Que mitos e lendas ao redor do mundo são sempre uma fonte inesgotável de fontes para filmes, séries e games, isso não há dúvida. Por exemplo, em Guerra Mundial Z, para aqueles que já o assistiram, a contaminação zumbi parece ter começado na Índia. Neste país, os soldados chamavam os contaminados de Rakshasa, criaturas da mitologia hindu. Já em outra mídia, a série Supernatural também apresentou uma criatura que se fantasiava de palhaço que também foi apontado como um Rakshasa. Nos jogos, especialmente os do gênero RPG também se mostram bem confortáveis em mostrar tal criatura, como é o caso de Smite, da série Shin Megami Tensei e Final Fantasy. Mas então, o que realmente se esconde nesta curiosidade sobre essas criaturas chamadas de Rakshasa? Não é bem um Globo Repórter, mas conheça um pouco dessa lenda e o motivo de sua ligação com Guerra Mundial Z.
Oriundo da Mitologia Hindu, o Rakshasa é extremamente malévolo, e gosta de um cadinho de carne humana:
Primeiramente, o termo Rakshasa vem da Mitologia Hindu, palco de outras deidades como a Trimurti composta por Shiva, Vishnu e Brahma. Aqui, essas criaturas são conhecidas como entidades demoníacas, embora tal termo seja mais aproximado para a religião cristã. Na verdade, eles são chamados de Asuras, espíritos malévolos que consomem carne humana. Por essa predileção em sua alimentação, é comum encontrar relatos de que Rakshasa, que na verdade é uma espécie de criatura, busquem a carne de pessoas. Por esse motivo, como as pessoas contaminadas em Guerra Mundial Z transmitiam o vírus através da mordida, tal como a raiva, entende-se o motivo dos homens daquela região terem dado o nome das criaturas de Rakshasa. No entanto, é a literatura védica que aponta algumas das principais características destas criaturas.
Além do consumo de carne humana, os Rakshasa também podem mudar de forma, tendo normalmente em sua versão original dois dentes gigantescos saindo da boca e unhas afiadas como garras. Podem também beber o sangue humano, tal como o mito do vampiro europeu, podendo ainda desaparecer a qualquer momento, voar e até mesmo criar ilusões para aqueles que estão em sua proximidade. Entretanto, se por um lado os Rakshasa eram vistos como malignos, com a criação dos épicos Ramayana e Mahabharata, eles podiam ser tanto bons quanto maus. Mesmo assim, sua ferocidade no campo de batalha era imbatível, ao ponto de que se deleitavam com as mortes. O mais importante Rakshasa da cultura indiana é Ravana, rei do Ceilão, atual Sri Lanka, e responsável por raptar Sita, esposa de Rama, um dos avatares de Vishnu.
O principal Rakshasa dos contos hindus é Ravana, o Rei do Ceilão:
Conta o Ramayana que mesmo detendo analogias malignas, Ravana também era erudito e de grande conhecimento, tendo a palavra dos escritos sagrados védicos. Nascido de um sábio, Ravana foi abençoado por Brahma depois de fazer uma penitência que perdurou por dez mil anos. Assim, o Rakshasa não poderia ser morto por nenhuma criatura sobrenatural, sejam deuses, asuras ou espíritos. Tentando contornar essa benção dada por Brahma, Vishnu reencarna em mais um de seus avatares na Terra, Rama. Casado com Sita, suas histórias acabam se encontrando quando o rei asura sequestra a esposa de Rama e a leva para sua fortaleza, na Ilha onde hoje se encontra o Sri Lanka. Com o apoio de alguns aliados, entre eles o rei macaco, Rama consegue derrotar Ravana e resgatar a sua esposa. Porém, como Hollywood gosta de dar uma pincelada a mais, Supernatural também cria algumas diferenças ao mito original.
É claro que Hollywood não deixaria uma história dessas de fora, e fez questão de usar os Rakshasa. Mesmo que acrescentando alguns extras no mito original:
Na caçada quase eterna dos irmãos Winchester, um Rakshasa aparece entre as criaturas a serem derrotadas. Mantendo o seu histórico de comer carne humana, esses monstros ainda são apresentados por dormirem em um cama repleta de insetos mortos e possuírem grandes poderes de metamorfose. Na trama em questão, o Rakshasa sem nome acaba se disfarçando de palhaço para ganhar a confiança das crianças da região. Novamente de forma análoga ao mito do vampiro europeu, o Rakshasa só pode entrar em uma residência se este for devidamente convidado por um morador. Por esse motivo, e pela esperteza da criatura, ele se transforma em um palhaço visto a facilidade de ganhar a atenção de uma criança. A única forma de matar tal criatura é com um objeto de bronze puro.
Por fim, mas não menos importantes, a franquia Shin Megami Tensei acaba causando uma confusão ainda maior, mostrando a similaridade do mito do vampiro com o do Rakshasa. Ocorre que em Shin Megami Tensei: Nocturne, que ganhará uma versão para Nintendo Switch, PlayStation 4 e PC temos uma criatura chamada de Vetala. No Ocidente, ela acabou ganhando o nome de Rakshasa na tradução. O Vetala na verdade é um espírito maligno que pode possuir um cadáver, fazendo-o parecer que retornou a vida. Sua proximidade pode levar as pessoas a loucura, assim como parece sentir gosto em matar crianças. No entanto, como é comum a dualidade na cultura indiana, ele também pode servir para proteger aldeias. O próprio nome Rakshasa tem esse significado. Uma vez que a partícula Raksha é vista no sânscrito como pedir proteção. Agora, percebeu a diferença entre a lenda e suas variantes com esta curiosidade?
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* Rakshasa, ou melhor, Ravana, é um dos principais personagens no texto Ramayana. A título de curiosidade, saiba que a Mitologia Hindu guarda os mais antigos textos conhecidos, assim como gigantescos épicos e romances. O Ramayana no caso é um dos principais escritos dessa rica literatura. Vale destacar também que muitas menções em diversos outros momentos da história ou do mundo dos games também se faz presente na Mitologia Hindu. É o caso da famosa frase apresentada na saga God of War “Eu sou a morte, a destruidora de mundos”. Essa frase também é dita pelo criador da bomba atômica no mundo real.
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