isolation conta com uma jogabilidade anos luz de seu antecessor. Da mesma forma que a cautela deve estar na mente dos jogadores, imagine só. Perder algum tipo de ferramenta pelo simples fato de que você não prestou atenção em um local específico? Pois bem, o título da Creative Assembly faz exatamente isso. Os controles reagem bem aos comandos do game, sejam nas horas mais intrusivas, de correria generalizada, que não é a maior parte do tempo, quanto também nos momentos de exploração e calma. Você sabe que o inimigo está ali ao lado, espreitando. Mas você não pode fazer nenhum movimento brusco, senão é o fim. Neste ponto, é possível encontrar a semelhança na fonte do clássico filme de 1979.
Atrelada a jogabilidade, é concreto dizer que Alien: Isolation não é um game fácil. Mesmo com os desenvolvedores argumentando que o modo Difícil seja a versão definitiva da obra. Jogar no modo Normal não é para qualquer um. Voltando novamente em uma narrativa claustrofóbica, o jogador encontrará poucos momentos de salvação, como ponto de save ou locais de recuperação de vida. As cercas de vinte horas da campanha principal bebem na fonte do tema horror. Isso é inevitável, mas parece ter como baliza a velha sobrevivência, onde a cabeça funciona mais do que armas. Não por menos, além dos Xenomorfos, robôs e humanos também são inimigos e não terão dúvidas em eliminar o personagem principal. Assim sendo, é possível ter uma ajudinha dos Aliens para acabar com essa ameaça. E claro, se esconder, senão é você quem se tornará a janta seguinte.
No fundo, o pior de Alien não é a jogabilidade, nem seus gráficos, nem a dificuldade, mas sim a sua história. Óbvio que não é possível comparar um longa cinematográfico com um título de game. Mas o enredo de Isolation deixa a desejar em vários pontos. Em especial por entregar uma trama rasa, com pontos de virada que com o andar da narrativa, sequer podem ser chamados assim. Por mais que os fãs da franquia nos cinemas consigam encontrar pontos indicativos da fonte original, o game não transporta de maneira definitiva para o que a franquia verdadeiramente é. Mesmo com o “carisma”, se é que podemos falar assim, dos Aliens, o jogo poderia simplesmente se passar por outro. Bastando a troca dos Xenomorfos originais.
Desta forma, Alien: Isolation é um título ambivalente. Se de fato é um avanço estratosférico para com o seu antecessor, o ruim Colonial Marines. É também não adquire a coroa de Triplo A que a série poderia alcançar. Isso não quer dizer que ele não seja bom; sua ambientação e sonorização são de fato seus pontos alto. Sem dúvida alguma, você se sentirá imerso na atmosfera de estar em uma nave espacial cercado de inimigos. Em especial os Xenomorfos já conhecidos por todo mundo.
Entre uma derrapagem e outra, como a fluidez que cede em alguns pontos, ainda assim é uma forma de divertimento. Para aqueles que gostam não de sentir medo, mas sim uma mistura de paranoia com tensão. A dificuldade e a jogabilidade também são bons aspectos a serem mencionados. Afinal, um título de sobrevivência como este deve provocar efeitos adversos no público. E o que melhor de não encontrar salvação quando aquela criatura estar na sua frente e ter de começar tudo novamente.
Nota Final: 78 de 100. Pois bem, a Creative Assembly acertou em seu cartucho na produção de Alien: Isolation. Que é um grande avanço na franquia. Com um ambiente imersivo e digno dos filmes de Ridley Scott, com alta dificuldade e um ambiente claustrofóbico. Onde correr é melhor do que lutar, basta uma arrumada na história e uma melhoria na quantidade de escuridão presente, e o futuro, quem sabe, não pode transformar o sucesso de Alien no cinema também no mundo do entretenimento eletrônico. Para os amantes de jogos de sobrevivência, esse game de certa forma os agradará.
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