Conheça a história por trás do “Nuclear Gandhi”, personagem do game Civilization.

Historicamente, Gandhi é conhecido como uma figura pacifista. Mas não em Civilization, onde ele se torna um entusiasta de bombas atômicas. E adora usá-las também. Conheça o “Nuclear Gandhi”, um bug na série de estratégia que se tornou Easter Egg.

A série de jogos Civilization já é uma velha conhecida dos jogadores do gênero estratégia. Controle um Império através de um líder e simplesmente faça a sua nação florescer entre as eras. Desde as Pirâmide até a Corrida Espacial. No meio deste universo que já se encontra na sexta versão, temos um personagem peculiar, Gandhi, líder do Império Indiano. Mahatma Gandhi, como é conhecido no Ocidente é uma figura encarnada no pacifismo. Afinal, ele se utilizou da filosofia da não violência para que o povo indiano lutasse contra o Imperialismo Britânico no século XX. Porém, por um erro no código do jogo, o primeiro título, Civilization contava com um Gandhi nada amigável. Pelo menos depois de uma parte do jogo. O “Nuclear Gandhi” torna-se um verdadeiro sociopata, louco para a bomba atômica.

Mas então, por que Gandhi se transformava nesse ser que adora armas atômicas e está louco para explodir qualquer coisa com seus mísseis? Então. Em Civilization, quando Gandhi é encontrado no mapa ele é um jogador pacato. Pelo código do jogo, ele é o mais tranquilo, tendo um índice de violência de um, o menor. Contudo, no decorrer do jogo, políticas, ideias e invenções aparecem na evolução natural de sua nação. Até que a Democracia bate a porta, o que é extremamente contraditório, já que a democracia leva a guerra. O “Nuclear Gandhi” é ativado no momento em que o Império Indiano torna-se democrático, já que uma das propriedades dessa política é diminuir a agressão do líder em questão em dois níveis. Gandhi tem um, e se tornando democrática, ficaria em -1. Só que o jogo não lê dessa forma.

Literalmente, Civilization dá um duplo twist carpado e coloca Gandhi tendo uma agressão de 255, o máximo possível. Ou seja, ele fica vinte e cinco vezes mais agressivo do que qualquer outro líder no jogo. Obviamente, depois desse momento, palavras como “bomba atômica” aparecem no linguajar do líder indiano. E não por menos, é comum que, se acaso se tornar inimigo dele, seja alvejado sem dó nem piedade por bombas atômicas. Se, porém, Civilization começou isso, engana-se quem pensa que foi um singelo erro da primeira versão do game, em 1991. Como uma forma de Easter Egg, Gandhi apresenta a mesma personalidade em praticamente todos os jogos que vieram depois. Claro, de forma um pouco mais atenuada. Mas ainda assim ele é o “Nuclear Gandhi”.

Por mais que o “Nuclear Gandhi” seja visível em Civilization de 1991 e nos outros, ainda assim ninguém da produção da série confirmou a situação, nem também negou. Mas o fato é que o pessoal da Firaxis se diverte com essa história. No mais recente título da franquia por exemplo, Civilization 6, Gandhi está disponível desde o jogo inicial. Sua “habilidade” primária é o Peacekeeper, algo como o “fazedor de paz”. Obviamente temos o Gandhi história que pregava a não violência. No entanto, sua agenda secreta é chamada de “Nuke Happy”. Aqui, o líder pacato aprecia o uso de armas atômicas e se sente feliz em interagir com nações que possuem armas atômicas para a sua defesa. Agora, da próxima vez que você jogar Civilization, preste atenção em Gandhi e sua transformação em “Nuclear Gandhi”, e reze para não começar o jogo perto de suas fronteiras.

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Parceiro

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Civilization 6 está disponível para PC, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch. E ademais, o jogo também já foi palco de algumas postagens aqui no Guariento Portal. Afinal, como unir o útil ao agradável em tentar explicar política com um jogo que investe em política. Pois bem, quer entender o caso da Arábia Saudita e seu poder mundia sobre o Petróleo? Temos aqui. E o conflito no início de 2020 entre Estados Unidos e Irã no Iraque? Também temos aqui. Já sobre armas nucleares, e agora sendo um pouco mais sério, temos uma homenagem aos 75 anos do uso da bomba atômica em Hiroshima, um crime de Guerra na Segunda Guerra Mundial. Além desse caso, temos também o maior acidente nuclear da história, logicamente o de Chernobyl, na Ucrânia.