O fim do mundo já foi alvo diversas vezes, seja nos filmes como nos games. Thor: Ragnarok, com Análise no Guariento Portal usa o fim do mundo nórdico como área de escape para a aventura da Marvel. Da mesma forma, Destruição Final: O Último Refúgio com um asteroide a ponto de colidir com a Terra. Entretanto, é nos games que a escatologia cristã ganha novos contornos, em especial na franquia Darksiders, anteriormente nas mãos da THQ, e após a falência desta na THQ Nordic, desta vez sediada na Áustria. Em Darksiders: Warmastered Edition, o jogador é levado ao controle de Guerra, um dos Cavaleiros do Apocalipse em seu retorno ao mundo ao perceber o Juízo Final. Com uma mescla de hack’n’slash, RPG, ação e aventura, contando com uma direção artística própria, resta saber se o game melhora a aventura original. Então, veja essa Análise da versão PC!
História rápida e uma direção artística única que consegue criar um Universo próprio. E assim destaca Darksiders para o mundo:
Primeiramente, um dos pontos que fazem com que Darksiders, e sua versão remasterizada ganhem o apreço do público é em como sua história consegue se conectar dentro de suas ações. Como dito, Guerra é um dos Cavaleiros do Apocalipse. Entretanto, ao acordar, percebe-se que nenhum de seus outros irmãos ainda despertou. E mais, agora Guerra é dito como culpado por ter sido ele, ao acordar o responsável unicamente pela aniquilação do mundo e pela guerra entre anjos e demônios. Por tal motivo, ele deve não somente entender o que aconteceu como também descer para a Terra em busca de uma redenção ao limpar o seu nome como o arauto do Apocalipse. E, por mais que a história pareça simples, ela é rápida e mantém o interesse necessário para que o jogador possa progredir de maneira agradável.
Indo para termos mais tecnicistas, Darksiders: Warmastered Edition conta com uma linha artística bastante interessante da THQ Nordic. Guerra é sempre visto como um personagem robusto e poderoso. E seus rivais também não fazem diferente, sendo muito bem desenhados e graficamente estilizados. Na verdade, em muito o papel dos personagens o faz lembrar as criaturas de God of War, uma grande influência deste universo, assim como Bayonetta da SEGA. E, lembrando inclusive outras mídias, o peso e a imponência que Guerra e os outros carregam chegam a lembrar os quadrinhos dos anos 90, o que é extremamente interessante ao criar uma espécie de aura própria dentro do game. Claro que ele não inventa a roda nesse aspecto. Porém, é evidente que seu trabalho, na estrutura artística de cenários e personagens consegue adquirir uma própria identidade.
Obviamente, uma versão remasterizada tem que ter melhorias gráficas. E manter aquilo que o game tem de melhor:
Já quanto aos requisitos gráficos, pela melhora da versão de Darksiders: Warmastered Edition, no PC, os gráficos se apresentam ainda mais belos do que anteriormente. Muito do que foi realizado já havia sido produzido no segundo game da franquia, que ganhou uma versão remasterizada anterior ao primeiro. E, sabendo dos traços e do caminho a percorrer, a melhoria foi feita com qualidade. A performance de Darksiders é praticamente constante, embora em determinados momentos o game demonstre o seu peso. Mesmo assim, há uma melhoria de renderização de sombras, cenários mais polidos e uma resolução maior. Mas isso não é o melhor que o game pode entregar. Ele pode até apresentar boas melhorias nestes aspectos relacionados ao seu primeiro lançamento em 2010 para Xbox 360 e PlayStation 3. A facilidade em mesclar na sua jogabilidade temas tão distintos e conseguir um resultado positivo.
Na verdade, a principal característica de Darksiders: Warmastered Edition é como ele consegue juntar em um único título características de hack’n’slash, puzzle, ação e RPG. Em outras palavras, é possível ver uma pincelada de God of War e The Legend of Zelda em sua jogabilidade. Primeiramente, quanto ao termo hack’n’slash, os controles respondem com a prontidão correta, e na velocidade necessária. No entanto, o título jamais pode ser resumido a esmagar botões em todas as direções em um conflito eterno com os adversários. Há também momentos de puzzles necessários para o devido prosseguimento da narrativa, dando uma queda nos momentos de ação, mais do que necessário para que a jogatina não se torne maçante. Por fim, há ainda uma espécie de árvore de habilidade, galgada no decorrer da derrota de adversários, que evolui as habilidades de Guerra e de seus artefatos poderosos.
A trilha sonora é boa, mas se perde inclusive com a fala dos personagens juntinho com certa linearidade de algumas fases:
Agora, nem tudo são flores. Até pelo fato de que o Universo de Darksiders está sob a ameaça do Apocalipse. Em um primeiro aspecto, é possível perceber que a trilha sonora normalmente é parte da Análise quando se fala do entretenimento gráfico ou da questão artística. Em Darksiders: Warmastered Edition não é que ela seja ruim ou ensurdecedora. Ela na verdade, apresenta momentos em que a personalidade épica se faz presente e aumenta o teor de drama da cena. No entanto, em outros momentos esse mesmo nível é jogado em pontos desnecessários, com uma trilha que em determinados momentos não se encaixa tão bem com a necessidade da narrativa. Junto com esse problema, há também, pelo menos na versão PC a narração dos personagens. Há uma clara problemática entre a movimentação de fala dos personagens com a voz produzida.
Outro aspecto que acaba transformando a experiência de Darksiders: Warmastered Edition e batendo de frente com sua jogabilidade são os seus níveis. Uma coisa é conseguir produzir com certa qualidade momentos de puzzles, de RPG e de hack’n’slash, ao qual o game consegue fazer com certo sucesso, sendo um dos pontos altos indiscutíveis dentro da jogatina. Porém, parte de seus níveis ora são extremamente lineares, caóticos e desinteressantes, enquanto outros conseguem prender a aventura com um nível de dificuldade ardiloso. Há uma espécie de desequilíbrio dentro de Darksiders quando se avalia cada uma de suas fases separadamente. E que, quando no todo, acaba fazendo a balança do Juízo Final desequilibrar para um lado de que, mesmo com controle rápidos e consistentes, ainda assim alguns níveis se perdem em suas propostas, inclusive acrescentando situações desnecessárias ao enredo.
Pense bem, é necessário realmente uma versão Remastered de Darksiders? Faltam melhorias para dizer que sim.
Por fim, um terceiro problema indicado não é de caráter estético, de jogabilidade ou de diversão. Mas que deve ser mencionado. É o quanto a necessidade real da existência de uma versão de Darksiders: Warmastered Edition. Isso pode ser questionado pois o game, de 2010, ainda assim apresenta uma qualidade evidente e interessante, sendo que essa remasterização trás basicamente uma melhoria gráfica para as novas gerações e para o PC. Não há melhorias em novos modos de jogo, nem uma longevidade aprimorada. Pelo contrário, praticamente tudo que se encontrava no game anterior, tanto os erros quanto os acertos também estão apresentados aqui. Por isso, acaba sendo uma espécie de questionamento necessário pois quem já jogou o game original, independente de qualquer plataforma, não verá novos motivos para refazer toda a narrativa do Apocalipse novamente.
Darksiders: Warmastered Edition tem seus méritos, em especial a jogabilidade rápida e a parte artística. Porém, caso já tenha jogado no lançamento original, dificilmente terá algo a agregar com essa versão:
Dito tudo isso, Darksiders: Warmastered Edition acerta quanto tenta produzir uma versão definitiva do primeiro game da franquia. Basicamente, todas as qualidades presentes no lançamento original em 2010 estão presentes. E o trabalho da THQ Nordic deve ser respeitado. A história rápida e imersiva, embora sem muitos rodeios ou novidades criam uma narrativa em que o jogador acaba mergulhando em querer saber os pormenores da interrupção do sono de Guerra. Assim como o motivo do Apocalipse. Os cenários e os personagens são bem produzidos, de tal forma que é inegável que o game ganha sua própria atmosfera, mesmo com a clara e evidente fonte de outras grandes franquias dos games. No entanto, é a mescla de uma jogabilidade frenética com momentos de mais calmaria com a resolução de puzzles, unindo-se a ação e uma pseudo probabilidade de RPG que trazem o que Darksiders: Warmastered Edition apresenta de melhor.
Infelizmente, o game não está isento de erros. Primeiramente, por mais que seja possível jogá-lo em idioma nacional legendado, ainda assim a trilha sonora tem elogios. No entanto, em grandes partes, os cantos gregorianos e sua estrutura é desperdiçada em momentos desnecessários, da mesma forma que a voz dos personagens parecem não sintetizar suas personalidades. Junte isso com determinados níveis lineares que acabam diminuindo a diversão do jogador e você tem momentos de altos e baixos dentro do game. Porém, o que mais pesa em Darksiders: Warmastered Edition é não apresentar nenhuma novidade, salvo o caráter técnico, para provar sua existência. E assim, ele pode ser até altamente considerado para os fãs da franquia ou para aqueles que nunca jogaram o game em suas plataformas originais. Porém, se já jogou, não terá motivos contundentes para revisitar esse Apocalipse na pele do Cavaleiro Guerra.
Veja mais no Guariento Portal se gostou desta análise de Darksiders: Warmastered Edition da THQ Nordic. O game original foi lançado em 2010. Porém, a versão Warmastered está disponível para Xbox One, PlayStation 4, PC e pela primeira vez para o Nintendo Switch. Assim, não deixe de comentar também, pois é muito importante para o crescimento e desenvolvimento deste Portal!
Se você gostou da análise de Darksiders: Warmastered Edition (PC) produzido pela austríaca THQ Nordic, saiba que o Guariento Portal tem muito mais. Temos a Análise de Raji: An Ancient Epic do Switch, Injustice 2 para Xbox, Sim City (2013) para PC, Ocarina of Time 3D, para o Nintendo 3DS, Phantom Hourglass para o Nintendo DS e Zeus: Master of Olympus para o PC. Em outros mundos, temos Marvel Ultimate Alliance 3: The Black Order da Tecmo Koei, Hades, da Supergiant Games, Jotun: Valhalla Edition da Thunder Lotus, Spirit Camera: The Cursed Memoir, spin-off da franquia Fatal Frame para o Nintendo 3DS, Aragami: Shadow Edition no Xbox Series S, assim como The Crown Tundra, a DLC de Pokémon Sword e Shield. Já em termos de dicas, temos Ornstein e Smough, duas criaturas conhecidas no Universo de Dark Souls, que está disponível também no canal do Youtube do Portal.
* Darksiders: Warmastered Edition foi produzido pela austríaca THQ Nordic. Anteriormente, a versão de 2010 fora produzida ainda pela extinta THQ. Atualmente, esta versão remasterizada pode ser obtida por meio da Steam para o PC. Sendo esta a versão efetivamente analisada dentro desta Análise. Porém, o game também foi lançado e está disponível para Xbox One, PlayStation 4 e pela primeira vez para o Nintendo Switch. Contudo, no console da Nintendo sua venda ocorre fora da eShop do Brasil, tendo preços em outras regiões como Estados Unidos, México e Canadá.
* Esse é o primeiro game da franquia Darksiders, que ganharia ainda outros quatro títulos da THQ Nordic. Na verdade, a versão remasterizada do primeiro só veio após a versão remasterizada do segundo game, que tem uma Análise própria no Guariento Portal. Além destes dois, existe ainda Darksiders 3 e por fim, Darksiders: Genesis, o único a ser mais diferente dos demais, adotando uma perspectiva isométrica ao estilo Diablo, da Blizzard, que também já possui uma Análise própria.
Games da série Darksiders, da THQ Nordic em qualquer plataforma? Pode ter certeza que tudo do melhor está na Submarino.
Bem, se você chegou por aqui provavelmente gostou de nossa curiosidade ou de games bem ao estilo hack’n’slash, com um apelo a uma ação escatológica? E curtiu a análise de Darksiders? Pois então, saiba que a Submarino é pioneira em entregar as melhores promoções relativas aos mais diversos departamentos. Tem os melhores jogos para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e muito mais. E como eu faço para ter acesso a essas promoções? Fácil, se você curte a própria franquia Darksiders, assim como God of War por exemplo, tem um grupo de links abaixo com as melhores promoções. Por isso, se acaso se interessar, basta clicar e comprar. Simples e fácil. E você ainda ajuda o Portal a continuar com o seu trabalho de trazer conteúdo de qualidade, como uma curiosidade ou uma análise. Veja abaixo as promoções e curta esta curiosidade.
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Números
Darksiders: Warmastered Edition (PC).
Intitulado como a versão definitiva do game, Darksiders: Warmastered Edition da THQ Nordic trás melhorias para o Apocalipse.
PRÓS
- Narrativa rápida que leva o jogador a querer saber o que levou ao Apocalipse.
- Parte artística única, com composição de outras fontes. Mas consegue criar seu Universo.
- Performance melhorada com a versão remasterizada, junto com gráficos melhores.
- Junção equilibrada de momentos de ação frenética com puzzles e RPG.
CONTRAS
- Não há nenhuma novidade, a não ser os gráficos, em relação ao original.
- Vozes e a trilha sonora parecem deslocadas em determinados pontos.
- Os níveis são desequilibrados. Ora apresentando uma linearidade extensa ora sendo bastante generosos.