NA ANTIGA SINNOH DE POKÉMON, O UNIVERSO JÁ ESTAVA EM PERIGO:
Pokémon é uma franquia clássica dos videogames, podendo ser feitas listas e mais listas sobre ela. E isso é incontestável. A existência de diversas criaturas que podem ser capturadas e que evoluem quanto mais brigam é simples. Porém, é o suficiente para tornar a ideia de Satoshi Tajiri uma das marcas mais rentáveis desse mundo, ao lado de Super Mario, também da Nintendo. Acontece que vira e mexe, o plot desses games é o mesmo. Uma equipe vilã com a audácia de destruir alguma coisa, seja a sociedade local, uma nação, o mundo ou até mesmo o Universo Pokémon. Não há limites para a maldade. E, mesmo que as mais recentes regiões de Galar e Paldea, respectivamente de Pokémon Sword e Shield e Pokémon Scarlet e Violet tenham perdido parte desse aspecto, existem equipes que escreverem seus nomes no índice da maldade, com planos sem sentido e destrutivos.
![Ghetsis-Team-Plasma](https://i0.wp.com/guarientoportal.com/wp-content/uploads/2024/06/Ghetsis-Team-Plasma.jpg?resize=1024%2C570&ssl=1)
#4 – DOBREM OS JOELHOS PARA O REI DE UNOVA:
E não tem como não começar com a região mais filosófica e fora dos padrões de Pokémon, Unova. Com uma história onde os clichês já previsto são deixados de lado, Pokémon Black e White (Nintendo DS) apresenta uma equipe vilã que se disfarça nas palavras doces de N, o Rei da Equipe Plasma. O jovem, que tem a capacidade de sentir o que os Pokémon sentem busca nada menos do que a liberdade absoluta das criaturas. Em sua filosofia, os seres humanos os escravizam, e por alguns momentos, Hilbert ou Hilda, os personagens do jogador que, se entende um pouco de inglês, passa a se questionar, pela primeira vez na franquia, se realmente está do lado certo da história. Acontece que, embora tenha esse caráter quase pacifista ao estilo Mahatma Gandhi, N não é o maior problema de Unova, e sim seu pai, Ghetsis.
O verdadeiro líder da Equipe Plasma na verdade busca é o controle absoluto, em que ele escraviza todos os Pokémon. Assim, não haveria amarras para seu poder no controle da região. Claro que essas ideias levam a invasão da Liga Pokémon de Unova e a destruição da Victory Road, com o ápice do jogador ao enfrentar o próprio N com um dos Guardiões de Unova, Reshiram ou Zekrom. Por outro lado, depois da derrota, N começa a perceber as reais intenções de seu pai, e desaparece, retornando anos depois nos eventos de Pokémon Black 2 e White 2 (Nintendo DS). Desta vez, N busca impedir os planos de seu pai com Kyurem e da Equipe que um dia participou. Mesmo sendo um plano mais filosófico que os demais, seria o suficiente para destruir a convivência entre humanos e Pokémon na região de Unova.
![Lysandre-Kalos-Team-Flare](https://i0.wp.com/guarientoportal.com/wp-content/uploads/2024/06/Latest-Pokemon-Evolutions-Episode-3-Lysandre.png?resize=1024%2C575&ssl=1)
#3 – A BELEZA DE KALOS SE ENCONTRA TAMBÉM EM SUA ARMA SUPREMA:
Agora, quanto ao termo destruição, poucas regiões são tão marcadas por este termo quanto Kalos, de Pokémon X e Y (Nintendo 3DS). Conta-se na Mitologia Pokémon que séculos antes dos games, a região entrou em guerra contra alguém. Os rumores dizem que poderia ser Galar ou até mesmo Paldea, dados as referências histórias reais entre França, Reino Unido e Espanha e sua longa problemática medieval. E, nesse tempo, um imortal criou uma arma de destruição em massa. Sabendo disso, Lysandre, um filantropo que busca o poder dos lendários locais para ativar essa máquina e moldar a região a sua beleza. Táticas de um narcisista com o controle de uma organização, a Equipe Flare. Logo, cabe ao personagem do jogador, os jovens Calem ou Serena de evitar a destruição que a máquina pode causar, escondida abaixo do vilarejo de Geosense.
Infelizmente, Kalos como um todo reflete um problema de acabamento, e sua história, embora suficiente para criar teorias, ainda assim é algo que deixa a desejar. Retornando com mais pompa a ideia de equipe vilã aos estilos dos Rockets de Kanto e Johto. Claro que, depois da destruição da arma no enredo dos games, o jogador acaba salvando a região de Kalos. A filosofia também não é esquecida, pois em muitos pontos da narrativa, o antagonista revela seu apreço por uma beleza que não é alcançável, e de seu desprezo, mesmo que escondido, do mundo atual. Um conceito interessante para um local baseado na França, onde o belo, o elegante era visto na arquitetura e até mesmo nos brioches locais. Só que no caso de Lysandre, bastante distorcido. Algo muito além da vida e da morte de Xerneas e Yveltal.
![archie-maxie-team-aqua-magma-pokémon](https://i0.wp.com/guarientoportal.com/wp-content/uploads/2024/06/archie-maxie-team-aqua-magma.jpg?resize=1024%2C576&ssl=1)
#2 – O DILÚVIO E O AQUECIMENTO GLOBAL SÃO OS CAMINHOS DE HOENN:
Se a destruição de uma região parece não ser o bastante, o mundo talvez seja. Pois essa é a premissa vista na região de Hoenn dos originais Pokémon Ruby, Sapphire e Emerald (Game Boy Advance). Assim como em seus remakes Pokémon Omega Ruby e Alpha Sapphire (Nintendo 3DS). Nesta região mais tropical e com muita água, a dicotomia entre mar e terra é colocada a prova com o despertar de seus lendários, Groudon e Kyogre. O primeiro, capaz de trazer um calor escaldante que fará reduzir os mares do mundo. Já o segundo, fará chuvas torrenciais, ao estilo dilúvio de Noé na Bíblia ou o de Deucalião da Mitologia Grega. E no meio disso, temos as Equipes Aqua e Magma, compondo um plantel de destruição global pelo clima. Em outras palavras, temos terroristas climáticos sendo os antagonistas desta geração de Pokémon.
A premissa inclusive é simples. A Equipe Aqua, liderada por Archie busca elevar o nível dos oceanos. Mas para isso precisam acordar Kyogre de seu sono eterno. Já a Equipe Magma de Maxie quer aumentar as terras cultiváveis, mesmo que isso leve a uma combustão global com o Renascimento de Groudon. Claro que, sendo criaturas opostas, o embate dos Titãs do Clima é inevitável e ele acontece na Cidade de Sootopolis. Esse aliás é o primeiro momento na franquia Pokémon onde há uma ameaça de perigo real para uma região. Então, cabe a Brendan ou May, um dos personsagens do jogador encontrar a terceira fera, o Dragão Rayquaza. A criatura que tem o poder de acalmar os outros dois e que dorme no Sky Pillar. Essa batalha, épica por sinal, é a versão Pokémon das criaturas bíblicas também opostas, como Behemoth, Leviatã e Ziz.
![cyrus-spear-pillar-galactic-team-pokémon](https://i0.wp.com/guarientoportal.com/wp-content/uploads/2024/06/cyrus-spear-pillar-galactic-team.jpg?resize=1024%2C576&ssl=1)
#1 – SINNOH É A CRIAÇÃO, MAS TAMBÉM A DESTRUIÇÃO DO UNIVERSO:
No entanto, se o mundo não é o bastante, o universo pode ser no que sem dúvida é o clímax da vilania em Pokémon. Na mais antiga região segundo a cultura dos games, ocorreu a criação de tudo através de um Ovo, no qual saiu Arceus, o Deus Pokémon. Depois dele, entidades primordiais como o Trio da Criação, os lendários da região de Sinnoh em Pokémon Diamond, Pearl e Platinum (Nintendo DS), seus remakes Pokémon Brilliant Diamond e Shining Pearl (Nintendo Switch) e também de Pokémon Legends: Arceus (Nintendo Switch). Claro que o uso dos poderes de Dialga, Palkia ou Giratina era mais do que o suficiente para a destruição do universo Pokémon. Não por menos, séculos antes dos eventos que levam Lukas e Dawn aos braços do jogador, ocorre a destruição do Templo de Sinnoh em Legends: Arceus, onde seus restos tornam-se o Spear Pillar.
Assim, é exatamente criar um novo Universo que a Equipe Galáctica almeja através de seu líder, Cyrus. Com uma fama de poucas risadas, Cyrus também é outro narcisista e completamente obcecado em usar o poder dos lendários locais para destruir o Universo e criar um novo a sua imagem e como ele acredita que deveria ser. Uma destruição acima da força de um buraco negro ou da Lua caindo na Terra. Para isso, ele deve controlar um outro Trio, o dos Lagos de Sinnoh, que o permitem no Spear Pillar invocar os poderes do tempo, do espaço ou da antimatéria. Claro que o jogador, auxiliado pela Campeã Cynthia e por outros companheiros conseguem evitar o Apocalipse completo. No entanto, é inegável que nos jogos de Pokémon, esse foi o momento mais próximo da destruição completa que o mundo passou. E ele aconteceu na região de Sinnoh.
QUAL SERÁ A PRÓXIMA EQUIPE QUE BUSCARÁ A DESTRUIÇÃO DO MUNDO?
Lógico que Pokémon não se define apenas pelos planos destrutivas das Equipes Vilãs. Porém, a sensação de perigo iminente faz parte da imersão do espectador, e isso pode ser visto com bastante detalhe nas regiões de Hoenn e Sinnoh, e de forma mais contida em Kalos e Unova. As outras regiões até podem ter equipes, mas não chegam aos pés da maldade contida na mente de Ghetsis, Lysandre, Maxie e Archie e Cyrus. No fim das contas, seria interessante o aparecimento de um novo grupo de antagonistas que fuja do escopo de líderes de torcida. O mundo Pokémon é capaz de criar tantas histórias e lendas que sem dúvida, o mal uso de seus poderes pode transformar tudo na mais pura e perfeita destruição. E isso antes mesmo das Aves Lendárias e sua épica batalha contra Lugia e o surto de Mewtwo ao descobrir ser apenas um clone.