O SHADOWDROP DA KONAMI
Silent Hill, é uma franquia muito famosa e muito querida pelos fãs. Depois de alguns altos e baixos, ela acabou tirando alguns anos para descansar. Mas, depois do anúncio de uma nova versão do Silent Hill 2, a Konami aproveitou para lançar, durante o State of Play (31/01/2024), um novo jogo da franquia. Silent Hill: The Short Message, chegou do nada, e totalmente de graça para Playstation 5, com a ideia de ser uma experiência de terror curta e com temas atuais! Lançado em 31/01/24, sendo desenvolvido e publicado pela Konami exclusivamente para PS5. Tratando-se de um jogo de terror psicológico em primeira pessoa.
A CHEGADA AO VILLA
Silent Hill: The Short Message começa a protagonista Anita, narrando uma mensagem, para ela mesma quando adulta. Depois, vemos ela dentro de um prédio chamado Villa, pois procurava sua amiga Maya. Mas, é claro que esse prédio não era um prédio comum, e ela começa a desvendar todos os mistérios do lugar enquanto procura por sua amiga…
O CELULAR COM BATERIA INFINITA
Antes de mais nada, já quero ressaltar que os controles de Silent Hill: The Short Message são bem simples. Anita pode andar (e correr quando está em perigo), interagir com objetos e dar zoom na visão. E é isso! Tudo bem simples e prático, já que o intuito do jogo é apenas desvendar os mistérios, usando a lanterna do celular para iluminar tudo enquanto tenta não morrer!
Então, o que mais importa é se os controles funcionam, e devo dizer que sim. O único problema, por assim dizer, é que se você abrir uma porta enquanto corre, a animação pode ficar um pouco confusa (principalmente porque você está em momento de desespero). Todavia, rapidamente você se acostuma.
A PERSEGUIDORA FLORIDA
Agora, o cenário não tem nada além de notas para encontrarmos. Ou seja, é regado de notas que contam a história daquele universo e elas trazem um contexto bem atual, com COVID 19 e Twitter, por exemplo. Já sobre os inimigos, nós só temos um, que eu apelidei de Cherry Blossom. É uma perseguidora, que vai nos assombrar durante grande parte do jogo. O design é bem chamativo e a ameaça é bem real! Pois, caso você bata de frente com ela, não vai dar tempo nem de você gritar suas últimas palavras!
Inclusive, é bom ressaltar que o jogo conta exatamente com esse loop de gameplay, onde a Anita morre e volta bem próximo do ponto e podemos tentar de novo!
TEMAS PESADOS E A ALMA DE SILLENT HILL
Em seguida, é hora de comentar da segunda parte que mais me chamou a atenção em Silent Hill: The Short Message, que é a sua história. À medida que Anita vai encontrando pistas, segredos vão sendo revelados e vamos entendo mais da história dela e das suas amigas Amelie e Maya. E o jogo trata de temas bem pesados e que acometem grande parte da população, como suicídio, bullying, abuso dentro de casa, e etc. Inclusive, o jogo exibe uma mensagem logo no começo sobre isso.
E, sendo bem sincero, eu não esperava que o jogo teria uma história e nem que ela teria a retratação de momentos tão tensos e que podem ser gatilhos para muitas pessoas. A nossa perseguidora é a personificação (ou ‘’demonificação’’) dos temores e traumas de Anita e isso é exatamente o ponto mais forte da franquia Silent Hill!
O RESULTADO AMBÍGUO
Mas, é bom ressaltar que, Silent Hill: The Short Message, pode cair no extremo com relação à história. Se você tiver a vivência, seja pessoal ou de alguém próximo, com esses temas, pode ser que você nem consiga completar a campanha. Entretanto, caso isso seja algo totalmente fora da sua realidade, tem a chance de você achar a Anita chata e irritante. Independente do resultado é inegável que a modernização dos temas deixa tudo mais palpável e crível. Eu já vi na internet garotas iguais a Anita, e isso foi um acerto bem grande da Konami!
UMA AMBIENTAÇÃO MEMORÁVEL
Por fim, é o momento da parte técnica e Silent Hill: The Short Message começa muito bem. A ambientação é muito bonita, claustrofóbica e detalhada! Os corredores são escuros, pequenos, e opressores. Mas, as expressões faciais da Anita não ficaram boas. Tem uma cena onde ela chora que realmente fica evidente. O jogo se passa sim em primeira pessoa, mas várias ceninhas são em terceira (que acaba sendo um erro, já que o modelo dela não é tão bom).
Já sobre a trilha sonora, aqui também o jogo brilha. É o que completa a dupla com a ambientação para criar uma ótima atmosfera! A trilha é tão boa, que teve um momento onde eu estava andando normalmente e a música aumentou com um tema bem tenso. Automaticamente eu me virei, com medo de estar sendo perseguido, mas não era nada…
UM DESIGN DIVERTIDO:
Para fechar, temos o level design. Aqui, também devo dizer que fui surpreendido. À medida que os capítulos passam você revisita os mesmos mapas, mas eles acabam mudando de formas bem interessantes. Portas novas se abrem, e novos caminhos são liberados! É bem legal!
Inclusive, a sequência final eu simplesmente adorei! É um mapa diferente, onde devemos usar a memória para nos guiarmos enquanto coletamos os itens na ordem correta (ou seja, você precisa decorar a localização) ao mesmo tempo que fugimos da nossa florida perseguidora! É uma tensão do começo ao fim! Achei realmente muito bom!
CONCLUSÃO:
Em síntese, Silent Hill: The Short Message traz uma história pesada e interessante, uma trilha sonora marcante e uma ambientação memorável! Tudo isso, somado ao seu level design bem feito, transformam esse jogo numa experiência de terror rápida e divertida! Acaba pecando no modelo da Anita que as vezes pode te tirar da trama. O jogo não conta com troféus, e pode ser finalizado em 2 horas, além de ser uma experiência gratuita e que eu recomendo para quem é fã de terror!
Números
Silent Hill: The Short Message
Silent Hill: The Short Message, traz um jogo de terror psicologico com uma boa ambientação, uma trilha sonora marcante, bons gráficos, uma história pesada e um bom level design! Mas, acaba pecando na modelagem da Anita, que deixa um pouco a desejar.
PRÓS
- História com temas atuais e revelantes
- Ambientação memorável e claustrofóbica
- Trilha sonora marcante que constrói bem a atmosfera
- Level design criativo
CONTRAS
- Poderiam ter caprichado um pouco mais na Anita