Sem dúvida alguma, quando o assunto é o mundo das animações japonesas, os Cavaleiros do Zodíaco tem um espaço especial. Um dos animes de maior sucesso no Brasil, a série dos guerreiros que protegem Athena, a deusa da sabedoria e da justiça ganhou nada menos do que quatro especiais. Na verdade, três filmes “pequenos”, dois filmes maiores e um longa de animação em 3D. E o primeiro de toda essa saga foi Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro. Lançado em 1987, a animação conta novamente com Seiya e companhia, desta vez na luta contra a deusa Éris, a deusa da discórdia e sua maça dourada. Revivida após a passagem de um cometa, Éris busca trazer seu corpo e alma de volta a vida, roubando a de Athena e destruindo o mundo. Assim, resta aos guerreiros de bronze deter esta ameaça.
Se você conhece Os Cavaleiros do Zodíaco, vai conhecer a história:
Primeiramente, quando se fala de Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro, é necessário esquecer um pouco a animação tradicional. Embora contenham os mesmos personagens, a história do filme não se encaixa na série. Entretanto, os mesmos clichês de uma aventura Shonen estão presentes, embora com menos tempo para ocorrer. Athena, personificada em Saori Kiddo é sequestrada. Depois, os Cavaleiros recebem uma mensagem de Éris dizendo que estar de posse da deusa. Assim, partimos para um plantel de lutas entre os Cavaleiros e os Guerreiros Fantasmas, antigos Cavaleiros de Athena revividos. E é então que vemos o primeiro ponto de impacto do longa, sua animação. De certa forma, ela é mais cuidadosa que a vista na série original. Éris e os Cavaleiros Fantasmas são bem tratados, e embora os guardas não tenham uma personalidade própria, a deusa da discórdia é interessante.
o enredo não é o mais imponente de todos. Na verdade, segue a estrutura comum de os Cavaleiros do Zodíaco, que é o de salvar a deusa Athena. Se, no entanto a história é praticamente nula, e possivelmente é capaz de não criar empatia, a trilha sonora já característica da série se faz presente. Seja nos momentos mais emotivos quanto nos mais necessários de ação. Não espere todavia, encontrar uma obra prima em termos de estrutura. Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro tem uma abordagem rasa sobre todo o seu contexto. A grande vilã que embora seja interessante tem um plot miserável praticamente. Destruir a Terra. Algo que se tornará comum a franquia inteira. O que também é um dos pontos que sem dúvida chamam mais a sua atenção. É uma espécie de fidelidade que chama a atenção especialmente de quem já conhece a série animada.
Asa lutas são tão corridas que não há grande proveito nelas:
Quanto as lutas, o que de fato pode chamar ainda mais atenção em Cavaleiros do Zodíaco, elas infelizmente não tem a mesma imponência da série animada. Até pelo fato de que o filme conta com 45 minutos para iniciar e terminar, enquanto a série tem ao menos três episódios para apenas uma luta. Elas são extremamente batidas e rápidas, e mais uma vez, evocam a mesmice de sempre. Todos eles apanham que nem um condenado, Shun é salvo pelo seu irmão Ikki e no final, quando as forças estão desaparecendo. Athena fala por pensamento com Seiya, assim como seus amigos e a Armadura de Ouro de Sagitário surge. Com o fim da deusa Éris, todo o Santuário dela se despedaça e temos enfim o fim da história.
Além disso, um destaque deve ser levado em consideração assim como toda a coletânea antiga de Os Cavaleiros do Zodíaco. A dublagem da primeira versão de fato era um ponto negativo, com alguns momentos sem absoluto nexo entre as informações. Entretanto, com a nova formatação para a publicação do mesmo material em DVD, um novo estúdio foi contratado. Embora com a maior parte das vozes originais, o trabalho elevou a qualidade do longa. Como dito anteriormente, o tempo do filme deixa a desejar a maior parte da estrutura narrativa. Uma vez que Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro até buscar criar um contexto para o aparecimento de Éris. Porém, nada além do básico.
Mesmo reunindo todas as características já consagradas e com uma boa vilã, o filme torna-se esquecível:
No fim das contas, Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro é um filme que reúne as características da série dos jovens guerreiros. Vá de um ponto A até o ponto B para salvar Athena, que está em perigo. Para isso, Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki usam do poder de seu cosmo para lutar contra seus inimigos. Que no caso em tela é Éris e seus Guerreiros Fantasmas. A personagem tem um certo interesse, com uma dublagem que ajuda o seu papel. No entanto, o roteiro é raso o suficiente para apenas colocar a deusa da discórdia como a simples vilã. Seus Cavaleiros fantasmas, salvo alguns elementos tem uma história tão parca. Muito por conta do tempo corrido. Era necessário que Seiya e companhia derrotasse com toda a sensação de superação a deusa em cerca de 45 minutos.
O final, o primeiro desse tipo para um filme seria recapitulado novamente em praticamente todos os filmes. Que acabam com rochas voando e templos antigos destruídos. Claro que se o roteiro não ajuda, a trilha sonora se encaixa muito bem. Mesmo que o grande ponto, as batalhas e toda a sua fidelização com o série original pequem em emoção. No fim das contas, Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro é uma história distinta que representa o que a série é. Simples assim. Possivelmente, serve como uma diversão de fim de tarde. E com toda certeza, terá um aspecto maior entre pessoas que já conhecem a franquia ou que virão ainda na década de 80 o longa em questão. Ademais, suas falhas deixam o filme simplesmente ser razoável, porém esquecido até mesmo dentro de toda a mitologia dos Cavaleiros do Zodíaco.
Números
Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro
Primeiro filme da franquia, Os Cavaleiros do Zodíaco: O Santo Guerreiro é o recheio padrão da série, só que com bem menos tempo de tela.
PRÓS
- Animação mais detalhada do que a série original.
- Trilha sonora já conhecida da série.
- Éris, a vilã tem seu charme e encanto como deusa da discórdia.
CONTRAS
- Roteiro óbvio. Deusa inimiga deve ser destruída, e seus lacaios também.
- Luta são rápidas e sem emoção alguma.
- Cavaleiros a serviço de Éris são sem graça e possivelmente você não lembrará os nomes.