Pokémon é uma franquia do entretenimento eletrônico capaz de mover montanhas que nem Maomé. Iniciada em 1996 como uma versão do mundo real de Satoshi Tajiri (田尻 智), Pokémon hoje é capaz de render mais grana que o PIB de algumas nações. No Nintendo Switch, o híbrido que mistura console de mesa com portátil da Gigante de Kyoto, as entradas são as mais diversas. Além das regiões inéditas de Galar e Paldea, remakes de Kanto e Sinnoh, e uma nem tão inédita Hisui, o jogador teve direito de tirar uma foto dos games dessa gigantesca franquia nesta plataforma. Que além da franquia principal, é capaz de produzir títulos de aventura e luta, por exemplo. Sendo assim, que tal conhecer a “historiografia gamística” dos monstros de bolso no Nintendo Switch com os seus melhores games? Prepare sua Pokéball, vire seu chapéu e vamos conhecer esse mundo aqui no Guariento Portal.
#9: POKÉMON MYSTERY DUNGEON: RESCUE TEAM DX (M: 69/100).
Começando com uma lançamento de 2020, temos o remake de Pokémon Mystery Dungeon: Red Rescue Team (GBA) and Blue Rescue Team (NDS). Em Pokémon Mystery Dungeon: Rescue Team DX , o jogador se transforma numa das mais variadas criaturas e deve passar por uma mar de masmorras recrutando mais de 400 criaturas disponíveis. Os elementos de RPG são sólidos, como o fortalecimento pelo combate. Porém, não espere o estilo de captura e coleção visto na série principal. Por ser um Pokémon, você não capturará ninguém, mas formará uma equipe de resgate, estando preparado para os perigos iminentes como Pokémon. Aqui, temos algo próximo de franquias como Etrian Odyssey, da japonesa Atlus, no estilo Dungeon Crawler.
Sendo uma versão remasterizada, Pokémon Mystery Dungeon: Rescue Team DX conta com melhorias gráficas e gimmick apresentados em gerações mais atuais, como as Mega Evoluções e as Reversões Primais, vistas em Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire (N3DS). Além disso, para que nunca se aventurou neste spin-off, é possível baixar uma versão demonstrativa disponível na plataforma. Vale lembrar que assim como todos os títulos antecessores de Mystery Dungeon, sua produção ficou a cargo da japonesa Spike Chunsoft, uma subsidiária da Kadokawa Corporation, famosa por também ter entre seus estúdios a maior parte das ações da FromSoftware, de Dark Souls Remastered.
#8: POKÉMON UNITE (M: 70/100).
O enredo de batalhas é parte fundamental da franquia Pokémon, assim como a captura e a exploração de uma nova região. Porém, indo para mais um spin-off, temos o foco ainda mais poderoso que uma Batalha da Fronteira em Pokémon Unite, lançado em 2021 para o Nintendo Switch e dispositivos mobile, como o iOS e Android. Neste game online, o jogador se juntará a uma equipe de até cinco jogadores e juntos devem marcar a maior quantidade de pontos possíveis. Pelo menos a entrada do jogador é gratuita, isto é, é possível fazer o download e desde o primeiro momento começar a jogar. Porém, há cobrança em acessórios e customizações daquele seu companheiro que não te deixa em batalha jamais.
Com atualizações constantes, como o acréscimo de novos monstros de bolso que alteram completamente o estilo de batalha dos times, Pokémon Unite também não foi produzido pela Game Freak. Na verdade, o título que parece um Rocket League (2015) de Pokémon foi criado pela chinesa TiMi Studio Group, parte da Tencent Holdings, um dos mais poderosos conglomerados do planeta quando o assunto é indústria dos games. Disponível em Português, Pokémon Unite ainda conta com cross-platform. Ou seja, é possível que um jogador no Nintendo Switch compartilhe a mesma equipe com outro em seu celular, desde que ambos é claro tenham acesso a Internet e uma Conta dentro dos perfis da Nintendo.
#7: POKÉMON SCARLET E VIOLET (M: 72/100 E GP: 72/100).
Finalmente, chegamos ao primeiro game da franquia principal, e o início da Geração IX dos monstros de bolso. Pokémon Scarlet e Violet chegou as telas do Switch em 2022 trazendo uma nova região, Paldea, baseada na Península Ibérica. Com uma imensa cratera em seu centro e com os mistérios da Terracristalização como novo gimmick, os jogadores tem o primeiro Pokémon inteiramente em mundo aberto. Esqueça o mato onde, de maneira aleatória, os Pokémon surgiam. Agora, tudo está em um mundo mais vibrante e vivo. Em termos de enredo, temos uma melhoria com seus antecessores, com uma história dividida em quatro narrativas, que mostram que no fim das contas, o que importa são os amigos que fazemos pelo caminho.
Infelizmente, Pokémon Scarlet e Violet não são mil flores, e mesmo com as melhorias que levaram o mundo Pokémon para outro patamar, temos uma das piores performances dentro da franquia, e que não é melhorada com atualizações. O game tem até hoje problemas consideráveis como taxa de frames e texturas muito aquém do que o Nintendo Switch podem trazer, em games como Monster Hunter Rise, da Capcom e The Legend of Zelda: Breath of the Wild da própria Nintendo. Mesmo que as criaturas estejam com o pacote Adobe em dia. Infelizmente, a jornada de Florian ou Juliana é marcada por esses percalços, e com direito a uma DLC, dividia em The Teal Mask, com uma viagem para a Terra de Kitakami, e Indigo Disk, para a Blueberry Academy, na região de Unova.
#6: POKÉMON BRILLIANT DIAMOND E SHINING PEARL (M:73/100 E GP: 70/100).
Poucos games causaram tanta polêmica quanto os remakes da região de Sinnoh. Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl foram lançados em 2021, no meio da Geração VIII. Sem dúvida, são descritos como “diferentes” de tudo que já tinha sido visto antes em termos de Remake. Primeiro pelo fato de que sua produção é do estúdio japonês ILCA, também responsável pelo aplicativo Pokémon Home. Os títulos seguem o caminho de Lucas ou Dawn, de maneira literal e idêntica ao visto em Diamond e Pearl (NDS) e seu Trio da Criação. Segundo, ao invés de uma engine própria, foi utilizada a Unity para a produção do estilo cartoon, que vagamente lembra The Legend of Zelda: Link’s Awakening, também do Switch.
Porém, o grande problema do título foi justamente não levar inovação aos jogadores, trazendo apenas um Grand Underground bem mais equipado e a mesma Déx de sempre. Isso, se comparado com Pokémon Fire Red e Leaf Green (GBA), Heart Gold e Soul Silve (NDS) e Omega Ruby e Alpha Sapphire fazem de Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl os mais esquecíveis Remakes. Sua recomendação é para os jogadores que não tenham viajado para o Monte Coronet, batalhado contra Cynthia, ou desejam revisitar sem muita expectativa a região de Sinnoh, baseada na Ilha japonesa de Hokkaido. Existem pontos positivos, como a animação das criaturas de bolso, o design de mundo e a trilha sonora remasterizada, mas os títulos poderiam seguir o exemplo de seus predecessores.
#5: POKÉMON LET’S GO PIKACHU AND LET’S GO EEVEE (M: 79/100).
Embora as terras de Alola com Pokémon Ultra Sun e Ultra Moon (N3DS) tenham sido os títulos finais do Nintendo 3DS, a Geração VII não terminaria neste momento. O Nintendo Switch era lançado ao redor do mundo em 2017. Antes de uma nova região, Kanto deu o ar da graça uma vez mais. Em 2018, surgia Pokémon Let’s Go Pikachu and Let’s Go Eevee. E, querendo ou não fazem parte da franquia principal dos monstros de bolso. Porém, existe uma diferença colossal. O modo de captura, ao invés do tradicional, agora é o mesmo visto em Pokémon GO, aplicativo para dispositivos móveis que, naquela época era imenso estouro de popularidade. De resto, praticamente tudo se encontra como era antes em Kanto.
O jogador, na pele de um novo personagem, Elaine ou Chase, deve vencer os ginásios da região, capturar os Pokémon, que agora são visíveis no mundo superior e se tornar o Campeão de Kanto. A questão é que justamente o modelo de captura pode ter distanciado jogadores mais acostumados e tradicionalistas. Assim como a falta de outras funcionalidades, como o breeding e as abilitys, peças fundamentais no atual mundo de Pokémon. Porém, Pokémon Let’s Go Pikachu and Let’s Go Eevee não peca pela ótima direção artística, com criaturas que seguem a escala de seus tamanhos naturais e com uma boa performance técnica, que faltaram em seus sucessores. Sem dúvida, essa revisitação em Kanto é a mais simplista de toda a série.
#4: POKKÉN TOURNAMENT DX (M: 79/100).
Novamente, trazendo a sigla DX tal qual Pokémon Mistery Dungeon, temos um dos mais diferentes spin-off’s dos monstros de bolso a aparecer no Nintendo Switch. Sendo um remake do título lançado em 2015 para o Nintendo Wii U, Pokkén Tournament DX coloca Pikachu e Companhia em uma pancadaria colossal no melhor estilo Tekken, da também japonesa Bandai Namco. Essa semelhança aliás, não é mero acidente, pois o título foi desenvolvido realmente pela Bandai, que é a responsável pela divulgação e lançamento também nos Arcades. Com um total de vinte e um lutadores a disposição do jogador, o título é ainda mais focado em batalhas do que por exemplo, Pokémon Unite.
A versão de Nintendo Switch, de 2017, contava com novas criaturas jogáveis, como Darkrai, uma das contrapartes do Duo Lunar de Sinnoh. E é claro, o canhão aquático de Blastoise, o Inicial de Kanto. Porém, Pokkén Tournament DX ainda tem um enredo e um modo história. Uma curiosidade é que as vendas de Pokkén Tournament, foram consideradas satisfatórias não só pela The Pokémon Company, a responsável pela licença da marca Pokémon, como pela Bandai Namco. Ou seja, a porta está aberta para uma nova entrada do spin-off de luta, seja para o Nintendo Switch ou para seus sucessores portáteis ou de mesa. Para quem nunca jogou, existe uma versão demonstrativa para esquentar os seus motores.
#3: NEW POKÉMON SNAP (M: 80/100 E GP: 92/100).
Assim como Pokémon Stadium, os saudosos jogadores do Nintendo 64 tem em suas mentes um outro spin-off da franquia Pokémon que aterrizou nessa plataforma. No caso, era Pokémon Snap, de 1999. Sem dúvida, passar pela natureza e observar os monstros de bolso em seu habitat natural era algo que podia acalmar, mas era uma aventura pacífica, bem longe da série principal. Porém, essa aventura ganhou o coração do público, e as atenções da Game Freak, que lançou não uma remasterização, mas uma sequência direta. New Pokémon Snap estreou no Nintendo Switch em 2021. E, até então uma das melhores entradas em termos de direção artística dentro de toda a franquia, um deslumbre visual sem dúvida alguma.
Ajudando o Professor Rico em seu Laboratório de Ecologia e Ciências Naturais, o jogador passará por ambientes em que sua missão é fotografar os Pokémon. E, a depender das posições e do que eles estão fazendo, completar o álbum que é a deixa de uma Pokédex. Cerca de 234 criaturas estão disponíveis ao jogador em New Pokémon Snap. Aliás, o título também foi desenvolvido pela Bandai Namco, a mesma de Pokkén Tournament DX. Para alguns, New Pokémon Snap pode ser algo maçante e sem graça. Porém, atravessar os mais variados biomas dentro um Pichu dormindo, ou um Celebi voando podem acalmar os corações e ser, no fim das contas, ser o detentor da medalha de bronze.
#2: POKÉMON SWORD E SHIELD (M: 80/100).
Galar sem dúvida foi massacrada por sua ambientação bem aquém de tudo que o Nintendo Switch pode produzir. Não por menos, a Wild Area e suas árvores de Nintendo 64 foram um dos principais pontos que negativaram o título, seja em críticas ou através dos jogadores. Porém, é inegável que Sword e Shield, que marcam o início da Geração VIII apresentam pontos positivos que repercutiriam mais a frente na franquia. Esse foi o primeiro momento em que o mundo aberto começou a ser construído, com uma área própria de captura de Pokémon, assim como a visão de certos monstrinhos no mundo superior. Além disso, as batalhas ganham destaques nesta Região, tal como as partidas de futebol no Brasil. E se tornam ainda mais interessantes.
Baseados na Ilha da Grã Bretanha e adjacências, Sword e Shield foram os primeiros jogos a apresentar um corte na Pokédex. Ou seja, a existência de criaturas que não poderiam ser utilizadas de forma nenhuma. Um corte necessário para aprimorar os gráficos dessa e de futuras gerações. Pelo menos é o que dizia a época a Game Freak. Também foi a primeira a ter uma DLC, ao invés de uma terceira versão. Algo de praxe em Johto com Crystal (GBC), Hoenn com Emerald (GBA) e Sinnoh com Platinum (NDS). Assim, tivemos conteúdo adicional acrescentando mais criaturas, explorações em batalhas para Victor e Gloria com The Isle of Armor e The Crown Tundra. A medalha de prata, no fim das contas, é de Pokémon Sword e Shield.
#1: POKÉMON LEGENDS: ARCEUS (M: 82/100 E GP: 90/100).
A medalha de ouro e aquela baforada mais quente que a de um Charizard é de Pokémon Legends: Arceus, game de 2022 e mais um exclusivo do Nintendo Switch. Baseado no passado da região de Sinnoh, chamada de Hisui, Pokémon Legends: Arceus apresenta uma jogabilidade completamente diferente. Além de batalhar para capturar, o jogador pode, por exemplo apenas lançar uma Pokéball no mundo superior e capturar as criaturas que encontrar. A direção de arte, que mescla o estilo japonês antigo torna a região de Hisui uma pintura aos olhos do espectador. Além disso, o enredo apresentado, que leva o jogador, Rei ou Akari para o passado distante pelo chamado de Arceus é imersiva e, como dito, é uma sobrevida aos padrões de Pokémon.
Sem dúvida, Pokémon Legends: Arceus é o ponto mais fora da curva dentro da série principal de Pokémon. Mais até do que Let’s Go Pikachu e Let’s Go Eevee. Não há problemas de performance em Legends: Arceus, o que demonstra cuidado em sua produção. Desenvolvido diretamente pela Game Greak, o título foi abertamente a introdução de novas ideias e mecânicas dentro da franquia. Um experimento aliás que deu muito certo por sinal, tal como Pokémon Black e White (NDS) e seu sucessor Pokémon Black 2 e White 2 (NDS). É por isso que, para o detentor de um Nintendo Switch, é necessário e fundamental ao menos percorrer a rica região de Hisui e seu Spear Pillar neste medalhista de ouro.
DE HISUI PARA GALAR E LENTAL, EXISTEM OUTROS LOCAIS A VISITAR.
Pokémon é aquela franquia que tem diversos tentáculos, que nem um Tentacruel ou um Octillery. Claro que, de maneira geral, os títulos da série principal são sempre os mais conhecidos. Porém, nem sempre são os melhores. Existem spin-off’s que, dentro de seu modo de criação, conseguem trazer uma sensação de frescor ao ver a criação de Satoshi Tajiri em outros ambientes. Como em uma RPG dungeon crawler, em um Arcade ou simplesmente relaxando no mar distante. Mesmo assim, em uma lista racional, existem aqueles que ultrapassaram seus aliados. Deixando Kanto, Sinnoh e até mesmo Paldea para trás, Lental consegue trazer as melhores imagens do Mundo Pokémon. Depois, mesmo bombardeado, Galar ainda assim consegue ser uma das melhores experiências com algumas novidades dentro do Nintendo Switch. Algo que só perde para a ruptura protagonizada por Pokémon Legends: Arceus e sua região de Hisui.