Quando há uma referência a jogos multiplataformas, é possível acreditar que o game esteja nos mais diversos consoles de mesa. E sem dúvida, Limbo é um deles. Tendo entrado tanto na geração anterior, com o PlayStation 3 e Xbox 360, ele também passou pelo PC. Depois saltou a geração para Xbox One e PlayStation 4. Nos portáteis, chegou ao PlayStation Vita e ao híbrido Nintendo Switch. E por fim, ainda há versões para dispositivos móveis. Sem dúvida, Limbo é o exemplo ideal de um game multiplataforma. Produzido pela Playdead, o jogador é colocado em um estilo plataforma, em uma atmosfera um tanto obscura em um título praticamente sem trilha sonora. Em tido o lugar, existe um perigo a espreita, como aranhas gigantes e armadilhas que facilmente podem destruir o jogador. Resta saber, logicamente se tantas entradas assim deixam uma quantia maior de jogadores adquirirem um bom game.
Com pouco, Limbo consegue marcar como experiência visual singular:
Primeiramente, é importante falar sobre as origens até mesmo da palavra Limbo. Tal nomenclatura é usada para o lugar onde as pessoas que não foram batizadas morreram, segundo algumas vertentes cristãs. Neste mundo, a escuridão é presente, e mais ainda, a solidão, uma vez que aqueles que pereceram não conheciam “Deus”. Então, é possível dizer que os desenvolvedores de Limbo utilizaram esse conceito como um excelente pano de fundo para a sua criação de mundo. Assim que o jogador inicia o game, é possível se encontrar na pele de um garoto que acorda em um mundo preto e branco, com alguns tons de cinza. Sem saber absolutamente nada do que está acontecendo, seu dever é seguir em frente no melhor estilo plataforma. E assim usar e abusar de objetos para evoluir nos cenários.
Desta forma, toda a construção gráfica a artística do jogo, novamente destacada como simples, ainda assim é bela. A escuridão é usada de forma certeira para deixar a ideia de perigo pelos cantos, da mesma forma que a solidão, a única companhia do jogador. Sem dúvida nenhuma, a atmosfera de Limbo é similar. Não por ser aconchegante, mas sim pelo extremo oposto, causando até uma espécie de desconforto, mas que está diante da premissa do título. Até mesmo a quase inexistência de trilha sonora é explicado. Pois isso não quer dizer que não existe som. é possível escutar ruídos e passos de animais por determinados lugares. Desta forma, o jogador terá de tomar cuidado para não ser pego desprevenido.
Puzzles simples, mas ao mesmo criam uma dificuldade crescente, nunca excessivamente difícil:
Quanto ao este conceito de mundo, Limbo chega a abusar da criatividade para resolver seus problemas. Como já dito anteriormente, o game é um plataforma, e assim o jogador deve evoluir no cenário. Contudo, não é possível dizer que essa evolução será tranquila. E a física do game terá de ser uma aliada ao se utilizar de objetos. A todo o momento, será necessário entender a cena ao qual se encontra para que os movimentos sejam corretos. Nesse contexto, é muito provável que a morte seja o destino várias e várias vezes. Limbo pode ser definido como um game de tentativa e erro. E é aqui que ele mostra sua crueldade. Por mais que o jogador esteja na forma de uma criança, não espere por nada menos que empalamentos, afogamentos ou simplesmente despedaçamento por uma armadilha no chão.
Assim, pode-se dizer que a inteligência do jogador deverá ser apta. Não que Limbo seja algo extremamente difícil e com puzzles bem sofisticados. Porém, o game consegue abordar uma certa dificuldade mesmo com os ambientes mais simples. E essa mesma situação é passada para os seus controles como na tela inicial do título. Há apenas duas ações, correr e pular, o restante deverá ser retirado da cabeça do jogador. Aliás, quanto aos próprios controles, eles são extremamente rápidos e respondem bem. Como já falado, Limbo é um caso de game em que a quantidade de mortes é elevado, e por isso é necessário o retorno rápido ao título. Tal fato ocorre em menos de dois segundos após a morte do jogador. E a jogabilidade em si é fluida, obviamente pelo pouco que tem, mas não há nenhum tipo de travamento.
Limbo peca por ser um game extremamente curto. O que não quer dizer que seja marcante:
Se existe algum problema em Limbo sem dúvida é o seu tempo de vida. Por mais que o título custe em torno de R$ 19,00 nas plataformas da Microsoft, a jogatina deve demorar em torno de quatro até seis horas para ser concluída. E, por mais que seja assustador em sua essência, o game consegue cativar. Após a término, não há nenhum motivo de retornar. A história, que poderia ser um ponto negativo por simplesmente não evocar uma resposta acaba não sendo um problema. Afinal, desde o início, a premissa de Limbo era ser exatamente esse tom enigmático, desolador e misterioso. Contudo, o terceiro ato de fato destoa bastante. Enquanto os dois primeiros estamos em florestas, cavernas e outros lugares abandonados, o terceiro ato se foca em uma fábrica com neons que parece criar uma contraposição a tudo que já vinha sendo mostrado no game.
No fim das contas, o título consegue com uma premissa simples arrebatar em imersão o jogador:
No fim das contas, Limbo é uma experiência grandiosa em toda a sua simplicidade. Um simples game de plataforma, com tons escuros consegue uma imersão e uma experiência marcante. O jogador, na pele de uma pequena criança não sabe o que aconteceu. E realmente essa a ideia. A solidão e os perigos daquele lugar escuro fazem lembrar a vida, e um sub texto existente impressiona com toda essa simplicidade. Artisticamente, o título é marcante, mesmo com uma escassa trilha sonora. Ainda assim, tudo parece se encaixar nesse momento de desconforto inicial protagonizado por este conjunto de ideias. Aos poucos, o jogo passa fluir quase que naturalmente, com a perspicácia do jogador levando-o para os lugares apropriados e usando do cenário de maneira correta.
Sendo uma experiência fluida, os controles são igualmente estáveis. Não há desconforto quanto a isso, embora a experiência em si possa ser desconfortante em um primeiro momento. É interessante entender que Limbo tem uma lógica por trás em que o aterrorizante e o bizarro podem sim cativar, e de fato o fazem muito bem. Infelizmente, como único problema temos a falta de longevidade. Mesmo sendo um game indie de baixo valor, ainda assim sua duração é curta. E uma vez terminado o game dificilmente o jogador se verá impelido a retornar a esse mundo novamente. Além do mais, o terceiro ato, esteticamente falando, contradiz toda a atmosfera com idílica, porém sombria e perigosa do game. Mesmo assim, Limbo consegue segurar com firmeza, mesmo que em tons escuros, um lugar especial como um excelente título de plataforma. Produzido por um estúdio indie e que é garantidor de uma qualidade invejável.
Veja mais no Guariento Portal se gostou desta análise de Limbo. Que aliás está nas mais diversas plataformas, não deixe de comentar também!
Se você gostou dessa análise de Limbo, saiba que o Guariento Portal tem um espaço dedicado para o mundo dos games. Assim, você pode gostar de outras análises, como a mais recente de The Flame in the Flood, indie que também está disponível no Xbox One. Além dele, temos Among Us, título fenômeno para mobile e Steam produzido pela InnerSloth. Já para o Xbox One, assim como outras plataformas, temos o Indie Party Hard, que coloca o jogador na pele de um assassino. E também tem Super Bomberman R, título lançado primeiro no console híbrido da Nintendo, o Switch, pela Konami e que virou multiplataforma depois. No PC, temos o estratégico Crusader Kings III, da Paradox, e o simulador Planet Coaster, da Frontier Developments.
Números
Limbo
Simples, Limbo é uma viagem perturbadora mas ao mesmo tempo simpática. Um plataforma extremamente competente em tudo que se propõe.
PRÓS
- Simplicidade artística que não é um defeito, mas uma marca do título.
- Ausência de trilha sonora para a imersão de um ambiente completamente esquecido e desolador.
- Criação de mundo inteligente com o uso do cenário pelo jogador.
- Jogabilidade fluida com controles estáveis em toda a jogatina.
- História tênue, que mais uma vez condiz com a proposta do game.
CONTRAS
- O título é curto, e não há motivo para retorno após seu término.
- Terceiro ato diverge um tanto da criação inicial.
Boa noite .
Me chamo Ivan Guariento, provavelmente sou seu parente pelo sobrenome.
Muito top o site, boa iniciativa. E parabens Man, pela criação e desenvolvimento.
Opa Ivan, tudo bem? Sim, devemos ser parentes sim, de alguma forma. E que com que você curtiu o Portal. Espero ver você por aqui mais vezes.