De volta à Moscou
Metro 2033 é um livro que ganhou duas sequências. Sendo elas: Metro 2034 e 2035. Portanto, já estava bem claro que o jogo, Metro 2033 também iria receber sua tão merecida continuação. E ela veio três anos depois com o Metro Last Light.
Lançado em 14/05/13, sendo desenvolvido pela 4A Games e publicado pela Deep Silver para PS3, Xbox 360 e PC (e tendo uma versão para WiiU anunciada, mas que não saiu). Mas, acabou recebendo um port anos depois, junto com o 2033, para PS4, Xbox One e Nintendo Switch. Tratando-se de um jogo de tiro em primeira pessoa, com elementos de horror, stealth e um pouco de sobrevivência, em um mapa linear.
A lenda dos Dark Ones
Metro Last Light começa contando sobre a chegada dos Darks Ones e como eles eram muito temidos por todos os humanos pois, a população acreditava que eles eram monstros nascidos para destruir a humanidade. Então, o jogo corta para um grupo de soldados sendo atacado por esses Dark Ones, e podemos ver que essas criaturas podem criar visões e fazer com que as pessoas se matem!
Em seguida, já vemos o nosso velho amigo Artyom sendo acordado pelo Khan. Ele nos explica que avistou um Dark One! E, como eles tentaram fazer contato com o Artyom no jogo anterior, o Khan achou que seria uma boa ideia pedir a nossa ajuda! Portanto, Artyom (que agora é um ranger da Ordem), decide ir até o Miller para pedir permissão e embarcar nessa missão de reconhecimento. E é ai que o jogo começa.
Original ou Ranger?
Desde já, quero falar das novidades de Metro Last Light. Mas, como era esperado, o jogo manteve praticamente tudo que era presente no seu antecessor. Então, você pode esperar o isqueiro de volta, as máscaras, e a habilidade de conferir o mapa de forma dinâmica usando a prancheta. Inclusive, as duas opções de jogo retornam aqui. Dessa vez, temos o modo Original, onde a munição é tranquila e podemos jogar com pouco stealth (ou seja, correr gritando e atirando). Ou então, o modo Ranger que é o exato oposto: menos munição e por isso, stealth recomendado.
Sem máscara suja
Todavia, temos algumas adições. A primeira de todas é o formato dos documentos. Não é nada relevante, mas cria uma identidade (isso vale para o terceiro também). Além disso, agora é possível limpar a máscara (apertando L2 no PS3) e isso é muito útil, porque ela sempre está suja de sangue, sujeira, e até molhada. E isso, obviamente, atrapalha a visão. Por fim, temos a diferença mais clara que é o combate. Metro 2033 tinha um combate um pouco mais cadenciado. Até porque, tinha um foco maior no survivor do que na ação. E isso foi mudado em Last Light. Artyom é mais dinâmico e articulado agora, e por isso a troca de tiro fica muito mais satisfatória! Mas o stealth permaneceu no mesmo estilo, o que é um ponto positivo.
Lanterna de confiança
Em seguida, vamos aos inimigos que também acabaram retornando aos montes. Porém, ganhamos alguns novos, como um inimigo que é fraco à luz. Então, você precisa mirar nele com a lanterna ligada para enfraquecê-lo e só depois finalizar! Além dele, existem também uns inimigos verdes bem chatos que estão sempre na espreita e em lugares apertados!
Mas, é bom ressaltar que as armas ganharam o mesmo tratamento. Tendo vários retornos e algumas novidades. Portanto, vou comentar só das novas. São elas: A pistola semiautomática Lolife, o AKSU que é uma versão menor do Kalash (inclusive eu gosto muito do AKSU), a RPK que é uma arma pré-guerra bem famosa.
Além disso, nós ainda temos as três snipers novas: Clapper, Preved e Valve. Fora a shotgun semiautomática conhecida como Saiga e as duas armas pesadas chamadas de Gatling e Medved! Outro detalhe é a mina como arma secundária, que faz sua estreia aqui. Ou seja, tem muita coisa nova para aprimorar ainda mais o seu arsenal!
Fuga da prisão
Entretanto, nem só de tiroteio vive um jogo. Então, vamos pra história de Metro Last Light. Logo depois, que o Artyom decide ir atrás do Dark One, o Miller permite e fala para sua filha Anna, acompanhar a gente. Então, saímos, logo no começo, para a superfície. Após uma caminhada e uma pequena perseguição, encontramos um pequeno Dark One, perdido nos destroços. Todavia, nada sai como planejado, e Artyom é capturado.
Já preso, ele conhece o Pavel. Juntos, eles acabam conseguindo escapar (e aqui temos o tutorial de stealth), e começam a viajar juntos. E assim, a trama passa por vários momentos emocionantes e reviravoltas!
Decisões sutis
Metro Last Light, trouxe uma história bem interessante com muitas reviravoltas! Eu me peguei chocado com as decisões de vários personagens durante a trama. Além de ser um elenco memorável. Anna, Pavel, Khan, Miller e até o próprio Artyom (que só fala nas telas de load).
Inclusive, Metro Last Light traz um sistema de decisões bem presentes, que levam a gente a fazer um dos dois finais. Mas, é bom ressaltar que, por mais que as decisões sejam presentes, elas são discretas. Como a opção de salvar ou não o pessoal da prisão. Não tem uma mensagem assim: ‘’Quer salvar o povo – Sim – Não’’. Vai do seu estilo de gameplay (e justamente por isso, eu fui ‘’mal’’ e não peguei o final bom).
Aprimorando o level design!
Agora, é hora do lado técnico de Metro Last Light, e aqui eu tenho bons pontos para comentar, principalmente em comparação ao original. Primeiramente, os gráficos melhoraram com relação ao 2033. Ainda não é um salto gigantesco, mas você consegue sentir a diferença e isso é ótimo. Até porque, o jogo sempre foi bonito, então essa não era uma área preocupante.
Porém, uma parte onde Metro Last Light melhora bastante é na trilha sonora. Desde o começo, já é possível perceber uma trilha muito mais marcante e memorável. E a música da sequência final é emocionante! Agora, outro aspecto que para mim, foi a evolução mais considerável, foi o level design. Os mapas de Metro 2033 eram bem feitos, mas bem simples. Funcionais. Entretanto, em Last Light a 4A Games conseguiu trazer um design muito mais criativo, permitindo que a gente tenha uma gama maior de abordagens, podendo passar por túneis abaixo do chão, passagens secretas, etc. Deixa a gameplay muito mais interessante e divertida!
Outro detalhe, aproveitando o gancho da gameplay, é que no 2033, de fato Artyom era mais lento. Mas agora, a fluidez de todos os movimentos (inclusive recarregar as armas) foi aprimorada. E isso é incrível. Já sobre os bugs, eu presenciei apenas um, onde o jogo congelou e eu tive que reiniciar. Mas fora isso, tudo tranquilo.
Conclusão
Em síntese, Metro Last Light é uma ótima sequência. Ele traz tudo que deu certo no anterior (incluindo personagens) e acrescenta uns detalhes e melhorias aqui e ali. Foge levemente da sua essência (já que tem a opção de modo de jogo), mas tem um combate bem mais divertido e fluído. Além disso, sua história ainda mais interessante acaba expandido mais esse universo que já era intrigante desde o começo. Agora conhecemos mais sobre os Dark Ones, e vislumbramos um futuro para o Artyom que, apesar de calado, carrega um carisma bem forte!
É um fps que muitas pessoas ignoram, mas que traz um conteúdo e uma qualidade que devem ser valorizadas! Inclusive, para mim, Metro Last Light é, de longe, o melhor da franquia. Mas, vou guardar minha elaboração para a próxima análise!
Números
Metro Last Light
Metro Last Light traz uma história interessante, com bons personagens e momentos marcantes. Além disso, sua boa trilha sonora, ambientação caprichada também contribuem para a sua atmosfera. Somadas essas qualidades ao combate mais divertido e um level design mais caprichado, faz com esse jogo seja uma aventura bem memorável.
PRÓS
- Uma boa trama, cheia de reviravoltas
- Combate aprimorado com relação ao anterior
- Level Design ainda melhor
- Trilha sonora marcante
- Mecânicas seguem sendo muito bem utilizadas