TODA VIDA APODRECE E SE TORNA UMA SÓ COM O MUNDO:
Se você viveu a década de 90 do século XX ou o início dos anos 2000, sabe que Cavaleiros do Zodíaco (Saint Seiya) era uma programação mais do que necessária na televisão. Ao lado de outras animações japonesas como Yu Yu Hakusho, Sakura Card Captors e por que não Pokémon. Os Cavaleiros do Zodíaco foi um dos precursores do sucesso das animações do Japão em solo brasileiro. Contando a história de um grupo de jovens, liderados por Seiya de Pégaso, que devem proteger a deusa Atena, Cavaleiros do Zodíaco teve ao menos cinco filmes e diversos spin-off’s. E o que não faltou foram vilões, normalmente deuses da mitologia grega. Do jovem Alone de The Lost Canvas, ao Hades da série principal e o Abel de um dos filmes, Cavaleiros do Zodíaco conta com um plantel memorável. Com clichês óbvios, são personagens que conseguiram estampar sua ruindade na Terra.

#5 – THANATOS, O DEUS DA MORTE DE LOST CANVAS E DA SAGA PRINCIPAL:
Tecnicamente, não é um empate, já que são representações da mesma deidade. Thanatos é um dos grandes generais de Hades. Embora na série principal ele apareça no último arco da Saga de Hades, protegendo os Campos Elísios da chegada dos Cavaleiros de Bronze, é em The Lost Canvas que seus poderes e seu temor são sentidos. Um dos responsáveis por guiar a alma de Hades no corpo de Alone, Thanatos tem seu primeiro e único confronto com Manigold de Câncer, em um duelo que deixa claro o desprezo do deus da Morte por figuras humanas. Gêmeo de Hypnos, a personificação do Sono, Thanatos é capaz de invocar dimensões onde somente os deuses podem pisar, além de ser completamente impaciente. Em ambas as mídias, tem um fim melancólico. É derrotado por Seiya de Pégaso na animação original e aprisionado por Sage, o Mestre do Santuário, em uma batalha espetacular.

#4 – ABEL, O DEUS SOL QUASE GREGO DE A LENDA DOS DEFENSORES DE ATHENA.
Que Cavaleiros do Zodíaco é uma salada mitológica, todo mundo sabe. E isso começou bem cedo, com A Grande Batalha dos Deuses (Seinto Seiya Kamigami no Atsuki Tatakai, 1988), em que os Cavaleiros de Bronze enfrentaram Odin e os Guerreiros Deuses dos nórdicos. Porém, Durval não é um inimigo à altura de Abel, o deus Sol. Baseado, na verdade, em um deus mesopotâmico, Abel se torna uma deidade esquecida, que, devido à sua ambição, foi destruído por Zeus e por Apolo. Revivendo os Cavaleiros de Ouro mortos em A Lenda dos Defensores de Atena (Seinto Seiya Shinku no Sōnen Densetsu, 1988), Abel tem o sonho de destruir a Terra. E ele quase consegue. No fim, a imponência de Abel o leva a um fim anti climático. Com uma flecha no peito, o deus é amassado por um enorme mural enquanto seu templo é desintegrado.

#3 – POSEIDON, O DEUS DOS MARES DA SAGA PRINCIPAL.
Na mitologia grega, os deuses adoram discutir. E os problemas de comunicação entre Poseidon e Atena são tão antigos quanto a construção da cidade de Athenas, atual capital da Grécia. Em Cavaleiros do Zodíaco, isso continua. Depois que o selo de Atena perde o efeito e a alma de Poseidon reencarna no jovem Julian Solo, Poseidon retorna com o seu plano, criar um novo dilúvio. Para isso, e de forma exclusiva na animação, ele passa a controlar Hilda de Polaris, a representante de Odin na Terra, através do Anel de Nibelungo, para entrar em confronto direto com o Santuário. Acontece que o jovem Julian se apaixona por Saori antes de saber ser a reencarnação de Poseidon. Porém, após uma negativa, a aprisiona no Pilar Principal recebendo parte das chuvas da Terra. Seu destino é diferente, Atena novamente aprisiona Poseidon na mesma ânfora que sua alma se encontrava.
#2 – HADES, O DEUS DO SUBMUNDO DA SAGA PRINCIPAL.
Depois da batalha contra Poseidon, os 108 selos que guardavam o exército de Hades perdem suas forças. Sendo o ápice de toda a série, Hades deseja controlar a Terra. Mas, para isso, ele inicia um alinhamento planetário que culmina em um Grande Eclipse, o qual trará a escuridão eterna para a Terra, dizimando a vida no planeta. Revivendo todos os antigos defensores de Atena que morreram durante as batalhas contra os Cavaleiros de Bronze, um ataque ao Santuário leva a morte necessária de Atena. O que ninguém sabia é que, em cada reencarnação, o Imperador busca o corpo do humano mais puro. E nessa era, esse humano é Shun de Andrômeda. Após a Queda do Muro das Lamentações, a batalha final acontece nos Campos Elísios. Nesse lugar, Atena destrói o corpo e a alma de Hades, logo após o sacrifício de Seiya.

#1 – ALONE, O HUMANO QUE CONTROLOU UM DEUS EM THE LOST CANVAS.
Ninguém se sobressai ao humano que conseguiu controlar a alma de um deus. Esse é Alone, o antagonista de The Lost Canvas, que conta a história da guerra que precede aos eventos de Seiya e Companhia. Crescendo em um orfanato ao lado de Sasha, a reencarnação de Atena da época, e de Tenma, o Cavaleiro de Pégaso da vez, Alone é surpreendido por Pandora quando ela revela que ele é Hades. Porém, o que poucos sabem é que o verdadeiro Hades não havia acordado por inteiro, e que é Alone o responsável por conduzir a guerra. Seu grande presente para a humanidade é o Lost Canvas, uma pintura nos céus que, quando terminada, traria escuridão para a Terra. Depois de uma batalha contra Tenma em que Alone percebe os seus erros, o personagem se une com seus antigos amigos para finalmente derrotar o Imperador do Submundo. E conseguem.
CINCO VILÕES, MAS EXISTEM OUTROS, COMO SAGA DE GÊMEOS E LÚCIFER:
É claro que existem outros grandes vilões, e muitos deles mais humanos do que Hades e Poseidon. Vale lembrar de Saga de Gêmeos, o Cavaleiro que tomou o lugar de Grande Mestre e quase levou a cabo a vida da bebê Saori Kido, salva por Aioros de Sagitário e criando todo o preâmbulo de Cavaleiros do Zodíaco. Entretanto, é inegável que todos os antagonistas parecem ter algo em comum, a dominação ou destruição da Terra. Não que o mangá de Masaki Kurumada seja um primor de enredo. Na verdade, a história de Os Cavaleiros do Zodíaco é bem simples. Existe um inimigo e ele deve ser combatido enquanto Atena faz pouca coisa ou precisa ser salva desse antagonista. Mesmo assim, a animação de Seiya, Shiryu, Hyoga, Shun e Ikki tem seu lugar guardado como uma das mais influentes. Que aliás, soube transformar uma salada mitológica em algo extremamente interessante.
Galera, só passando pra avisar que, por questões editoriais, estamos deixando aos poucos o X. Afinal, não é possível questionar uma rede social e se manter nela sabendo que existem similares. Desta forma, optamos pelo Bluesky. Além deles, também começamos a colocar as nossas coisas no Threads e no Youtube. Então, agradecemos se quiserem dar aquela olhada e seguir tudo isso e mais um pouco.
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É difícil ter unanimidade na vida. Ainda mais em filme e série. Mas CdZ parece ter esse efeito. É geral que The Lost Canvas consegue ser absurdamente melhor em termos de criação de personagem e história do que tudo do original. Só as camadas do Alone em ser ele o vilão nos primeiros momentos, se fingindo ser Hades é um plot que ninguém espera de Cavaleiros do Zodíaco de fato pela mesmice como falaram de sempre ser um vilão que quer dominar tudo e Atena que não faz nada.
Concordo em gênero, número e grau. The Lost Canvas é um ponto fora da curva na estrutura de Cavaleiros do Zodíaco. Não pelo traço diferente, mas pela história que é muito mais coesa com os seus personagens do que a animação original. Mesmo que alguns tenham pouquíssimo tempo de tela, são bem mais trabalhados que seus sucessores. É o caso do Albafica de Peixes e do Asmita de Virgem (mesmo achando Shaka mil vezes mais poderoso). Pena que não deu o hype necessário para que a continuação fosse animada. O fim mesmo só lendo o mangá.