Existem jogos que são esquecíveis no decorrer do tempo, e jogos que redefinem todo um conceito na indústria. Foi assim com Super Mario do NES, foi assim com Diablo II (que receberá uma nova versão em Dezembro de 2021), e foi assim com The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Trazendo um jovem Link para a esfera do jogador, os gráficos no Nintendo 64 e a história completa, recheada e cativante conquistou o mundo dos videogames. É então que temos tempos depois, mais precisamente em 2011, Ocarina of Time “renasce”, dessa vez com gráficos melhorados no Nintendo 3DS. Tendo o mesmo sentimento de seu primeiro lançamento, o remake traça novamente os passos de Link e Navi em busca da Master Sword e uma jornada no tempo para deter Ganondorf e salvar o Reino de Hyrule. Resta saber se em sua nova roupagem, tudo que era bom permaneceu bom.
A Ocarina do Tempo está de volta! Depois de 13 anos de seu lançamento original, e com gráficos em 3D:
Primeiramente, um dos encantos que se tem ao ligar The Legend of Zelda: Ocarina of Time é sua qualidade gráfica e estrutural dentro de plataforma portátil. Claro que, passados 13 anos do seu lançamento original, a tecnologia evoluiu, e este remake seguiu o caminho correto de ao mesmo tempo evoluir aspectos datados, mantendo toda a sua preciosidade nostálgica. O efeito tridimensional, que em alguns títulos causam problemas adversos, em Ocarina é usado com maestria para melhorar o ambiente. São flores viajando pelo vento, a chuva que escorre a frente do jogador. Ademais, a trilha sonora se mantém a mesma, sendo um elemento fundamental inclusive na história, até pelo fato da Ocarina ser um instrumento musical. Assim, o game consegue ter essa repaginada no visual de maneira graciosa, sem perder sua essência. A mesma sensação de 1998 está presente em 2011.
Outro ponto que se destaca é obviamente, sua história. Mantendo a mesma esfera conhecida no Nintendo 64, o jogador toma o controle do jovem Link, que vive em Kokiri Village. Sendo predestinado a salvar a Princesa Zelda e o Reino de Hyrule. Aos poucos, nos moldes tradicionais de um RPG de mundo aberto, o jogador deve procurar os Templos, com os equipamentos corretos para que, junto dos Grandes Sábios do Reino possam finalmente derrotar a ameaça representada por Ganondorf, um Gerudo também com destino marcado. Assim, é fácil perceber que a história percorre de planícies até montanhas enevoadas. Bueiros e cavernas sombrias e territórios aquáticos, mostrando de certa forma o quão rico é o Universo de Hyrule. Isso ao mesmo tempo em que permite que o jogador tenha a imersão com sua história. A cada momento, a cada conquista os argumentos se desenrolam com uma boa engrenagem.
Tudo pode parecer já conhecido e manjado, mas evoluído na medida certa com uma história fácil de imergir:
Há de se destacar que, não necessariamente um ambiente gigantesco já é confirmação de qualidade. Pelo contrário, as chances de erros são maiores quando o produto é tão grande. Porém, essas mudanças de jogabilidade, alinhadas com os elementos gráficos e sua história produzem uma narrativa consistente dentre de seu próprio Universo. É novamente cativante revisitar os cumes da Death Mountain onde vivem os Gorons, ou o arrepiante Shadow Temple, que embora não passe a mesma sensação de medo, é extremamente bem produzido em sua versão para o Nintendo 3DS. Essas mudanças de ambientações conseguem trazer um espírito de novidade aos jogadores, da mesma forma que não o retiram completamente da história. Por mais que muito se resuma a Masmorras, cada uma conta uma espécie de história. Tendo Chefes únicos e habilidades únicas.
Entretanto, um roteiro bem escrito poderia ser um ponto extremamente benéfico. Porém, de nada resolveria se a jogabilidade não fosse acessível. Em 1998, os jogadores eram questionados através de desafios extremamente poderosos, como o Water Temple e suas Botas de Ferro. Aqui, em The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D os controles foram de certa forma facilitados. Justamente pela quantidade de botões do console portátil, a Nintendo e a Grezzo (responsáveis pelo remake) fizeram uma boa jogada em utilizá-los de maneira a facilitar a boa jogatina. Assim, se alguns podem questionar que isso tenha tornado o título mais fácil, na verdade foi uma boa forma de trazer estes comandos do Nintendo 64 para o 3DS. E, falando nesses controles, eles na verdade conseguem ser ainda mais rápidos e consistentes, trazendo um verdadeiro avanço para a Hyrule de Ocarina of Time.
Melhorias na jogabilidade e alguns extras que aumentam a vida útil de Ocarina of Time no Nintendo 3DS:
Um impacto extremamente benéfico para a jogabilidade e a diversão de The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D foi a segunda tela do Nintendo 3DS. Trazendo uma forma análoga de jogo a títulos da franquia Zelda no antecessor Nintendo DS, ganha-se tempo por exemplo na escolha de itens e na tela de menu. Junto a isso temos alguns adicionais da versão tradicional, como o Modo Master Quest e o Boss Challenge. Nesse primeiro caso, todas as imagens passam a ser espelhadas, sendo basicamente a mesma aventura com um nível de dificuldade aumentada. Já o segundo trata-se de um reencontro com os principais chefes do título. Embora não seja algo que aumente de maneira colossal a longevidade do título, Ocarina of Time já possui minigames o suficiente para expandir sua narrativa, além da própria história, que por ser realmente bem feita, deixa o jogador realizado após o seu término.
Por fim, pelo menos nesta parte, de nada valeria uma boa história, com boa jogabilidade, se um dos elementos fundamentais, suas Dungeons também não fossem bem produzidas. E Ocarina of Time 3D não somente mantém o mesmo brilho, inquietude e admiração de seu original, como consegue melhorar tudo isso. Os puzzles para abrir determinadas portas, estourar paredes estão todos presentes. E ainda mais vívidos. Cavalgar com Epona no dia e na noite pode não ser algo espetacular hoje em dia. Afinal, é comum títulos terem essa alteração de horas do dia (Pokémon Gold e Silver por exemplo). Porém, mesmo assim, seja o Sol ou a Lua, o clima de Hyrule desejoso de exploração se encontra ainda mais evidente no portátil da Nintendo. Contudo, é claro que um jogo do porte de Ocarina of Time exige dedicação.
Porém, nem tudo é maravilhosamente perfeito. Escolha entre as funcionalidade disponíveis no Nintendo 3DS para jogar direito Ocarina of Time 3D:
Basicamente, um único ponto é que se destaca negativamente em Ocarina of Time 3D, que na verdade é uma espécie de auto sabotagem de seu próprio sistema. Ocorre que, durante o uso do giroscópio no Nintendo 3DS, perde-se completamente o efeito 3D, tornando a imagem embaçada. Assim, o jogador deve escolher o que de fato deseja ter, ou o Efeito 3D ou o Giroscópio. É praticamente impossível jogá-lo com os dois ativados no mesmo instante. Assim, torna-se estranho que o título, feito para trazer os gráficos do Nintendo 3DS em um outro nível com seu efeito acabe sendo prejudicado por outra funcionalidade da mesma plataforma, que no fundo não se combinam juntas. Por fim, embora de pouca importância, quando não ativado, alguns polígonos dentro do game se tornam mais datados, fazendo de Ocarina of Time 3D um dos games que evidentemente ficam mais belos com o efeito tridimensional ligado.
The Legend of Zelda: Ocarina of Time é um game atemporal. Veja tudo aquilo que marcou a franquia Zelda neste remake atualizado que mistura de maneira perfeita o novo e o antigo:
Desta forma, a parceria da Nintendo com a Grezzo (que viria depois a fazer The Legend of Zelda: Link’s Awakening do Nintendo Switch), se mostrou providencial para manter a qualidade praticamente suprema de um game como The Legend of Zelda: Ocarina of Time. Trazendo a mesma história amável, com os perigos e a ideia de exploração nas mãos de Link e o destino de um reino através de suas escolhas, o jogador facilmente se vê dentro de cada armadilha, de cada personagem que passou a ser amplamente conhecido na franquia. Revisitar Hyrule é belo, divertido e trazendo uma experiência melhorada em termos de jogabilidade, logicamente mantendo toda a sensação de nostalgia para aquele que já o fizeram em seu original no Nintendo 64. É uma grata surpresa atualiza toda esta aventura que sem dúvida alguma marcou o mundo dos games desde o seu lançamento.
Nem mesmo o seu único ponto positivo é condizente em rebaixar a sua qualidade dentro do Nintendo 3DS. Basta que o jogador se decida sobre o que de fato quer fazer, usar o giroscópio ou o efeito tridimensional. Não criando nem uma espécie de problema colossal dentro do reino de Hyrule. The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D é uma das melhores formas que a Nintendo trouxe de volta um título atemporal. Porém, com o avanço da tecnologia, envelheceu mal em termos gráficos. Dito de outra forma, Ocarina of Time 3D é para aqueles que não jogaram o original, a melhor forma de entender o motivo desta série ser o que é. E para aqueles que já jogaram, reviver os acontecimentos com o Master Mode é uma ode de uma grande obra.
Veja mais no Guariento Portal se gostou desta análise de The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D. E, com o aniversário de 35 Anos da Franquia Zelda em 2021, quem sabe não veremos esse game novamente. Não deixe de comentar também, pois é muito importante para o crescimento e desenvolvimento deste Portal!
Se você gostou da análise de The Legend of Zelda: Ocarina of Time 3D produzido pela Nintendo e Grezzo em sua versão Nintendo 3DS, saiba que o Guariento Portal tem muito mais. Em termos de análises, você pode gostar de outras análises, como e o caso de House Flipper, da Empyrean, Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order da Tecmo Koei, Hades, da Supergiant Games, Jotun: Valhalla Edition da Thunder Lotus, Spirit Camera: The Cursed Memoir, spin-off da franquia Fatal Frame para o Nintendo 3DS, Aragami: Shadow Edition no Xbox Series S, assim como The Crown Tundra, a DLC de Pokémon Sword e Shield. Em termos de dicas, temos Ornstein e Smough, duas criaturas conhecidas no Universo de Dark Souls, que está disponível também no canal do Youtube do Portal, assim como games que estão disponíveis para o Nintendo Switch com a alma de Dark Souls.
* The Legend of Zelda: Ocarina of Time foi lançado originalmente em 1998 para o Nintendo 64. A seguir, o game foi lançado em seu formato original para o Game Cube em 2003, com alguns aprimoramentos. Depois, foi a vez do Virtual Console de Nintendo Wii e Nintendo Wii U receberem o título, respectivamente em 2007 e 2015. Sendo a quinta vez que o game reaparece, o Nintendo 3DS recebe a versão mais repaginada do título, que foi o alvo da análise do Guariento Portal.
Números
The Legend of Zelda: Ocarina of Time (Nintendo 3DS)
Uma pérola do 3DS criada no Nintendo 64, The Legend of Zelda: Ocarina of Time é o ápice em qualidade do mundo de Hyrule e de sua franquia.
PRÓS
- Nostalgia e inovação na medida certa.
- Gráficos e trilhas sonoras renascidos mais igualmente impactantes.
- Controles extremamente funcionais e sensíveis ao portátil.
- Jogabilidade facilitada, melhorando a experiência.
- História é conquistadora de corações. Salve Hyrule e volte no tempo o quanto antes!
- Longevidade na medida certa, com uma narrativa duradoura e extras com um plus a mais.
CONTRAS
- Auto sabotagem do próprio portátil ao escolher giroscópio ou o efeito 3D.