Durante os eventos do The Game Awards de 2020, sem dúvida alguma um título chamou a atenção. E seu nome é Hades. Produzido pela Supergiant Games, o game teve a audácia de conseguir um lugar para concorrer ao título de Jogo do Ano. Isso acontecendo ao lado de títulos em que o investimento foi muito mais poderoso, como The Last of Us Part II, o campeão da premiação, e Ghost of Tsushima. Sendo um rogue-like, o game abusa de uma certa dificuldade além de criar sua própria personalidade se baseando nos deuses, criaturas e mitos da mitologia grega. Dito isso, embora Hades seja o maior ápice do estúdio norte-americano, ele não foi o primeiro. A Supergiant Games já é responsável por outros três games, a começar por Bastion, em 2011. Três anos depois Transistor aparece, sendo seguido de maneira mais fechada por Pyre em 2017.
#1 – Hades (Nintendo Switch e PC):
Por mais que se fale do passado, não existe a possibilidade de não se começar pelo presente. Que de fato, é uma crescente para a Supergiant Games. Hades sem dúvida foi uma das surpresas do ano de 2020. Já estando de forma antecipada na Steam desde o ano anterior, o título foi oficialmente lançado para PC e depois para o Nintendo Switch. Em Hades, o jogador está na pele do sombrio Zagreu, filho de Hades que decide fugir do Inferno. No entanto, para isso, deverá fugir das armadilhas impostas pelo Tártaro e as várias divisões do Submundo com a ajuda dos deuses gregos. O estilo roguelike, tanto técnico quanto veloz de toda a estrutura tornam Hades extremamente viciante e não por menos, um dos mais bem avaliados games do Switch lançados em 2020.
Indo ainda mais fundo, Hades consegue unir a preponderância de cada um dos jogos anteriormente produzidos da Supergiant. Se de um lado ele possui uma ação rápida, isso foi aprendido com Bastion, o primeiro do estúdio. Já uma narrativa mais forte e profunda apareceu em Transistor, e finalmente a narrativa por meio de personagens, que está incluída em Pyre. Além disso, cada início de jornada é único, uma vez que as masmorras são geradas proceduralmente e os poderes dos Olimpianos também são vistos de forma aleatória. O que logicamente aumenta o fator gameplay. Sendo assim, Hades nada mais é do que a evolução natural do estúdio com seu trabalho. Vale lembrar que o título está disponível para a compra na Nintendo eShop do Brasil, assim como suas vizinhas e no PC.
#2 Bastion (PC, PlayStation Vita, PlayStation 4, Xbox One, Xbox 360, Xbox Series S/X e Nintendo Switch):
O primórdio de qualidade da Supergiant Games começa com Bastion, game lançado em 2011 inicialmente. Contando a história de uma criança (The Kid) no original, o universo do título inicia-se com uma calamidade que destruiu todas as massas de terra. Sendo assim, através de uma visão isométrica ao estilo Diablo e que pode ser visto com facilidade nos jogos da Supergiant, Bastion inicia seu percurso em tentar reverter os efeitos desta catástrofe. Aos poucos, o jogador deverá enfrentar inimigos e encontrar fragmentos para compor cada vez mais o ecossistema daquele mundo devastado. E como falado anteriormente, a ação provida em Bastion é rápida, tendo a necessidade de que o jogador preste atenção na quantidade de adversário na tela. Basicamente, Bastion conta com uma estrutura linear, mas com uma carga estética única e com o conceito de RPG de ação.
Após o seu lançamento inicial, e iniciando da melhor forma possível, Bastion foi agraciado pela crítica como um título coeso. Ao mesmo tempo que mantém uma singularidade pelo trabalho de sua equipe de desenvolvimento. No qual se destacou, além de toda a parte técnica a sua trilha sonora, a combinar perfeitamente com o momento do título. Depois de ser lançado inicialmente para o PC, o game, com o auxílio da Warner Bros passou a ser lançado para as mais diversas plataformas. Chegando até mais recentemente ao Nintendo Switch e o Xbox Series S/X por retro compatibilidade. Ainda em 2011, durante a Video Game Awards (antiga premiação da indústria antes da The Game Awards), Bastion levou o troféu de melhor game para download e melhor trilha sonora, sendo indicado também para Melhor Game Indie.
#3 Transistor (PC, PlayStation 4 e Nintendo Switch):
Três anos depois, foi a vez do estúdio trazer mais um game para o mundo. É o caso de Transistor. Aqui, o estilo RPG é deixado de lado, embora algumas características se mantenham, como é o caso da progressão de itens. No entanto, o principal em Transistor se encontra em sua narrativa, bem mais atmosférica e profunda que seu antecessor. Mesmo assim, tal como Bastion, algumas características se mantiveram e se tornaram a marca da empresa, como é a visão isométrica e o apreço pela parte gráfica e trilha sonora. Na narrativa, o jogador se encontra em mundo ao estilo cyberpunk em que controla Red, uma jovem que teve a voz roubada. Esse sequestro ocorreu após Red ter visto o assassinato de um homem a sua frente, por meio de uma espada, a Transistor, que selou a sua voz assim como a vida do desconhecido.
Caminhando por entre uma cidade recheado por telas de led e criaturas cibernéticas, aos poucos a história vai se revelando. Sendo ajudado inclusive pela consciência do homem morto no início do jogo, que foi também absorvida pela espada. Depois de uma odisseia que leva Red até um reino virtual, o título fecha de maneira triste e melancólica, mas que de certa forma se agrupa com toda a estrutura criada pela narrativa. Da mesma forma que em Bastion, a trilha sonora foi definitivamente o ponto alto do título, utilizando guitarras elétricas e sintetizadores em mundo robótico. Nas premiações, Transistor foi bem menos proeminente que seu antecessor. Assim, na então The Game Awards, foi apenas nomeado para Melhor Game Indie e Melhor Trilha Sonora. Entretanto, o título ganhou seu destaque e pode ser comprado tanto no PC, quanto no PS4 e no Switch.
#4 Pyre – (PC e PlayStation 4):
Buscando uma certa mudança no que já era produzido, em 2017 surge Pyre, o terceiro título em ordem cronológica da Supergiant Games. Novamente mantendo uma arte próxima a seus antecessores e o cuidado com a trilha sonora, Pyre foi o título ao qual a empresa mais se distanciou do que vinha fazendo. Primeiramente, o título enraizava o estilo RPG como nunca antes no estúdio. Além do mais, por força do conhecimento que tiveram com Transistor, a história ganhava contornos ainda maiores, em especial no que tange aos seus personagens. Assim, a narrativa conseguia fazer o seu percurso não através de um personagem principal, mas sim por todo o conjunto de narrações que chegavam até o jogador. Em Pyre, o jogador se encontrará em uma terra em exílio, e assim, sua busca principal é por liberdade.
Sua alcunha de O Leitor ocorre pelo fato de que neste lugar é proibido qualquer tipo de leitura, tornando assim o personagem um pária. Além de um multiplayer, algo diferenciado dentro dos títulos da Supergiant Games, Pyre ainda contava com um modo de jogo chamado Ritual. Nesse estilo, o jogador se reunia com outros dois exilados, e em algo que misturava esporte, estratégia e RPG, deveria apagar o fogo da equipe vencedora através de esferas de energia. Com o decorrer do tempo, esses ritos aumentavam a dificuldade, agregando a estratégia como títulos como XCOM por exemplo. Embora possa parecer uma mistura exótica e que não daria certo, a Supergiant Games conseguiu unir de maneira agradável, sendo o título nomeado para Melhor Jogo Indie no The Game Awards.
Veja mais no Guariento Portal se gostou desta lista de games produzidos pela Supergiant Games. Não deixe de comentar também! Isso é valioso demais para que o trabalho continue!
Se você gostou desse apanhado sobre os games da Supergiant Games, desde o magnífico Hades, passando por Bastion, Transistor e Pyre, deve gostar do Guariento Portal. Primeiramente, é importante destacar algumas listas e especiais feitos, como é o caso dos principais games lançados para o Nintendo Switch e o PlayStation 5 em 2020. Assim como títulos com a alma de Dark Souls que podem ser jogados no híbrido da Nintendo. Depois, temos algumas análises feitas de games já lançados, como é o caso de Spirit Camera: The Cursed Memoir, spin-off de Fatal Frame para o Nintendo 3DS. Além é claro de Aragami: Shadow Edition da Lince Works. Quanto as mais recentes dicas e curiosidades, temos a história de Sindel, a mãe de Kitana em Mortal Kombat. Assim como a influência da suméria em Diablo III para a sua criação de mundo e os problemas no nome de Resident Evil.
* Em virtude deste especial, o Guariento Portal trará, de maneira esporádica, análises dos títulos aqui dispostos. Como até o presente momento, a base de funcionamento se restringe ao PC, Xbox Series S e Nintendo Switch, todas as análises terão com base uma destas plataformas. Assim, você poderá conferir aos poucos a análise produzida de Hades, o título mais recente, assim como Bastion, o que deu origem a tudo da Supergiant Games. Além deles, também Transistor e Pyre, este último focado apenas na versão PC visto a não existência de um console PlayStation 4 para a devida análise.