Games de estratégia em termo real são conhecidos por simplesmente quebrarem a lógica do tempo. Na melhor das palavras, são títulos em que o jogador come jogando do café da manhã e vai até de madrugada. Além disso, esse gênero também é conhecido por ter inúmeras mecânicas, fazendo o jogador ser obrigado a calcular friamente todas as suas posições. Sob pena é claro de ver sua jogatina ser levada para os ares com uma derrota colossal. No entanto, existe um grupo de games de estratégia em tempo real, da sigla RTS no inglês, que desenvolvido por indies são mais tranquilos e de boas para quem é iniciante, como é o caso de Death Crown, Bad North e The Battle of Polytopia, no Nintendo Switch. Pegue seu machado e evolua seu mundo nesta Lista do Guariento Portal de 3 Games RTS para Iniciantes dentro do console da Nintendo.
Atenção: Essa é mais uma Lista do Guariento Portal, da mesma forma que foi feita para títulos que usam o Regime Nazista como antagonista ou de dragões na ficção. E, da mesma forma que disposto nestes, é prontamente possível que outros games que esteja no coração de você, nobre jogador não apareça por aqui. A gente então pede calma nobre cidadão, não pegue um machado e faça um Ragnarok neste site. A depender do quão bem avaliado se tornar esta Lista, podemos encabeçar uma segunda rodada, e então seu querido game pode entrar por aqui. Sendo assim, e com as devidas precauções para acalmar os ânimos, especialmente do povo de Northgard (PC, Nintendo Switch), que quase aqui entrou, voltemos a nossa programação normal. Ou seja, três games indies para os novatos no console da Gigante de Kyoto.
Desafiar a Morte não é só um problema em Darksiders ou Harry Potter.
1# – Death Crown, do estúdio de uma pessoa pelo visto Co5Monaut e publicado nos consoles pela madrilena Badland Publishing. Disponível para Nintendo Switch, PC, XOne e PS4.
Começamos esta lista com um game que é difícil de encontrar até sua nacionalidade. Death Crown pode não criar muito vínculo em um jogador que almejam gráficos acima de qualquer coisa, e que vira as caras quando vê algo simples ou pixelizado. De certo, esqueceu-se de seu passado. Porém, é só passar por esta barreira, que na verdade se torna um agrado que Death Crown mostra o motivo de sua presença. Diferente dos demais, ele detém conceitos de Tower Defense, algo que você já deve ter visto com o clássico dos smartphones Clash Royale. No entanto, as semelhanças param neste momento. Aqui, o jogador está no papel de ninguém menos do que a Morte, que foi humilhada pelo Rei após um longo período milenar de guerras no qual desejava a imortalidade.
Dito isto, o jogador terá três capítulos dentro de Death Crown para entender as mecânicas e esmagar por vez o Rei Pedinte. Com um cenário de gráficos de 1-Bit, como se estivesse jogando aqueles games 99 em 1, é possível criar construções para obtenção de recursos como o ouro, e treinar seu exército para saquear e derrotar regiões do inimigo. A questão é que, em cada Capítulo, o jogador estará na dianteira de exércitos distintos, de homens, de demônios e do exército da Morte. Os territórios podem auxiliar ou prejudicar cada uma destas facções, e os modos de jogo, em companhia nas dificuldades do título podem ser uma ideia para a inicialização daqueles que nunca tiveram vontade de ir para o mundo do RTS. No entanto, amigável não quer dizer facilidade.
Com gráficos simples, o gênero RTS tem uma excelente representação.
Death Crown sem dúvida alguma sabe como dar aquela rasteira suave no jogador quando ele menos espera, deixando por obrigação que o mesmo entenda e passe aos poucos os controles e a ideia de construir e conquistar. No melhor estilo Descobrimento do Brasil, porém na pele da Morte. No fim das contas, e custando cerca de R$ 65,00 na eShop do Switch, o game pode pecar em seu curto, tendo apenas três capítulos. Porém, é o suficiente para que em mecânicas, o jogador comece a engatinhar dentro deste gênero, mesmo que ele possa ser avassalador com uma inteligência artificial bem acima da média. Os gráficos depois de um tempo, se enquadram perfeitamente no estilo do game, que ainda conta com uma trilha sonora impecável e que vale a pena, seja no Nintendo Switch ou em outra plataforma.
O Ragnarok está rolando na Sony, mas aqui os vikings dão trabalho.
2# – Bad North: Jotunn Edition, do estúdio Plausible Concept ao lado de Oskar Stalberg e publicado pela sueca Raw Fury. Disponível para Nintendo Switch, PC, XOne e PS4.
Diferente de Death Crown, por exemplo, que tem uma pegada de Tower Defense, Bad North: Jotunn Edition tem o sangue roguelite, igual a Hades, da Supergiant Games, um dos melhores indies já produzidos aliás. No entanto, a descendência RTS se faz presente no momento em que o jogador se vê forçado a proteger a sua ilha contra uma horda de invasores vikings, que estão prestes a destruir tudo que você tinha criado. Estas ilhas aliás, mesmo sendo simples com uma pegada Minecraft, algo visto na maior parte destes independentes, são belíssimas obras e feitas de forma procedural. Ou seja, se retornar novamente em Bad North: Jotunn Edition, o cenário será de alguma forma diferente. No entanto, não é somente nessa parte que o game brilha.
Sendo franco e honesto, a questão do controle de suas unidades e do uso muito adequado dos terrenos faz deste game um perfeito exemplo de estratégia em tempo real. Aqui, o RTS está em promover as unidades e conseguir comandá-las de maneira correta e adequada para que os vikings não consigam dominar todas as suas terras. Não há muito quando a questão de suprimentos, sendo essa força bem mais simples do que outros títulos desta lista. No entanto, é indispensável que o jogador evolua sua árvore de habilidades para que as defesas, e seu ataque também ganhem mais poder de fogo. Para assim conseguir vencer o adversário tal como o Povo de Rohan na Batalha do Abismo de Helm. Se as trombetas caírem em todas as suas ilhas, o fim de jogo é automático.
Controle e entenda o seu exército, e seu povo poderá sobreviver.
É, aliás, interessante falar que games independentes têm uma tendência de colocar uma profundidade na dificuldade. O que de fato se mantém aqui, em Bad North: Jotunn Edition, e de certa forma, em games RTS. A Inteligência artificial é balanceada e os controles funcionam perfeitamente. No entanto, é necessário um tempo maior para entender como realmente se tornar um perito em defender as ilhas das invasões dos escandinavos. Sendo assim, a curva de dificuldade é um pouco mais estreita do que o título antecessor. Mesmo assim, Bad North: Jotunn Edition está de braços abertos para todo e qualquer iniciante para este tipo de gênero, trazendo aquela pitada roguelike que cria ainda mais emoção no conflito pela bagatela de cerca de R$ 55,00. Porém, só na eShop do México. No Brasil, se quiser esse game, vai ficar querendo infelizmente.
Sua civilização o espera para florescer ou então desaparecer.
#3 – The Battle of Polytopia, produzido e publicado pela sueca Midjiwan AB, Disponível para Nintendo Switch, PC e aparelhos smartphones. Com Análise / Review do Guariento Portal.
Sem dúvida, The Battle of Polytopia tem um conceito bem mais próximo da estratégia de tempo real de grandes títulos como Civilization do que os outros dois que aqui apareceram. Produzido pela sueca Midjiwan, o Nintendo Switch teve a sorte de ser o primeiro console de mesa e portátil a ter um port do game. Aqui, o jogador detém uma civilização, que varia de egípcios, astecas, novamente os vikings e gregos, e deve fazer aquilo que todo império gosta de fazer. Seja na ficção ou no mundo real, conquistar. Criando cidades e provendo recursos, o jogador poderá construir um império e aumentar suas fronteiras, enquanto devasta regiões inimigas, que pode contar com personalização em termos de quantidade de rivais assim como o tamanho do mapa, do minúsculo ao extremamente grande.
Na verdade, o que se destaca em The Battle of Polytopia é que, ao juntar 3 formas de jogabilidade, assim como dificuldades distintas e um grupo de civilizações, o game trás o que de fato é o mais simples e competente em descrever o quão difícil é gerir uma civilização. Fato este visto com bem mais problemas e óticas distintas nos grandes títulos RTS que tem o foco de gerenciamento de cidades e nações. Até mesmo seu estilo gráfico, em formato quadrangular que novamente lembra Minecraft, o sagrado e bilionário game da Mojang traz certa facilidade em entender os controles. Ou seja, em pouquíssimo tempo o jogador já se encontra habilitado para começar a transformar seu exército em uma horda imbatível contra qualquer outro inimigo. Mesmo que no fundo seja possível jogar apenas o estilo colonizador.
Em pouco tempo, o jogador entende o que está acontecendo.
Claro que temos alguns poucos problemas dentro de The Battle of Polytopia, como o prazo da jogatina. Algo que, aliás, também foi visto com Death Crown. Mesmo com tantas possibilidades, o game acaba se perdendo ao ser tão simples, de certa forma, é o mais simplório dentro os três que aqui foram destacados. Mesmo que não tenham gráficos ao estilo 1-Bit. No entanto, no frigir de todos os ovos, The Battle of Polytopia consegue sim a façanha de ser um início bastante promissor para aqueles que acham que jogos do estilo RTS não são para suas massas encefálicas. Pelo contrário, o que falta é treino, algo que pode ser iniciado com um destes três títulos nesta lista. Claro que, no Switch, o game sai por volta de R$ 79,00, o mais caro dos três, sendo uma promoção uma excelente ideia.
Diferentes, todos estes títulos são adequados para iniciantes.
Assim, sem mais nem menos, o gênero RTS pode ter uma descendência em outras áreas, como esta lista fez questão de mostrar. Death Crown tem alguns elementos de Tower Defense; Bad North: Jotunn Edition com o frenético roguelike e The Battle of Polytopia com o gerenciamento de cidades e nações. No entanto, todos estão aqui presentes e dando o seu devido amém ao mostrar que nem tudo é complicado. Claro que um pouco de dificuldade sempre estará presente. Afinal, devastar, conquistar ou defender seu território de alguém nunca será fácil. A história o mostra assim. Contudo, os controles e especialmente a jogabilidade destes games são o pontapé que pode faltar para que aquele garoto ou garota, que não se vê competente para galgar um título do estilo tenha o seu primeiro contato. Um contato muito agradável por sinal com o mundo RTS.