A Disney se tornou um assunto presente aqui no Guariento Portal. Seja por meio de suas animações diretas e já conhecidas como das dezenas de empresas que ao longo de sua jornada ela comprou. Especiais como o da Branca de Neve e sua história real, assim como Curiosidades dos Estúdios Marvel e de WandaVision podem ser encontradas neste Portal. Porém, tão ousada como foi na década de 30, a Casa do Mickey vem retornando seus antigos clássicos, desta vez em filme live action. E, depois de Malévola e a Bela e a Fera, foi a vez das noites árabes em Aladdin. Tentando se equilibrar entre uma homenagem devida ao original e buscar uma nova roupagem para uma geração diferente, o longa se debruça nessa gangorra, apresentando a já conhecida história do ladrão que encontra a lâmpada maravilhosa e seu Gênio. Veja se realmente vale a pena nessa Crítica!
Com muito dinheiro a disposição, Aladdin brilha nos efeitos práticos e no figurino, em uma Agrabah que dá gosto de ver:
Primeiramente, um ponto de conforto que se encontra especialmente para aqueles que assistiram a animação original de 1992; praticamente todas as grandes músicas estão presentes. Vale lembrar que Aladdin é visto da mesma forma que O Rei Leão, com contornos musicais. Então, espere por momentos no qual o espectador receberá algum tipo de canção. Príncipe Ali e O Mundo Ideal foram repaginadas com versos diferentes, mas toda a sua estrutura está presente, e é elegante e emocionante reviver esse momento. E, junto da já antiga tradição entra uma única música nova, mas que impacta, Speechless (ou Ninguém me Cala em Português), a música Solo da Princesa Jasmine. Junto a tudo isso isso, temos o figurino e o cenário, que são espetaculares e mostram um sultanato muito mais vívido do que na animação original. Graças também ao orçamento disponível.
Há de se destacar ainda que os números musicais combinam exatamente bem com os momentos transcorridos com a narrativa. A chegada do então Príncipe Ali em Agrabah, o início do longa em um navio mercante, por exemplo. Tudo isso mostra um cuidado da direção de Guy Ritchie em trazer aquele tom nostálgico mas com uma nova roupagem. E se sai bem colocando tons de hip hop e até uma alusão ao cinema indiano e ao carnaval brasileiro. Tudo é grandioso mas sem perder o seu senso de existência. E, seguindo pela história, temos a já conhecida narrativa de Aladdin, baseada de um conto árabe, em que um ladrão que vive de seus roubos, ajudado por seu macaquinho Abu que se apaixona pela princesa Jasmine e encontra uma lâmpada mágica depois de seu encontro com o Vizir Jafar.
A mesma história, porém com uma atualização em seus personagens, trazendo um trio nostálgico e bem atuado:
De uma forma melhorada, a história, que como dito, tem origem na tradição oral árabe trás o famoso estilo de Jornada do Herói. Aladdin é a personificação daquele garoto sonhador que, por sorte do destino, conhece uma Princesa de seu Sultanato. No entanto, ele não se vê a altura dela, e usa os poderes do Gênio para se tornar um Príncipe, chamado Ali. No decorrer da narrativa, seu caráter é posto a prova, como o de qualquer mortal, para que depois ele retorne como uma pessoa melhor. Mesmo já conhecida, a narrativa é apresentada de maneira agradável e dinâmica, sem criar nenhum tipo de problema em sua estrutura de roteiro. No entanto, se Aladdin (2019) preza por manter sua essência, há alguns pontos dissonantes entre a tradicional animação e o longa de 2019 e que agradam, e um deles é a forte presença de Jasmine.
Na verdade, Aladdin (2019) faz questão de trazer uma grandeza em sua princesa, tirando de uma espécie de ostracismo que normalmente era relegado ao seu papel. Ao invés de esperar um Príncipe Encantando, Jasmine almeja cuidar de seu povo, se tornando a Sultana após seu pai. Porém, a tradição não permite isso e ela tem de lidar com a personificação dos costumes e regras arcaicas com seu pai e o dito Vizir, Jafar. Naomi Scott faz um ótimo trabalho apresentando uma Jasmine que lembra a original, mas tem sua própria personalidade. O Aladdin de Mena Massoud também corresponde com carisma agradável, fazendo com que o espectador tome simpatia por ele. Mas não se engane, o filme não deveria se chamar Aladdin, mas sim Gênio, pois quem de fato rouba a cena em cada um de seus momentos é o personagem vivido por Will Smith.
Sem dúvida alguma, o Gênio de Will Smith é a grande estrela do longa, conseguindo mesclar carisma e entretenimento em um personagem:
Sem dúvida, esse é o ponto que poderia ter dado mais errado em toda a estrutura narrativa. Afinal, trazer uma roupagem a um clássico personagem é extremamente complicado. Porém, Smith consegue não só se colocar presente em tela como costurar um gênio diferente porém igual ao seu antecessor. Diferente no sentido de que percebe-se todo o histórico do ator em sua atuação, seus trejeitos que se integram ao novo Gênio. Porém igual no sentido de que a alegria e o senso de infantilidade do gênio estão presentes. Assim, é possível falar que o trio compõe com maestria e levam o filme em toda a sua narrativa, com uma qualidade considerável, fazendo-se questionar que, em termos técnicos, de história e atuação seja então uma das melhores refilmagens em live-action da Disney. Porém, trazer toda essa originalidade de volta requer cuidados, e algumas pontas ficaram soltas.
Jafar, Jafar! O que aconteceu contigo e com a quantidade de efeitos que usaram nesse filme.
Um dos pontos que Aladdin (2019) acaba pecando é infelizmente em seu antagonista. De fato, o trio formado por Scott, Massoud e Smith encantam ao aparecer na tela, e levam com maestria os valores do filme. Porém, o Jafar apresentado no longa é no mínimo despreparado. O Vizir feiticeiro com tons psicopatas, porém divertido não dá as caras no filme. E, em seu lugar aparece um personagem gritante que busca a todo o custo o poder. A atuação de Marwan Kenzari deixou bastante a desejar, ainda mais pelo fato de que Jafar já possui sua própria aura sinistra. O papagaio Iago, que na verdade é posto como uma arara nesse filme consegue trazer um tom mais vilanesco do que o próprio antagonista. De fato, se Ritchie tem uma salva de palmas por ter conduzido os três principais, ele não o fez tão bem com o antagonista igualmente importante.
Por outro lado, como já dito anteriormente, que os cenários de Agrabah e da Caverna das Maravilhas, enfim, da região árabe é exuberante e muito bem feito. Da mesma forma que todos os figurinos ali apresentados. No entanto, os efeitos práticos ganham uma atenção especial, enquanto os efeitos especiais tem seus problemas. Fazendo uma Crítica de maneira mais realista, cenas como a do aparecimento do gênio, e até mesmo o voo no tapete voador do casal abusam de uma computação gráfica que não passa uma impressão de sobriedade e de realidade. A todo o momento, há um certo abuso dos efeitos especiais que pode ser claramente compreendido, afinal, a entrada de Aladdin em Agrabah no original conta com cenas que seriam impossíveis de serem feitas no mundo real. Porém, esse tipo de efeito é usado tantas vezes que acaba se perdendo, e se tornando extremamente desgastante.
Aladdin (2019) é competente em não reformular a sua história, mas trazer uma nova roupagem em forma de live action. Tropeça em determinados pontos mas trás a sensação de reviver momentos especiais:
No fim das contas, Aladdin (2019) agrada de maneira geral ao conduzir bem com uma nova roupagem uma história clássico do mundo Disney. O garoto pobre que encontra uma lâmpada com um gênio dentro é revivida com uma Agrabah rica e colorida, com personagens que conseguem compor suas próprias camadas. A trilha sonora já conhecida está presente, e sem dúvida é o melhor momento do longa, assim como os figurinos e os cenários plásticos, que transforma tudo em um excelente musical. O trio de personagens principais também se faz presente, e entregam uma atuação de qualidade. Há ainda de se falar na atualização da personagem Jasmine, que sai da pele de simples princesa para ser dona de sua própria existência. E é claro, a cereja do bolo, o Gênio que por si só é carismático ao ponto de levar toda a trama dentro de sua lâmpada.
Do lado negativo porém, embora poucos acabam causando problemas sérios em Aladdin (2019). O primeiro deles, e mais problemático é a personificação de Jafar, o antagonista do filme. Da mesma forma que Scar de O Rei Leão e Malévola de A Bela Adormecida, trata-se de um vilão singular, com seu próprio modo e carisma, muito bem visto na animação original. Porém, aqui a ideia foi colocá-lo como uma criatura unidimensional e completamente sombria, perdendo todas as suas camadas. Nem mesmo a indicação de que Jafar já fora como Aladdin sustenta essa personalidade apresentada no live-action. Por outro lado, o uso dos efeitos especiais é gritante embora previsível. Porém, em alguns momentos ele perde a qualidade e seu uso em excesso acaba diminuindo o brilho do longa. Mesmo assim, no fim das contas, Aladdin (2019) é uma agradável surpresa e faz o espectador reviver novamente a Noite da Arábia da Disney.
Veja mais no Guariento Portal se gostou desta Crítica de Aladdin (2019). Sem dúvida, um dos live-action da Disney que melhor se apresentou no cinema. Não deixe de comentar também, pois é muito importante para o crescimento e desenvolvimento deste Portal!
Gostou desta Crítica sobre Aladdin (2019)? Pois saiba que o Guariento Portal não vive só de games, mas também de filmes e curiosidade sobre eles. No mundo dos filmes, tem a aba Revisitando o Passado, é possível encontrar crítica de filmes antigos, como A Casa da Colina (1999), O Enigma de Outro Mundo de 1982 e a franquia Indiana Jones, como O Templo da Perdição e Os Caçadores da Arca Perdida, assim como filmes da franquia Hellraiser, como Renascido do Inferno e Renascido das Trevas. Já de filmes mais recentes, temos um grupo especial de crítica, com Halloween (2018), Thor: Ragnarok (2017) e Brinquedo Assassino. E claro, não esqueça de outra curiosidade, como as Cenas de Vingadores Ultimato, a História de Harrenhal em Game of Thrones e A Montanha Wundagore em WandaVision. Aqui é claro, no Guariento Portal.
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* Aladdin foi lançado originalmente pela Disney em 1992, sendo sua 31º animação oficial e com Crítica generalizada ao seu favor. Ao lado do já mencionado Rei Leão e de A Pequena Sereia e a Bela e a Fera, o longa faz parte do chamado Renascimento da Disney. Esse período foi marcado pelo retorno do estúdio ao estrelato, da mesma forma que em seu primeiro momento, no meio do século XX com outras animações como A Bela Adormecida e Branca de Neve e os Sete Anões. No Óscar, Aladdin ainda ganhou as premiações de Melhor Trilha Sonora e Melhor Canção por A Whole New World. Ou, em Português, Um Mundo Ideal.
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Números
Aladdin (2019).
Tendo em mente a animação Disney de 1992, Aladdin (2019) agrada e engrandece como filme, mas não é superior ao original.
PRÓS
- Figurinos e cenários são espetaculares e trazem um mundo árabe vivo e intenso.
- Trilha sonora com novidades, mas ao mesmo tempo nostálgica e atualizada.
- A narrativa é já conhecida, trazendo um misto de aventura com Jornada de Herói.
- Personagem Jasmine é mais aprofundada e o Gênio irreverente.
- É uma personificação de diversão, trazendo todos os elementos do original.
CONTRAS
- O antagonista, Jafar é completamente mal explorado e unidimensional.
- O uso de efeitos especiais, em determinados pontos obscurece o brilhantismo do longa.