Em um mundo de temperatura e pressões normais, qualquer uso ou menção ao regime nazista é crime. Quer você queira ou não. Aliás, para quem perdeu algumas aulas de história na escola, o Regime Nazista foi um período sombrio da história da humanidade. Perpetrado por Adolf Hitler, o bigodinho, na Alemanha, o regime tinha métodos nefastos. Um deles, além do controle completo da vida era a necessidade de extinção e inferioridade de todos aqueles que pensavam ou que eram diferentes. É a xenofobia em seu mais puro e ensosso grau. Por isso mesmo, o Guariento Portal tem a honra de se sentir em Bastardos Inglórios ou entender o Scar de O Rei Leão ao trazer uma lista de games que mostram como se deve se tratar um nazista… Então, treine bastante e libere sua raiva ao sentar a mão em nazistas com Wolfenstein e The Saboteur.
Atenção: Se você está lendo esta lista e sente conforto em fazer uma saudação nazista ou usar uma suástica por debaixo do uniforme de homem tradicional brasileiro ou alemão, saiba que isso é Crime. Pelo menos é o que diz a Lei 9.459 de 1997. Essa lei destaca o uso de qualquer manifestação que relembre o Regime Nazista como Crime, de forma imprescritível ou inafiançável. Ou seja, você será punido mesmo que a justiça seja tão lerda quanto um caramujo, e não poderá responder em liberdade. Já na Alemanha, o país que mais sofreu com o Regime, qualquer saudação ou uso de insígnias é Crime pelo Artigo 68 do Código Penal Germânico. Estando avisado, vamos agora ao que nos interessa; games que sabem como colocar um nazista em seu lugar, os icônicos Wolfenstein: The Order e The Saboteour.
Uma distopia em que o nazismo venceu. Para alguns, um sonho.
1# – Wolfenstein: The New Order, produzida pela Machine Games e publicado pela Bethesda Softworks. Disponível para PC, PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox 360, Xbox One e Xbox Series S/X.
Não há como começar qualquer lista que trate do regime nazista do mundo dos games e não começar por aquele que é o suprassumo desta narrativa. Wolfenstein: The New Order é uma revitalização da franquia que começou em 1981. Porém, foi quando a sueca Machine Games colocou as mãos na franquia, em 2014, que temos um dos mais memoráveis games em que o jogador deve… Bem, você já deve saber. Em Wolfenstein: The New Order, o jogador controla o agente americano William B.J Blazkowicz. De ascendência judia e polaca, ou seja, tudo aquilo que o nazista mais detesta. No entanto, em 1946, o agente entra em coma com uma tentativa de assassinato e só retorna à normalidade por volta de 1960. Nesse mundo distópico, a Alemanha Nazista ganhou a guerra por ter conseguido produzir uma bomba nuclear.

Assim, os Estados Unidos foram obrigados a capitular e a Europa caiu sobre as mãos do Reich. Não por menos, Londres se tornou uma das principais cidades onde os segredos de engenharia reversa nazista pairam. Depois que Blazkowicz acorda, o jogador tem a missão de simplesmente acabar com o regime nazista, destruindo algumas poderosas instalações assim como ajudar um grupo da resistência. O uso da id Tech 5, uma engine própria da id (de Doom) traz um cenário gigantesco, polido e extremamente ameaçador, mostrando o que poderia ter sido o mundo caso o nazismo tivesse vencido a Segunda Guerra Mundial. Com uma história que certamente pinta o personagem em tons cinzentos, Wolfenstein: The New Order abusa do caráter frenético de outras franquias da Bethesda, como Doom e Quake, com uma história que não deixa em nada a desejar.
Faça a diferença contra o Reich, com muito poder de fogo.
Sobre o estilo de Wolfenstein: The New Order; espere por muito tiroteio e gritaria, além de momentos em que o jogador deve invadir uma ou outra localidade de segurança máxima. Os artefatos a sua disposição, para incendiar tudo, como se fosse uma fogueira de livros também permite que o jogador se esbalde, a depender de como será a sua forma de invasão. No fim das contas, Wolfenstein: The New Order é frenético e satisfatório, brilhante por sinal, em contar uma história inteligente e que marca exatamente o que esta lista quer entregar. O jogador vai bater, e não somente isso, contra nazistas, mas também se sentirá em uma resistência a tudo aquilo que é mais abominável. Aliás, não faltam versões para o game, que está disponível em todos os consoles da Microsoft e no PlayStation 3 e 4, além do PC.
A Queda da França trouxe o fascismo até Paris. Até agora!
2# – The Saboteur, produzida pela Pandemic Games e publicado pela Electronic Arts. Disponível para PC, PlayStation 3 e Xbox 360.
Antes da Electronic Arts simplesmente fechar seus mais interessantes estúdios (estamos falando de você Visceral Games, de Dante’s Inferno e Dead Space), ela produzia excelentes games. E, dentre esses estúdios, estava a californiana Pandemic Games, responsável por nosso segundo game de socar nazistas. The Saboteur tem uma pegada bem distinta de Wolfenstein: The New Order. Aqui, o jogador deve, com cuidado e bem no estilo stealth ser parte da Resistência Francesa em Plena Queda da França. Novamente voltando a história mundial, a Queda da França foi o período em que o Reich Alemão ocupou a França, especialmente Paris durante os eventos da Segunda Guerra Mundial. É nesse mundinho agradável que o jogador entrará na pele de Sean Devlin, um piloto de corrida e mecânico irlandês que viu seu amigo ser morto pelo nazismo.

Em termos de jogabilidade, temos um mundo aberto que demonstra os principais bairros de Paris. Afinal, The Saboteur se passa na capital francesa. Aos poucos, o jogador, em terceira pessoa, recebe missões para expurgar os nazistas daquelas posições. Primeiramente em tons de preto e branco, quando o jogador consegue concluir tais missões, muitas vezes queimando ou destruindo os diretores do Reich, os bairros vão sendo pintados com suas cores originais. Uma forma de demonstrar que os habitantes daquele bairro estão recuperando a esperança de um futuro melhor. Mesmo que o trabalho sujo fique para você como jogador. Além disso, há melhorias gradativas de suas habilidades, além de que como você é o terrorista local, todas as suas compras devem ser feitas com cuidado, como é o caso de comprar munições e armamentos somente pelo mercado negro.
As ruas sem iluminação fazem de você uma ameaça… Para eles.
Antes mesmo que Dark Souls andasse, The Saboteur já corria no quesito “morreu, perdeu tudo”. Isso se deve ao fato que, se Sean morresse durante uma das andanças pelas vielas e ruas de Paris, o jogador simplesmente perdia todo o seu armamento. Produzido com uma engine própria, a Odin, The Saboteur pode não ter uma história enriquecedora, mas ela é o suficiente para que o jogador sinta a imersão deste mundo. Alguns clichês de jogos neste estilo, que envolve a espionagem são bem óbvios e podem impactar na jogabilidade. No entanto, quando o assunto é realmente dar uns ótimos sopapos de uma galera que aprecia o Reich, o game com toda certeza se sai bem. Infelizmente, não há sequer vontade de uma continuação ou remake do game, tendo apenas as versões de PC, PlayStation 3 e Xbox 360.
Se acalme general do povo, sabemos que tem mais por vir.
É claro que quando se fala de games que possuem essa temática de combate ao nazismo, existem outros que também tem uma influência desgraçada. Call of Duty tem o seu momento de Segunda Guerra Mundial, assim como a franquia Commandos, que anda esquecida no churrasco de domingo à tarde. A própria franquia Wolfenstein, por exemplo, por ser a responsável por três ou quatro listas quando o tema é nazismo. Então, se por ventura você não encontrou o seu game preferido aqui, não fique afobada e nem mande um coquetel molotov para a nossa sede. Assim como os dragões que foram objeto de uma lista especial aqui no Guariento Portal, nós podemos trazer uma parte dois sobre este assunto. Agora, se você nunca jogou Wolfenstein: New Order e The Saboteur está esperando o quê? É a melhor forma de colocar um nazista de araque em seu devido lugar.