O MAD MAX DA COMÉCIA:
No final dos anos 70, inicio dos anos 80, nós tivemos um filme pós apocalíptico que trouxe uma proposta diferente mas que fez um bom sucesso, chamado Mad Max. E, assim como qualquer obra que faz sucesso, ela acaba inspirando outras criações ao longo dos anos. E foi assim que surgiu Borderlands! A 2K pensou: ‘’E se a gente pegasse o conceito de Mad Max e expandisse para algo levemente espacial, com monstros, zueira e um caminhão de armas?!” Mas, será que funcionou?
Lançado em 20/10/09, sendo desenvolvido pela Gearbox Software e publicado pela 2K Games para PS3, Xbox 360 e PC. E depois, tendo recebido um port com todas as DLCs para PS4, Xbox One, Nintendo Switch e PC. Tratando-se de um jogo de tiro, em primeira pessoa, com muita ação, muitas armas, um pouco de plataforma, elementos de RPG e muito humor!
OS VAULT HUNTERS:
Borderlands começa com o Marcus, contando uma história sobre um antigo cofre lendário que despertava o interesse de diversos caçadores pelo universo. Esse cofre, de acordo com a lenda, continha inúmeras riquezas! Ou seja, todo mundo queria. Foi então, que surgiram os Vault Hunters, que nada mais são do que pessoas que dão suas vidas para achar esse cofre sensacional. Então, devemos escolher entre um dos quatro personagens, cada um com sua classe e especialidades (mais para frente eu explico) e, ao descer da nossa van, encontramos um robô extremamente carismático, chamado Clap Trap, e é assim que a caçada começa!
VICIANTE DESDE O PRIMEIRO TIRO:
Primeiramente, vamos aos controles de Borderlands. Aqui, é um jogo de tiro padrão. Podemos andar, correr, pular, mirar e atirar, usar granadas, usar a habilidade especial da classe, agachar, e usar ataque físico. Tudo bem familiar, e muito responsivo. Borderlands conta com um combate incrivelmente viciante desde o primeiro momento! Cada arma tem suas diferenças, e até algumas propriedades! Eu posso dizer, com tranquilidade, que o combate é o melhor aspecto desse jogo! Mas, ainda temos alguns pequenos detalhes. Como por exemplo, as classes. São elas: Soldier, Berserker, Hunter e Siren. Eu zerei com Soldier, mas todas tem suas diferenças e, assim como em Dead Island, vai depender do seu gosto pessoal.
CADA UM DA SUA MANEIRA:
Entretanto, cada um deles possui uma árvore de habilidades própria que podemos ir fortalecendo a medida que ganhamos XP (derrotando inimigos e fazendo missões). Em outras palavras, funciona assim: Você ganha um ponto de experiência e o primeiro ponto você coloca na habilidade especial (no caso do soldier é a torreta), e ai os próximos pontos você vai distribuindo na árvore dentro das habilidades, onde a maioria delas possui mais de um nível, ou seja devem ser upadas várias vezes para atingirem o potencial máximo.
Cada personagem tem o seu desenvolvimento e, portanto, um jeito diferente de jogar e isso é bem legal! Entrega um fator replay bem interessante, já que vale a pena zerar com vários personagens! Sem contar que, essa diversidade favorece o co-op, já que a ideia é montar uma equipe com todos os quatro (vale ressaltar também, que Borderlands conta com co-op em tela dividida).
DO EXPLOSIVO AO ELÉTRICO:
Mas, todas essas habilidades não vão adiantar nada sem as armas não é?! Borderlands não conta com armas de ataque corpo-a-corpo, mas, em compensação, temos uma quantidade incrível de armas de fogo. As classes são básicas. Temos rifles, snipers, escopetas, pistolas, lança-foguetes, e metralhadoras. Porém, além de trazerem raridades (as clássicas cores, branca, verde, azul, roxa e dourada) temos também efeitos elementais. São eles o elétrico, fogo, corrosão e explosivo! Fogo é muito bom o contra inimigos sem escudo e de carne e osso.
Já o elétrico é ótimo para quebrar escudos e performa bem contra robôs. A corrosão é excelente para finalizar qualquer robô. E o dano explosivo é para quem gosta de explodir coisas! Inclusive, esses elementos valem para as granadas também! E cada vez que upamos, recebemos um aumento de HP e de dano, permanente. Mas, o escudo deve ser equipado como qualquer outra arma.
CHEFÕES INTERESSANTES:
Agora, é uma boa hora para comentar sobre os mapas. Borderlands é um jogo com uma progressão bem linear, mas com várias áreas abertas. Todos os mapas contam com missões secundárias que dão armas e experiência. É um jogo com muitos elementos de RPG e que devem ser explorados, já que, os inimigos vão ficando cada vez mais fortes e você precisa acompanhar! E, falando sobre os inimigos, temos uma quantidade bem interessante e chefões muito memoráveis (isso virou uma marca registrada na franquia). Todo chefão conta com uma frase de efeito na hora da apresentação e trazem boas lutas e um bom desafio!
UMA DIREÇÃO ESTRESSANTE:
Além disso, temos os echos que conta histórias e alguns Clap Traps estragados. Minha dica é para você sempre ajudar os Clap Traps porque, com isso, você aumenta o seu inventário e isso é essencial! Outro detalhe é que você sempre deve vender suas armas que não estiver usando para fazer dinheiro! Já que, ao morrermos, precisamos pagar para reviver e fica cada vez mais caro a medida que temos mais dinheiro!
O único problema, é que, nós temos carros para pilotar, bem no estilo Mad Max. Porém, a direção é muito ruim. É difícil de acostumar, e mesmo assim ela deixa a desejar. E para piorar, temos um chefão que o combate é carro contra carro! Minha estratégia foi ficar na entrada da área e destruir o carro dele com lança foguetes! Para você ter uma noção de quão ruim é a direção.
SIMPLES. MAS TEM SEUS MOMENTOS:
Em seguida, vamos a história e aqui Borderlands me surpreendeu. Depois de sairmos da van e passarmos por um tutorial com o Clap Trap, entendemos um pouco mais sobre a Angel. Uma moça misteriosa que fala na nossa cabeça e nos guia durante a jornada. Então, eu posso dizer que a história, no geral, é bem simples. Ela fala sobre os caçadores atrás do cofre. Porém, ela conta com missões interessantes e vários personagens memoráveis como o Marcus, a Angel e o Clap Trap! Sem falar em um final bem legal. Por mais que ela não seja revolucionária, ela consegue te engajar principalmente pelo seu ótimo humor! É difícil você não rir durante essa aventura!
UM DESIGN QUE TE PRENDE:
Logo depois da história, quero comentar sobre o lado técnico. E Borderlands ao mesmo tempo que brilha, ele também escorrega. Graficamente falando, é um jogo bonito e com um ótimo estilo artístico. Porém, os cenários são pobres visualmente, principalmente as áreas abertas. É aquele tipo de jogo que você tem dificuldades em achar uma grande vista para tirar uma foto. Mas, no geral, os gráficos são bonitos.
Já sobre a trilha sonora, eu me decepcionei. Ela toca pouquíssimas vezes e não é nem um pouco memorável. Eu entendo a questão de ser uma exploração no deserto, mostrando solidão. Mas nem nas batalhas de chefão a trilha se destaca. Uma pena.
Agora sobre o level design, eu gosto bastante da exploração desse jogo. Borderlands sempre entrega caixas de armas escondidas, em um mapa fácil de navegar. Sem falar nas missões secundárias que ajudam nessa exploração (de novo, lembrando Dead Island). Sempre que possível, faça algo secundário e explora a região. Você não irá se arrepender.
MAIS BORDERLANDS:
Por fim, vamos as DLCs e aqui, eu não quero comentar muito para evitar spoilers. Mas, elas não trazem nada de realmente novo na questão de mecânicas. É mais Borderlands para quem gostou do jogo base e isso é ótimo! A segunda (Mad Moxxi) é só sobre combate em arena. Mas, as outras três contam com histórias mesmo para seguirmos. E eu quero recomendar, sem spoiler, a do Dr Ned e a do Claptrap (a primeira e a quarta dlc). As histórias e a ambientação dão um show! Pode ir sem medo!
CONCLUSÃO:
Em síntese, Borderlands cumpre bem o seu papel em ser um looter shooter cooperativo, mas que também funciona muito bem para quem joga sozinho. Tem uma gameplay viciante, ótimo estilo artístico, bom level design, personagens interessantes, boa variedade de armas e uma história simples mas cativante. Acaba pecando na trilha sonora pouco inspirada e na direção dos carros que é bem ruim.
Com uma campanha que pode ser completada em 21 horas, e que pode chegar até incríveis 81 horas para quem quer fazer tudo, Borderlands é uma experiência incrivelmente divertida, seja por sua gameplay, pelo seu ótimo humor, ou pela possibilidade de poder chamar os amigos! É um franquia que começou com o pé direito!
Números
Borderlands
Borderlands traz uma gameplay viciante, ótimo estilo artístico, bom level design, personagens interessantes, boa variedade de armas e uma história simples mas cativante. Acaba pecando na trilha sonora pouco inspirada e na direção dos carros que é bem ruim.
PRÓS
- Gameplay viciante
- Boa variedade de armas
- Personagens memoráveis
- Bom level design
- História simples, mas cativante
CONTRAS
- Dirigibilidade ruim
- Trilha sonora fraca