Review: Greedfall (PlayStation 5)

SEMPRE NO MEU RADAR

Greedfall foi um daqueles jogos que me chamam a atenção logo na primeira vista. Vendo os trailers e o combate, eu acabei achando a estética muito interessante. Por isso, sempre deixei ele no radar. Mas, como o backlog nunca acaba, ele foi ficando esquecido até quando comprei ele no PS5. Mas, será que meu humilde hype foi compensado?! Lançado em 10/09/19, sendo desenvolvido pela Spiders e publicado pela Focus Home Interactive para PS4, Xbox One e PC, e depois tendo recebido uma atualização para PS5 e Xbox Series S|X. Tratando-se de um RPG, de ação, com magias, tiros e espadas!

A PRAGA MISTERIOSA:

Greedfall começa com a gente se preparando para uma viagem. Logo depois de criarmos nosso personagem, descobrimos que somos De Sardet. Rapidamente, descobrimos que somos sobrinhos do governador de Serene, e a nossa terra sofre com uma doença terrível. Essa doença já matou diversas pessoas, e aflinge, inclusive, a nossa mãe. Por isso, nossa missão é auxiliar nosso primo, Constantine, na sua missão em estabelecer morada em Nova Serene e procurar uma cura para a tal doença!

ESCOLHA SUA CLASSE:

Primeiramente, vamos ao combate. Greedfall vai ter uma combate simples, e que varia um pouco dependendo da sua classe. Os comandos são básicos, já que podemos andar, correr, soltar magias, usar habilidades e esquivar de ataques. Porém, um detalhe importante é que quanto mais acertamos ataques, mais uma barra vai se enchendo, e ela (que possui dois níveis) libera um ataque forte, e especial, que varia de acordo com a classe.

Você vai poder ter um personagem focado em magias, ataques físicos com armas brancas e com armas de fogo. Entretanto, qualquer personagem que você criar, vai ter as três árvores disponíveis. Ou seja, o jogo não te prende a um estilo e você pode customizar como quiser!

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UMA SENSAÇÃO GOSTOSA:

Eu, por exemplo, escolhi o mago. Entretanto, chegou um momento que precisei usar a pistola. Então fortaleci as habilidades e ela funcionava muito bem! Tal qual a espada de uma mão que me ajudou muito contra inimigos que são fortes contra magia! Também temos stealth, mas é raro termos que usar. Inclusive, as armas de fogo são ótimas para quebrar armaduras! Lembre-se disso!

Mas, o que interessa é a qualidade do combate. Greedfall, como eu adiantei, possui um combate simples e com uma variedade baixa. Porém, é um combate muito divertido! A sensação, tanto das magias quanto dos tiros e espadas é ótima! E isso acaba deixando o combate agradável, mesmo quando você luta com os mesmos inimigos! Foi um dos pontos que me carregou durante toda a campanha!

FALTOU ENCHER OS BAÚS:

Do mesmo modo que o combate é importante, as atividades também são! Greedfall conta com inimigos humanos, animais e um tipo de monstro bem legal. E o mapa é bem povoado com eles! Então, você nunca vai ficar sem ter o que derrotar. Lembrando que, Greedfall conta com passagem de tempo, por isso alguns inimigos só vão aparecer de novo após 24 horas.

Além disso, temos o básico que são os documentos contando mais a história do jogo, além de plantas que servem para criar itens e poções (é possível se especializar em alquimia). Mas, eu devo dizer que a exploração não é tão recompensadora. Na verdade, os baús raramente entregam itens legais. Então, acaba não valendo tanto a pena explorar. E, claro, as missões secundárias que, inclusive, são a melhor parte do jogo com folga!

O BRILHO DE GREEDFALL:

Na verdade, eu poderia ficar aqui falando horas sobre as missões secundárias de Greedfall. Mas, o texto ficaria gigantesco. Por isso, eu quero só citar um exemplo aqui quando fui fazer uma missão para um companheiro e o objetivo era descobrir como aconteceu a morte de um recruta. Com isso, nós descobrimos toda uma conspiração covarde, que cometia diversas atrocidades com vários soldados novos! Fora as missões que envolvem rituais e etc.

Foram várias que me deixaram determinado, seja as dos aliados quanto as que encontramos mesmo pelos mapas. Então, meu conselho é para você fazer todas que for possível, pois valem muito a pena! Até porque, ter boas alianças com os povos da ilha, vai ser bem útil no final! Não se esqueça de procurar altares na ilha, pois eles dão pontos de habilidade.

CHEIO DE ATRIBUTOS E TALENTOS:

Outro detalhe muito importante, são as duas árvores extras: talentos e atributos. Elas são as árvores que, deixam a gente mais focado nas classes e ajudam em coisas no mundo. Vou explicar. Você, por exemplo, pode fortalecer a habilidade que aumenta o dano da sua magia ou ataque físico (atributos). Mas, também é possível fortalecer habilidades úteis no mundo como gazua, para abrir baús (essa eu recomendo deixar no máximo) e até uma que ajuda a escalar (talentos). Tudo vai depender da sua preferência. As duas árvores são, de fato, pequenas. Mas contam com opções bacanas, tendo até como aprender a criar armaduras e poções. Não negligencie os talentos e atributos!

UM RITMO FRACO:

Em seguida, vamos ao lado mais importante dos RPGs que é a sua história. Como eu adiantei, Greedfall conta a história do povo de Serene indo em busca de uma cura. Porém, eles precisavam de um embaixador e é nesse ponto que nosso personagem entra. É como se a gente tivesse feito curso de relações internacionais. Nosso foco é criar (ou não) aliança com os nativos e outras vertentes, desde a galera mais crente até os náuticos.

E assim, Greedfall tem uma história que praticamente não anda. A sua reta final, é bem interessante, com direito até a uma batalha final que eu realmente não esperava. Porém, a trama em si é muito simples. Mas, como eu adiantei, o jogo brilha, e muito, nas missões secundárias que engrandecem toda a trama! Existem dois eventos que eu realmente fiquei: uau. Isso em toda a trama. Porém, a história traz diversas discussões sobre colonização, sobre intolerância religiosa, dentre outras discussões muito legais! É uma história com uma tônica simples em sua maioria, mas traz diversos momentos interessantes!

DE OLHO NO RELÓGIO:

Agora, vamos ao lado técnico de Greedfall e vamos começar pelos gráficos. Aqui você vai encontrar cenários bem bonitos e boas expressões faciais no geral. Já sobre os efeitos, as magias são bem simples, por isso não enchem os olhos. Já sobre a trilha sonora, Greedfall não traz nenhuma trilha sonora tema, mas entrega bons arranjos durante todo o jogo e isso sempre me deixa feliz!

Por fim, temos o level design e ai temos vários pontos que inclusive, já mencionei. O design e o posicionamento das missões é ótimo, mas a exploração em si, deixa a desejar. Inclusive, Greedfall conta com missões que dependem de hora e isso é muito legal! Mas você deve tomar cuidado para não perder algum evento (eu perdi um bem importante). E é bom lembrar, que Greedfall conta com um mundo semiaberto, e cada um com um tamanho bem agradável.

A CONSPIRAÇÃO:

Logo depois, quero comentar rapidamente sobre a DLC, The Vespe Conspiracy! Essa expansão, basicamente, é uma missão única em um mapa diferente. Ela vai trazer novas armas e novos inimigos, mas tem foco mesmo na sua história única. Então, eu posso ser breve: a história é interessante, fala de uma conspiração bem peculiar e inesperada. Os inimigos e armas novas são legais também. Ou seja, se você já tem o jogo e achar a DLC barata, vale a pena. Ou então, você pode pegar a versão completa (igual eu fiz).

CONCLUSÃO:

Em síntese, Greedfall traz um combate simples, mas gostoso de jogar, uma história simples, mas cheia de nuances ao longo da jornada com direito a escolhas, cenários bonitos e uma boa trilha. Além disso, suas missões secundárias são excelentes, e fazem valer cada segundo gasto nelas! Porém, acaba pecando na variedade de inimigos, e na exploração pouco recompensadora.

Com uma campanha que pode ser finalizada em 23 horas, e que pode chegar até 51 para quem busca os 100%, além da DLC que você consegue terminar em 2 horas, podendo chegar a 3 horas. Greedfall é uma experiência simples, mas que entrega diversos pontos positivos que vão te acompanhar do início ao fim! Com certeza foi um dos jogos mais divertidos que joguei em 2024!