Ah, Marvel! Quando se fala nela, é impossível esquecer de seu Universo Cinematográfico, culminando com uma das maiores cenas da história do cinema dos heróis como aquela dos portais em Vingadores Ultimato (2019). No entanto, mais do que simplesmente o mundo do cinema, a Casa das Ideias também já apareceu em outras mídias, como é o caso dos games. E, em Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order, produzido exclusivamente para o Nintendo Switch, o jogador não terá muitas surpresas. Personagens, de heróis até antagonistas e vilões estarão presentes com elementos já conhecidas das histórias em quadrinhos e da televisão. Thanos e seus “filhos” estão caçando as Joias do Infinito, e o jogador poderá usar um grupo de quatro personagens, passando por cenários e desbravando a história, bem ao estilo hack’n’slash. Agora, será que isso fica bom? É o que veremos nessa análise!
O plantel da Marvel está ali. E sim, quem é fã vai se sentir em casa:
Primeiramente, e para começo de conversa. Um dos pontos que sem dúvida acrescentam em Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order é sua ordem quase natural e a quantidade de personagens. O jogador, que começa com o time dos Guardiões da Galáxia vai abrindo passagem passagem para outros heróis. Capitão América, Homem de Ferro, Dr. Estranho, Feiticeira Escarlate e até mesmo personagens dos X-Men estão disponíveis, como é o caso dos óbvios Tempestade e do Wolverine. Afinal, qualquer coisa dos X-Men tem que ter o Wolverine. E, a progressão, por mais que a história não seja de um arranjo incrível apresenta os personagens e vilões de maneira coesa. Da mesma forma que os heróis, os vilões aparecem de forma integrada com suas próprias histórias. No momento do Homem Aranha, o Homem Areia e o Duende Verde mostram as caras, e o mesmo acontece com Dormammu com o Estranho.
Assim, Marvel Ultimate Alliance 3 é uma verdadeira salada de frutas quando o assunto é misturar histórias da Marvel. E, por incrível que pareça, em um Universo onde elas conseguem coexistir sem muitos problemas. Aos poucos, o jogador tem o livre arbítrio de escolher seus quatro personagens no qual sua equipe passará por todos os perrengues. E o game dará uma ajudinha, afinal, alguns companheiros possuem bônus naturais por serem do mesmo tipo. Afinal, usar Capitão América e Homem de Ferro incrementa algum de seus atributos de batalhas, assim como o mesmo dos heróis urbanos da Netflix, ou então daqueles que usam magias. Tudo isso é claro vai sendo demonstrado pelo game conforme o perigo se eleva. Um adendo, as personalidades de cada um dos heróis estão bem próximas de suas premissas dos quadrinhos, dos desenhos ou da TV. A depender é claro de onde eles vieram.
Jogabilidade simples, progressão narrativa coesa. As Joias do Infinito estão de volta! Então sinta-se na Guerra Infinita e no Ultimato:
Assim, o espectador, digo, jogador, consegue receber aquele ar de produto da Marvel de primeira linha. E perder um pouco da saudade caso não tenha o Disney +. Indo para a parte mais prática que é a jogabilidade, o game se mostra prático. De certa forma, mais fácil de que seus antecessores. Seu dever como heroi é sair batendo em todos os vilões, o que praticamente transforma Marvel Ultimate Alliance 3 em um beat em up ou um hack’n’slash, a escolha do freguês. Há a possibilidade de elevar os atributos de seus personagens, melhorando seus golpes. E além disso, unir forças em golpes especiais que farão com que os adversários percam bem mais rápido. As animações são simples, mas ajudam bastante nas batalhas. Mesmo que essa progressão de poderes não seja tão intuitiva assim, depois de algumas partidas, o jogador se torna apto.
Melhor dizendo, ele não ficará mais tão perdido no meio de tantos flashes e de tantos raios, luzes e poderes que aparecem na tela do Switch. Uma vez que os controles funcionam de maneira coesa e não irritam, estressam ou coisa simular, é importante falar de sua longevidade. Embora a campanha principal seja rápida, o game não dá o ouro completamente ao bandido (no caso o jogador). Afinal, para desbloquear todos os herois disponíveis no game, é necessário jogar novamente algumas fases sob certas regras. Isso de fato garante um fator replay, ainda mais pelo sentido de que cada personagem realmente é único. Normalmente, essa forma de aumentar o tempo de vida do jogo não é algo de bom agrado, privando o jogador de conteúdo para buscá-lo em mais uma missão. Mas em Marvel Ultimate Alliance 3, a Team Ninja conseguiu fazer isso de forma inteligente.
O modo cooperativo está para o escudo do Capitão América em termos de importância. Na verdade, é uma das melhores aquisições e peculiaridades nesta campanha de herois.
Além de um modo singleplayer e de aumento de dificuldade, a maior graça de The Black Order sem dúvida é o seu modo cooperativo, por mais que, mais para frente, seus defeitos sejam comentados. Isso não quer dizer que jogar sozinho não seja interessante. Para um amante das histórias da Marvel, é algo incrível. Porém, a maior diversão está em compartilhar a pancadaria com Hulk e mais um parceiro da vida real. E nisso, a conectividade do Nintendo Switch consegue ser bastante estável, permitindo partidas fluidez em termos de conexão. No fim das contas, pode-se dizer que Marvel Ultimate Alliance 3 é honesto e simples, sendo uma espécie de homenagem de grandes nomes da Casa das Ideias em um game bem feito que não exige estratégia ou pensamentos alucinantes. No entanto, mesmo sendo bem feiro, é então que chegamos na parte não tão refrescante do game, seus defeitos.
Mas nem tudo é luz. Confusão e poluição mental e conceitos de RPG desnecessários tornam necessário que o jogador tenha um bom domínio da mente. Não igual a Wanda Maximoff.
Na tela do Nintendo Switch, mesmo com os gráficos ao estilo cartoon bem estilizados com bom áudio, o problema ocorre na erupção de luzes, flashes e poderes ao mesmo tempo. É nítido que em determinados momentos a taxa de quadros venha a cair. E se enquadro em uma verdadeira bagunça visual. O jogador não sabe onde está, com quem está ou quantos adversários falta derrotar. Mas aperta freneticamente os controles no sentido de conseguir escapar daquele desafio. Isso acaba entristecendo a jogabilidade pelo desconforto visual dessa poluição toda. Percebe-se que, primando pela qualidade técnica dos gráficos, a Team Ninja preferiu prejudicar esta fluidez, ainda piora pelo controle de câmera frenético e desregulado de Marvel Ultimate Alliance 3. Assim, é fácil descrever que embora não se torne injogável, o game acaba pecando em elementos como jogabilidade e fatidicamente na diversão que se propõe a fazer.
Um outro ponto que acaba sendo um destaque negativo é a progressão em estilo RPG de seus personagens. Em jogos normais desse estilo, tipo Dragon Quest e Final Fantasy da Square Enix, há uma certa intuição de evolução. Os poderes são aprimorados com o decorrer da aventura, e com poucos botões é fácil evoluir o seu carinha. Agora, em Marvel Ultimate Alliance 3 isso não é tão apropriado pois tentando simplificar, a Team Ninja fez na verdade é piorar o entendimento dessa evolução. Isso ocorre pois além do sistema de equipes, o jogador terá de se preocupar com a evolução individual de cada personagem, assim como outras estatísticas, que são desnecessárias em uma game que consegue divertir com algo tão simples. Se, pelo contrário, o sistema de evolução fosse menos sofisticado, para não dizer complicado, o jogador rapidamente imergiria nesse mundo da Marvel.
No fim das contas, mesmo com um tropeço aqui, uma queda lá, Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order é uma ode aos herois da Marvel. Meio descomplicado, divertido e interessante na tela do Switch.
Sendo bem direto, embora não tendo sido nenhum pouco nesta Análise, Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order é um bom título naquilo que se propõe. Ou seja, é um excelente fan service de qualidade para os filhos órfãos da Marvel que não tem possibilidade de assinar o Disney + para assistir Wandavision. Sua estrutura é simples e, mesmo sendo diferente, lembra as personalidades dos principais heróis e vilões com uma progressão narrativa coesa, com as Joias do Infinito em destaque e mesclando Inumanos, X-Men, Vingadores e tudo que há de bom do Universo da Casa das Ideias. Além disso, com uma jogabilidade constante, com conteúdo pós-game para desbloquear tantos outros personagens e um cooperativo altamente divertido, o game exclusivo do Nintendo Switch publicado pela Gigante de Kyoto é um agregado pra lá de adocicado nesta plataforma. Sendo uma boa pedida não somente para os fãs da Marvel.
Contudo, como tudo nesta vida, o game também tem defeitos. Porém, basicamente se limitando a dois pontos, sua progressão em termos de personagens, com elementos de RPG desnecessários e desinteressantes e a parte gráfica. Essa segunda em especial, embora competente foi crucial para que a queda na taxa de quadros de mostrasse constante em especial no turbilhão de inimigos que aparecem em determinados desafios. Títulos hack’n’slash produzidos pela Tecmo Koei, detentora do estúdio Team Ninja normalmente tem esse problema. Como é o caso de Hyrule Warriors: Age of Calamity também do Nintendo Switch. E isso gera problema em The Black Order. A questão é que eles não são o suficiente para tratar a experiência do game como algo terrível. No máximo é uma experiência com alguns tropeços. Não é como Thor: O Mundo Sombrio de ruim, mas não é a Feiticeira Escarlate lutando sozinha contra o Thanos.
Veja mais no Guariento Portal se gostou desta análise de Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order. Saiba que o game foi produzido pela Tecmo Koei mas publicado pela Nintendo. Não deixe de comentar também, pois é muito importante para o crescimento e desenvolvimento deste Portal!
Se você gostou da análise do game Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order produzido pela Tecmo Koei, saiba que o Guariento Portal tem muito mais. Em termos de análises, você pode gostar de outras análises, como e o caso de Hades, da Supergiant Games, Jotun: Valhalla Edition da Thunder Lotus, Spirit Camera: The Cursed Memoir, spin-off da franquia Fatal Frame para o Nintendo 3DS, Aragami: Shadow Edition no Xbox Series S, assim como The Crown Tundra, a DLC de Pokémon Sword e Shield. Em termos de dicas, temos Ornstein e Smough, duas criaturas conhecidas no Universo de Dark Souls, que está disponível também no canal do Youtube do Portal, assim como games que estão disponíveis para o Nintendo Switch com a alma de Dark Souls. Além destes, que tal saber curiosidades sobre a história de Hades, do início de Luigi’s Mansion ou um pouco de mitologia grega.
* Como falado, Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order está disponível de forma exclusiva para o Nintendo Switch. O game conta com três DLC’s que apresenta novos personagens, como Jean Grey e o Quarteto Fantástico. Depois do lançamento da eShop do Nintendo Switch no Brasil, o título atualmente está avaliado em R$ 299,00 (passível de alteração de valores) e também pode ser adquirido por meio de mídia física. Que você pode inclusive ver abaixo e comprar, ajudando assim o Portal!
Números
Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order
Publicado pela Nintendo e produzido pela Team Ninja, Marvel Ultimate Alliance 3 trás os heróis da Casa das Ideias para o Switch com deslizes.
PRÓS
- Fan service de qualidade para os que curtem a Marvel.
- Personalidade dos herois são as mesmas da TV, do cinema ou dos quadrinhos.
- Jogabilidade e progressão narrativa simples e direta.
- Longevidade com o desbloqueio de personagens pós-game.
- Gráficos em cartoon e bom áudio em todos os cenários.
CONTRAS
- Disfunção visual e uma baita poluição com vários ataques ao mesmo tempo.
- Questões de RPG desnecessárias para o progresso.