O dia 07 de Setembro se comemora a Independência do Brasil. Conforme a história conte, as margens do Rio Ipiranga, onde hoje é o estado de São Paulo, D. Pedro, que viria a ser D. Pedro I do Brasil recebe uma carta. Nela, sua esposa, D. Leopoldina e José Bonifácio informam que as cortes portuguesas buscavam o mais imediato possível o retorno da família real que ainda estava ao Brasil para o estado lusitano. Queriam estas cortes que o Brasil se tornasse uma colônia novamente, depois de ter sido elevado a categoria de Reino Unido após as Guerras Napoleônicas em 1808.Então, D. Pedro I determinado a se manter no Brasil teria bradado a “Independência ou Morte!”. Surge assim a primeira bandeira, a Imperial, que manteria suas cores até mesmo após a Proclamação da República. Atualmente, a Bandeira do Brasil mantém as mesmas cores de sua antepassada.
A união da Dinastia de Bragança com a Casa Imperial de Habsburgo:
Provavelmente, quando se estuda este tema, é comum observar que a representação das cores da bandeira brasileira é a seguinte. Primeiramente, o verde é a natureza, afinal, o Brasil é um das nações mais ricas em biodiversidade do planeta. Depois, o amarelo seria o ouro, uma das riquezas naturais que dominou a história nacional. Não por menos, da existência de um Estado chamado Minas Gerais. Por vez, o azul representa o céu e finalmente as estrelas a representação dos Estados e Distrito Federal, entidades subnacionais que compõe a federação. De fato, essa bandeira é a do Período Republicano mais atual. E, como a ideia após a Proclamação era a retirada completa de qualquer vínculo com a Monarquia, essa ideia passou a ser mencionada cada vez mais.
Contudo, embora com diferenças, a Bandeira Imperial e a Bandeira do Brasil atual partilham praticamente as mesmas cores. Em verdade, o verde que hoje representa a natureza, na verdade é a representação da Casa de Bragança. Esta era a Casa de D. Pedro I e dos reis portugueses a época da invasão de Napoleão. Já o amarelo representa a Casa de Habsburgo, uma das principais dinastias europeias, que inclusive imperou no Sacro Império e na Espanha. D. Leopoldina, futura Imperatriz do Brasil e mãe de D. Pedro II era filha do Imperador da Áustria. Assim, a união desta dinastias passou a ser representada na bandeira do Império. Além destes significados, havia ainda um círculo armilar, que depois na bandeira republicana se tornou uma esfera.
As estrelas não são novas, antes eram Províncias, agora são os Estados e o Distrito Federal:
Até mesmo as estrelas que na Bandeira do Brasil atual representam os Estados e o Distrito Federal, na bandeira imperial representavam as províncias. Naquela época, importante destacar a existência da Cisplatina que hoje é o Uruguai. Porém, quando a nação sul americana se tornou independente do Império, a bandeira foi reformulada retirando-se uma das estrelas. No entanto, o acréscimo de mais duas estrelas fez com que a perda da Cisplatina não representasse tamanho problema na bandeira nacional. Afinal, ocorreu a criação das províncias do Amazonas e do Paraná, desmembrados respectivamente de São Paulo e do Grão-Pará.
Ainda, na representação da bandeira imperial existem duas árvores que seguram o brasão da família imperial. De um lado o café e do outro o tabaco. Estas eram duas plantações que passaram a ser responsáveis pelo crescimento das exportações brasileiras no período imperial, por isso mesmo estavam alocadas como suporte do Brasil. Por fim, mas não menos importante, o lema existente na bandeira republicana atual, “Ordem e Progresso” é uma das poucas novidades existentes na bandeira que não possui algum resquício do momento imperial. Na época de sua produção, o positivismo como forma de conhecimento era uma vertente em alta. Para este grupo, somente a razão poderia levar ao progresso de uma sociedade. Assim, é possível concluir que embora o sistema de governo tenha mudado, a atual Bandeira do Brasil tem muito ainda de sua antepassada imperial.